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Acções japonesas em máximos de mais de 25 anos

O optimismo em torno da situação económica global, os novos máximos de Wall Street e a depreciação do iene deram força às acções japonesas, que terminaram o dia a subir pela quarta sessão e em máximos de 1992.

Bloomberg
07 de Novembro de 2017 às 07:32
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O índice bolsista japonês Nikkei voltou a firmar um máximo histórico no fecho da sessão desta terça-feira, 7 de Novembro, terminando o dia no valor mais elevado em mais de 25 anos -  Janeiro de 1992.

A sustentar as valorizações de 1,73% para 22.937,60 pontos estiveram resultados empresariais dentro ou acima das expectativas, bem como um maior apetite pelo risco, revelado pela depreciação do iene face ao dólar.

Já outro índice japonês, o Topix, terminou a sessão no valor mais elevado em mais de 20 anos - Fevereiro de 1997 -, com as acções do sector energético a beneficiarem da subida dos preços do petróleo, perante tensões políticas na Arábia Saudita, maior exportador mundial de "ouro negro".

Segundo a Bloomberg, de entre as mais de 1.100 empresas que estão incluídas no índice Topix e que já apresentaram contas, 63% revelaram crescimento de lucros por acção em termos homólogos, um aumento em média de 16% face ao mesmo período de 2016.

"A principal razão por detrás desta subida das acções japonesas está nos fortes resultados. Não há nuvens no horizonte da economia global e cada vez mais investidores estão a antecipar que os bons resultados continuarão nos próximos trimestres," disse àquela agência noticiosa Naoki Fujiwara, da Shinkin Asset Management Co.

Ainda a favorecer o tom positivo nas negociações nas últimas semanas nas praças japonesas está a percepção de solidez política no país, depois de o primeiro-ministro Shinzo Abe ter recentemente reforçado a sua maioria em eleições. 

"O facto de o Nikkei 225 ter superado esta barreira [máximos de 25 anos] é significativo. Pode ser um sinal do fim da deflação no Japão," antecipa Hiroyuki Nakai, do Tokai Tokyo Research Institute.

O optimismo estende-se ainda a outras bolsas asiáticas, levando o índice Hang Seng em Hong Kong a subir mais de 1% para máximos de quase dez anos (Dezembro de 2007) e depois de novos recordes ontem à noite nas praças norte-americanas. 

"O crescimento económico sustentado e uma queda nos riscos sistémicos deverá tornar a China num viveiro para investimento de longo prazo em 2018," defende Wang Hanfeng, da CICC, em nota citada pela Reuters, antecipando maiores subidas das acções no futuro.
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