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IMF – Vendas a retalho recuperaram no Reino Unido e nos EUA

Vendas a retalho do Reino Unido subiram inesperadamente em janeiro; Vendas a retalho dos EUA apresentaram maior ganho dos últimos dois anos; Petróleo em queda; Ouro volta a recuar

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| Vendas a Retalho do Reino Unido subiram inesperadamente em janeiro

As vendas a retalho de janeiro do Reino Unido subiram inesperadamente, tendo apresentado uma expansão de 0,5% em cadeia, quando o mercado esperava uma contração de 0,3%. Face ao período homólogo, as vendas a retalho recuaram 5,1%, registando a 10º queda homóloga registada no Reino Unido, quando era esperada uma contração 5,5%, sendo uma melhoria face ao saldo negativo de 6,1% registado no mês anterior. Os fatores que mais contribuíram para esta melhoria foram as vendas de combustíveis, que foram impulsionadas por uma queda do nível dos preços, e os descontos em retalhistas online. Apesar deste dado positivo, o mercado continua a recear que a economia do Reino Unido entre em recessão técnica este ano, devido ao peso e influência da elevada inflação. Esta, por sua vez, recuou para os 10,1% em janeiro, face aos 10,3% previstos e aos 10,5% registados em dezembro. Em cadeia, a inflação recuou 0,6% face à queda de 0,4% prevista. A inflação subjacente (que exclui os componentes mais voláteis) recuou para 5,8% y/y em janeiro face a 6,2% esperados. A libra reagiu em queda a esta divulgação, enquanto estes dados sugerem ser pouco provável uma subida mais acentuada dos juros por parte do Banco de Inglaterra.

Em termos técnicos, nas últimas semanas o Gbp/Usd apresentou perdas extensas, tendo recuado para torno dos $1,20. Espera-se que, no curto prazo, o par transacione entre os $1,24 e os $1,19, como tem acontecido nos últimos meses.


| Vendas a retalho dos EUA apresentam maior ganho dos últimos dois anos

Na quarta-feira passada foram divulgadas as vendas a retalho nos EUA, que aumentaram 3% em cadeia em janeiro - o maior aumento percentual desde março de 2021 – acima das expectativas de uma subida de 1,8% e da queda de 1,1% no mês anterior. Em termos homólogos, as vendas a retalho "saltaram" 6,4% em janeiro. Considera-se que a queda registada nos dois meses anteriores foi influenciada pelo facto de os compradores terem antecipado as suas compras para as épocas festivas, levando a que a métrica se situasse abaixo do esperado nos meses em questão. No entanto, em janeiro, os americanos compraram mais bens, denotando um consumo resiliente, que poderá ser um sinal positivo para a saúde da economia. Ainda nos EUA, verificou-se uma aceleração da inflação em janeiro, tendo se registado uma subida do nível geral dos preços em 0,5%, em cadeia, quando no mês anterior, se verificou uma expansão da inflação de 0,1%. Por sua vez, a inflação em termos homólogos situou-se nos 6,4%, acima das expectativas dos mercados. É de mencionar que a inflação subjacente de janeiro também se apresentou acima do esperado, nos 5,6% y/y, quando se registou uma leitura de 5,7% no mês anterior. A conjunção de uma melhoria das vendas a retalho conjuntamente com a evolução da inflação poderá criar motivos para a Fed realizar mais subidas nas taxas de juro.

A nível técnico, o Eur/Usd reforçou as suas perdas anteriores, tendo transacionado entre os $1,08 e os $1,06. No entanto, espera-se que, para todos os horizontes temporais, o par apresente uma lateralização, entre os $1,0500 e os $1,1000.


| Petróleo em queda

Na semana passada, os preços do crude apresentaram-se em queda, tendo sido pressionados por preocupações sobre as subidas de taxas de juro da Fed, que poderiam vir a reduzir a procura, enquanto se verificaram sinais de uma subida na oferta da matéria-prima.

A nível técnico, após ter apresentado um ressalto, na última semana, o petróleo apresentou um saldo negativo, sendo esperado que, no curto prazo, continue a transacionar entre a resistência nos $82,65 e o suporte nos $72,25.


| Ouro volta a recuar

O ouro apresentou a sua terceira semana consecutiva de perdas, enquanto se verificou em janeiro nos EUA uma subida da inflação e uma melhoria das vendas a retalho, que aumentaram as expectativas sobre a possibilidade de se verificar na próxima reunião da Fed um incremento nas taxas de juro superior ao anteriormente esperado.

Ao longo da semana passada, o ouro apresentou perdas consecutivas, tendo recuado para níveis abaixo dos $1830/onça. Considera-se que o preço do metal precioso possa estar a apresentar uma correção os ganhos que registou nos últimos meses.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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