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Apetite pelo risco leva Wall Street ao verde no final do primeiro trimestre
Os índices norte-americanos terminaram com ganhos, num dia em que os investidores privilegiaram as ações.
As bolsas norte-americanas encerraram no verde, com os investidores a mostrarem um maior apetite pelo risco no final do primeiro trimestre e antes da pausa da Páscoa.
O S&P 500, referência para a região, valorizou 0,86% para 5.248,5 pontos, recuperando das quedas ontem registadas e aproximando-se dos máximos históricos (5.261,1 pontos).
O industrial Dow Jones somou 1,22% para 39.760,08 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,51% para 16.399,52.
Entre as principais movimentações, a Apple subiu 2,12% para 173,31 dólares e a Tesla avançou 1,22% para 179,83 dólares. Já a Merck valorizou 4,96% para 131,75 dólares, depois de o seu medicamento Winrevair ter recebido aprovação por parte da Food and Drug Administration (FDA).
Em sentido contrário, a Nvidia cedeu 2,5% para 902,5 dólares.
É habitual que os investidores, sobretudo os institucionais, avaliem a exposição nos mercados no final de cada trimestre, de modo a garantir que os limites entre ações e obrigações estão a ser cumpridos. Com as ações a caminho de terminar mais um trimestre com ganhos fortes, os fundos de pensões deverão vender aproximadamente 32 mil milhões de dólares em ações, refere a Bloomberg, que cita o Goldman Sachs.
O foco dos investidores está também no discurso de Christopher Waller, governador da Fed, num evento após o fecho da negociação. Thierry Wizman, da Macquarie, acredita que as palavras de Waller poderão amenizar a suavidade do discurso de Jerome Powell, presidente da Fed. "Apesar de não dispensar as perspetivas de um corte em junho, poderá sinalizar a procura robusta dos EUA e a inflação persistente nos dados de janeiro e fevereiro para justificar menos cortes" do que aqueles que o "dot plot" (mapa que mostra como cada representante do banco central estima as mexidas nos juros diretores) implica, afirmou, em declarações à Bloomberg.