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Amazon atira saúde ao chão mas banca e petróleo travam sangria nos EUA
As bolsas norte-americanas oscilaram entre ganhos e perdas durante toda a sessão, com a entrada da Amazon no retalho farmacêutico a penalizar as cotadas do sector, ao passo que a primeira subida do sector financeiro em 14 sessões e a contínua valorização do petróleo ajudaram a amortecer o choque.
O Dow Jones fechou a somar 0,41% para 24.216,32 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,62% para 2.716,31 pontos.
Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,79%, a valer 7.503,78 pontos.
A empresa de comércio electrónico Amazon chegou esta quinta-feira a acordo para a compra da farmacêutica online PillPack, entrando no mercado de saúde e garantindo uma rede de distribuição de fármacos.
A notícia penalizou as cotadas do sector, já que esta aquisição irá colocar a gigante do retalho online em concorrência directa com as cadeias de produtos ligados à saúde e bem-estar [parafarmácias].
A Walgreens Boots Alliance, que é a segunda maior operadora do sector nos EUA, logo a seguir à CVS, e que passou a integrar o Dow Jones no dia 26 de Junho em substituição da General Electric, afundou perto de 10%.
Já a UnitedHealth caiu mais de 1,5%, a CVS Health mergulhou perto de 7%, a Rite Aid perdeu 11% e a Express Scripts cedeu quase 2%.
A Amazon, em contrapartida, somou 2,47% para 1.701,45 dólares.
A contrabalançar estas perdas do sector da saúde e a impedir uma queda em Wall Street esteve o sector financeiro, que ganhou terreno depois de 14 sessões a perder valor. Em destaque esteve a subida de 1,54% do Bank of America.
Também os títulos petrolíferos ajudaram a manter as bolsas do outro lado do Atlântico no verde, numa altura em que o crude continua a ganhar terreno - acumulando já um ganho de 13% esta semana em Nova Iorque e a negociar em máximos de Novembro de 2014 nos EUA.
Na terça-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou impor sanções aos países que até 4 de Novembro não deixem de comprar petróleo ao Irão, que é o terceiro maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) – e hoje soube-se que o Japão e Taiwan estarão a ponderar parar de importar esta matéria-prima de Teerão, o que impulsionou as cotações.