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Acções da Ferrari travam a fundo após divulgação de resultados
Os títulos da construtora descem mais de 7% esta terça-feira, após a divulgação dos resultados e a indicação da gestão de que o ritmo de crescimento das vendas poderá abrandar. Encomendas na China caíram.
Os títulos da Ferrari travaram a fundo em bolsa. As acções da construtora automóvel perdem mais de 9% na bolsa de Nova Iorque para 36,31 dólares e negoceiam no valor mais baixo desde que se estrearam no mercado, em Outubro do ano passado. Face ao preço de entrada em bolsa, de 52 dólares, os títulos derrapam 30%.
A queda da cotação ocorre após a Ferrari ter mostrado os resultados anuais. A empresa até mostrou uma subida de 6% das encomendas em 2015. Mas espera que esse crescimento abrande para 3% em 2016.
A Ferrari prevê que o número de encomendas seja de 7.900 veículos este ano, o que compara com os 7.664 encomendados em 2015. O objectivo definido pelo presidente da empresa, Sergio Marchionne, é chegar a uma produção anual de nove mil automóveis até 2019, segundo a Bloomberg.
Apesar de ter conseguido crescer em quase todas as regiões do globo, houve um mercado em que a Ferrari não conseguiu acelerar. Na China, a economia que tem mantido os mercados sob pressão nos últimos meses, as encomendas caíram 10% em 2015. A Austrália e o Japão permitiram compensar essa quebra com subidas de 44% e 33%, respectivamente. Nos EUA e na Europa os aumentos das encomendas foram mais moderados.
As receitas da empresa subiram 3% em 2015 para 2,85 mil milhões de euros. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) ajustado subiu 8% para 748 milhões de euros. A margem EBITDA aumentou de 25,1% para 26,2%. Para este ano, as perspectivas da empresa liderada por Sergio Marchionne são de que consiga obter receitas de 2,9 mil milhões de euros e que o EBITDA acelere até 770 milhões de euros.