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IGCP avança com dois leilões de curto prazo na próxima semana

A agência que gere a dívida pública vai na próxima semana ao mercado em busca de, no máximo, 1.500 milhões de euros a seis e a 12 meses.

Bruno Simão
13 de Setembro de 2019 às 16:18
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O IGCP, a agência que gere a dívida pública, vai na próxima quarta-feira, 18 de setembro, emitir dívida a seis meses e um ano, tendo como objetivo angariar entre 1.250 e 1.500 milhões de euros. O anúncio foi feito esta sexta-feira, 13 de setembro, pela entidade liderada por Cristina Casalinho (na foto).

"O IGCP, E.P.E. vai realizar no próximo dia 18 de setembro pelas 10:30 horas dois leilões das linhas de BT com maturidades em 20 de março de 2020 e 18 de setembro de 2020, com um montante indicativo global entre EUR 1250 milhões e EUR 1500 milhões", anunciou em comunicado enviado às redações.

 

No passado dia 17 de julho, o IGCP fez uma emissão comparável, tendo angariado 1,5 mil milhões de euros. Portugal conseguiu taxas ainda mais negativas a seis e a doze meses, mas a procura diminuiu face ao leilão anterior comparável.

A doze meses, a agência que gere a dívida pública emitiu mil milhões de euros com um juro de -0,43%, o que representa uma taxa mais negativa face ao último leilão igual. A procura foi 1,64 vezes superior à oferta, segundo os dados da Bloomberg.

 

A 21 de agosto também emitiu dívida de curto prazo, tendo angariado mil milhões de euros quando foi ao mercado emitir a três e 11 meses e conseguiu taxas mais negativas – com os investidores ainda mais interessados em obrigações nacionais.

 

A três meses foram colocados 250 milhões de euros a uma taxa ainda mais negativa, -0,563%, o que compara com -0,425% na última emissão comparável a 19 de junho. A procura superou a oferta em 4,36 vezes, mais do que na emissão anterior que tinha sido de 3,10 vezes. 

Na emissão a 11 meses, foram colocados 750 milhões de euros também a uma taxa ainda mais negativa, -0,557%, o que compara com -0,395% na última emissão comparável a 19 de junho. A procura superou a oferta em 2,05 vezes, mais do que emissão anterior que tinha sido 1,71 vezes.


Em ambos os prazos foram atingidos novos mínimos históricos. 


Neste terceiro trimestre, o instituto tem previsto emitir obrigações do Tesouro e realizar três duplos leilões de bilhetes do Tesouro até um total de quatro mil milhões de euros.

 

Recorde-se que, segundo os dados do Eurostat, Portugal é o terceiro país da União Europeia com uma maior percentagem de dívida pública de curto prazo: um sexto da dívida tinha maturidade inferior a um ano no final de 2018. 

 

Tendo em conta que o IGCP se consegue financiar a taxas cada vez mais reduzidas, o custo da "nova dívida" tem vindo a cair gradualmente. O custo médio da dívida emitida até julho situou-se nos 1,3%, um novo mínimo, pelo menos, desde 2010, segundo os dados do IGCP.

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