Notícia
Alertas dão queda a Wall Street
As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, num dia de alertas por parte de casas de investimento.
O índice industrial Dow Jones fechou a recuar 2,38% para 33.240,18 pontos e o Standard & Poor’s 500 encerrou a ceder 2,81% para 4.175,20 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 3,95% para 12.490,74 pontos.
A pressionar estiveram algumas visões mais pessimistas, com alertas pelo meio.
Os analistas do Deutsche Bank apontam para que a Reserva Federal norte-americana (Fed) adote uma política monetária mais restritiva do que o esperado.
Para estes analistas, liderados pelo economista-chefe do banco, David Folkerts Landau, a Fed deve subir a taxa de fundos federais este ano para um intervalo "entre 5% e 6%", o que, na sua ótica, "será suficiente para cumprir a tarefa [de combater a inflação] desta vez".
A nota de "research" citada pela Bloomberg justifica esta previsão de aumento das taxas de juro pelo "reforço dado pela redução do balanço que a nossa equipa estima que será equivalente a alguns aumentos adicionais de 25 pontos base".
Para o grupo comandado por David Folkerts Landau, estas medidas levarão a economia norte-americana "para uma recessão significativa até ao final do próximo ano", apontando mesmo que o desemprego aumente "em vários pontos percentuais".
Ainda assim, o banco alemão salienta que a recessão é um mal necessário na batalha contra a inflação. "Teremos uma grande recessão, mas acreditamos firmemente que quanto mais cedo e mais agressivamente a Fed agir, menos danos a economia irá sofrer a longo prazo".
Já o Morgan Stanley advertiu, também hoje, para um potencial "bear market" nas bolsas norte-americanas, o que convidou à prudência dos investidores.