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AMC ‘no vermelho’ após disparo de 38% no início da sessão em Wall Street

As ações da cadeia de cinemas norte-americana estão a negociar no vermelho, tendo eliminado os ganhos registados no arranque da sessão.

Bloomberg
28 de Maio de 2021 às 18:28
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A cadeia de cinemas AMC eliminou os ganhos de 38% registados nas primeiras horas de negociação em Wall Street. Os títulos da empresa chegaram a cair quase 9%, para momentos depois regressarem a terreno positivo.

Entretanto, os títulos da AMC voltaram a cair, estando a negociar ‘no vermelho’, a perder mais de 1%, para uma cotação próxima dos 26 dólares.

Apesar da sessão movimentada, a AMC registou esta sexta-feira um recordes, quando os títulos estiveram a negociar nos 36,72 dólares, o que superava o máximo de fecho, que remonta a março de 2015. No total da semana, os títulos da AMC já valorizaram 120%. Desde o arranque do ano, o ‘disparo’ da AMC já chegou aos 1.200%.

Os títulos da AMC continuam a usufruir da popularidade conquistada entre o grupo de investidores que se concentra na plataforma Reddit. As chamadas "meme stocks", grupo onde se inclui a AMC ou a cadeia de lojas de jogos GameStop, têm registado consideráveis subidas desde o arranque do ano.

Segundo dados citados pela CNCB, a valorização da AMC ao longo da semana já representou perdas de 1,3 mil milhões de dólares para os "short sellers", que apostam na queda de ações. Esta técnica, usada por fundos de investimento, pede a bancos ações emprestadas de algumas empresas, pagando um juro sobre esta operação. Os títulos são depois vendidos de imediato, mesmo que ainda não sejam detidos pelos fundos. Como a expectativa de uma queda é elevada, quem recorre ao "short selling" espera que os preços da cotação caiam para comprar o mesmo volume de ações a um preço muito inferior, voltando a entregar as ações ao banco. No final, o lucro está na diferença entre o preço mais alto a que venderam a ação emprestada do banco e o preço idealmente mais baixo da compra posterior para entregar ao banco.

A AMC tem cerca de 5 mil milhões de dólares em dívida. Devido à pandemia, que ditou o encerramento das salas de cinema, acelerando a estreia de filmes em serviços de streaming, a empresa viu as receitas encolher. Além das circunstâncias da pandemia, que continua a obrigar a uma redução do número de espectadores nas salas, a empresa enfrenta ainda a concorrência de outras empresas do setor e ainda dos serviços de streaming.
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