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Ações da Savannah afundam mais de 20% por causa da investigação ao lítio
Trata-se do nível mais baixo desde 1 de março alcançado pelas ações da companhia que é cotada na Bolsa de Londres e regulada pelo London Stock Exchange's Alternative Investment Market (AIM).
Os títulos chegaram a afundar 22,73% para 2,55 libras cada, o valor mais baixo desde março das ações da companhia que é cotada na bolsa de Londres e regulada pelo London Stock Exchange's Alternative Investment Market (AIM). Além disso, as ações da empresa estão também disponíveis no Quadro de Cotações da Bolsa de Valores de Frankfurt (FWB), refere a Savannah Resources.
A empresa viu esta semana o seu nome ser envolvido, pela primeira vez, na investigação que decorre em Portugal aos negócios do lítio e do hidrogénio, na qual António Costa, o ministro das Infraestruturas e ex-secretário de Estado da Energia, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, entre outros responsáveis políticos e empresariais, como o chefe de gabinete do primeiro-ministro, são suspeitos de "crimes de prevaricação, de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e de tráfico de influência" no âmbito dos negócios do lítio e do hidrogénio em Portugal.
Em comunicado, a Procuradoria Geral da República confirmou que "estão a ser investigados factos relacionados comas concessões de exploração de lítio nas minas do Romano (Montalegre) e do Barroso (Boticas)".
Horas depois, a confirmação veio da própria Savannah Resources, que está a desenvolver em Portugal o projeto de lítio da mina do Barroso, em Boticas: durante esta terça-feira, "certas instalações" da empresa no país foram visitadas por autoridades portuguesas, mas nenhum dos responsáveis foi constituído arguido na investigação do Ministério Público aos negócios do lítio e do hidrogénio.
"A Savannah confirma que os seus trabalhos no projeto de lítio do Barroso continuam a decorrer normalmente durante a investigação do DCIAP ", referiu a empresa em comunicado, acrescentando que "a licença de mineração, recebida em 2006, também se mantém intocada".
A empresa assegura ainda que "sempre conduziu e sempre conduzirá o negócio de forma totalmente legal e transparente" e que fará novos anúncios relacionados com a investigação quando for adequado.
Apesar da forte contestação da população local, a Savannah Resources tem "luz verde" condicionada por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (desde maio de 2023) para avançar com obras no terreno e começar a extração em 2026. O investimento deverá ultrapassar 260 milhões de euros e o objetivo é atingir uma produção de cerca de 200 mil quilotoneladas de concentrado de espodumena por ano, contendo lítio suficiente para produzir meio milhão de baterias para veículos elétricos. No total, a Savannah espera produzir 1,5 milhões de toneladas de lítio em Boticas.
(Notícia atualizada às 13:20)