No dia em que começa o encontro da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), as bolsas asiáticas negoceiam no verde. O MSCI Ásia Pacífico soma 0,5% e o principal índice japonês, o Nikkei, encerrou a valorizar 0,83%. Ainda que muitos economistas considerem que a Fed só deverá começar a diminuir os estímulos à economia a partir de 2014, os últimos dados económicos, nomeadamente a taxa de desemprego nos EUA - que desceu para 7% em Novembro, um valor abaixo do previsto pelos analistas - podem abrir a porta a que o banco central determine, já esta semana, uma redução dos apoios à economia.

“Com os sinais de recuperação ao nível mundial e com dados económicos fortes, o optimismo parece ter regressado antes da importante decisão da Fed” desta semana, afirmou Tracey Warren, trader da CMC Markets Stockbroking, à Bloomberg. Para Warren os dados divulgados relativos ao emprego “e com a economia a continuar a dar sinais de crescimento, alguns [agentes de mercado] acreditam que o momento [em que a Fed vai começar a reduzir os estímulos] está iminente e pode mesmo ser esta semana”.

E é também o encontro da Fed, e as expectativa sobre a decisão que vai tomar, que alimenta a valorização do dólar face ao iene, que chegou a subir 1%, a valorização mais elevada dos últimos cinco anos. Já em relação ao euro, a moeda única europeia sobe 0,11% face à dívisa norte-americana para 1,3775 dólares.

O petróleo está em queda nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate (WTI) perde 0,19% para 97,29 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte cede 0,15% para 109,25 dólares. A motivar este comportamento da matéria-prima está a especulação que as reservas de gasolina e de produtos destilados aumentaram na semana passada nos EUA.

Esta terça-feira vão ser divulgados os dados da inflação quer nos Estados Unidos quer na União Europeia.

Ainda na Europa, os ministros das Finanças da Zona Euro reúnem-se para discutir mecanismos de resolução de bancos, encontro que deverá captar a atenção dos investidores.