Notícia
BCP abaixo dos 8 cêntimos pela 1.ª vez com banca europeia em mínimos históricos
O banco liderado por Miguel Maya está a renovar mínimos históricos pela terceira sessão consecutiva, numa semana em que todo o setor da banca afundou. Hoje, as ações do BCP caem mais de 4%.
Naquele que é o quinto dia seguido a desvalorizar, o banco liderado por Miguel Maya cai abaixo do patamar dos 8 cêntimos por ação pela primeira vez na sua história (tendo com conta as cotações ajustadas a aumentos de capital e operações de agrupamento de ações).
A queda de hoje do banco português supera a dos pares europeus. O índice que agrupa parte do setor da banca na região - do qual o BCP não faz parte - está a desvalorizar mais de 1,5% para mínimos históricos. As maiores quedas são registadas pelos franceses Credit Agricole e Natixis, com perdas de 3,4% e 3,5%, respetivamente.
Por isso, caso o BCP fizesse parte deste grupo seria o banco com a maior queda do dia, neste momento.
A cotada portuguesa está a negociar mais de 30% abaixo da média móvel dos últimos 200 dias e mais de 20% aquém da média de 90 dias.
Segundo o RSI (Relative Strength Index), um indicador que mede a força com que uma ação está a ser comprada ou vendida durante um determinado período, o preço de fecho do BCP está abaixo dos 30 pontos o que, normalmente, é visto como um sinal de que poderemos assistir a uma subida no curto-prazo. Da última vez que as ações do BCP negociaram nesse patamar, no início de abril, o título disparou mais de 36% num intervalo de dois meses.
Hoje, o Jornal Económico avançou que o BCP estaria a preparar a venda de uma carteira de ativos considerados problemáticos por cerca de 750 milhões de euros. A Bloomberg diz que esse valor rondará os 721 milhões.
Também na segunda-feira, a remodelação do Euro Stoxx 50, índice que agrupa as 50 maiores empresas da Europa, fez cair dois bancos (BBVA e Société Générale), encolhendo ainda mais o número de bancos representados para quatro.