Notícia
IMF – Nova sondagem no Brasil impulsionou real
Real brasileiro atingiu máximos de sete meses face ao euro; Orçamento Italiano pressiona euro em baixa; EIA contraria relatório API e indica subida de stocks acima do previsto; Ouro beneficia de incerteza político no panorama internacional.
22 de Outubro de 2018 às 10:35
Real brasileiro atingiu máximos de sete meses face ao euro
O real atingiu na semana passada máximos de meados de maio face ao euro, após a última sondagem sugerir que Bolsonaro reforçou o favoritismo na vitória na 2ª volta das eleições brasileiras com 59% das intenções de voto. De acordo com essa sondagem, 41% afirmam votar "com certeza" em Bolsonaro e apenas 28% em Haddad. Haddad só tem maior vantagem em agregados familiares com renda de apenas um salário mínimo e no nordeste do Brasil. Bolsonaro disse na passada terça-feira que, caso seja eleito, não irá interferir na política monetária do Banco Central. Da madrugada seguinte veio a notícia que o presidente Temer está indiciado por corrupção.
A nível técnico, o Eur/Brl quebrou em baixa, quer a linha de tendência ascendente de longo prazo iniciada no primeiro trimestre de 2017, quer a média móvel de 200 dias, numa altura em que a elevada volatilidade do real é visível nas bollinger bands. O par deverá continuar em queda, apesar de esta não dever ser tão ampla devido ao facto de o RSI de 14 períodos se encontrar em níveis oversold. Desse modo, será difícil que ocorra uma quebra da linha de tendência descendente iniciada em junho deste ano.
Orçamento Italiano pressiona euro em baixa
Villeroy de Galhau afirmou que o BCE deveria manter as suas opções em aberto e não ser influenciado pela direção da Fed, adicionando que em breve o Banco Central irá decidir como reinvestir o produto dos títulos que irão expirar em 2019. A inflação na Zona Euro foi suportada pelo pico nos preços da energia e manteve-se nos 2.1% yy, mas a inflação core abrandou. É de notar que o BCE pretende manter a inflação abaixo, mas próxima dos 2%. As notícias em torno do plano orçamental italiano continuam a pressionar o Eur/Usd e aumentar as perspetivas de choque direto com a UE. O índice do euro atingiu mínimos de dois meses.
Tecnicamente, o Eur/Usd segue a testar o suporte de curto-prazo. Apesar de o MACD manter a perspetiva em torno do bearish é necessário aguardar por uma quebra dos $1.1430 para garantir que o par possa recuar novamente a níveis entre os $1.13 e os $1.14.
EIA contraria relatório API e indica subida de stocks acima do previsto
A meio da última semana os futuros do petróleo conseguiram avançar em alta, suportado por uma queda dos inventários norte-americanos, contrariamente às estimativas do mercado junto com as tensões políticas no médio oriente a aumentar os receios com a oferta. No entanto, os inventários da EIA na quinta-feira acabaram por confirmar que os inventários afinal teriam subido acima do previsto e o que acabou por pressionar os preços em baixa. Sinais de um aumento da procura chinesa suportaram ligeiramente os preços do crude.
Os preços recuaram para baixo do valor psicológico dos 70$, aproximando-os do suporte de curto prazo nos 69,40$. Apesar dos recuos recentes a tendência de médio prazo mantém-se positiva, ainda que no curto prazo possam vir a recuar mais um pouco.
Ouro beneficia de incerteza político no panorama internacional
Os preços do ouro seguiram em alta na passada sexta-feira com o mercado a continuar a refugiar-se neste ativo. O metal acabou por registar um desempenho positivo, apesar da visão hawkish latente nas minutas divulgadas pela Reserva Federal dos EUA na semana passada. Com a incerteza relativamente a possíveis conflitos dos EUA com a Arábia Saudita e China, assim como com o braço-de-ferro entre a Comissão Europeia e o governo italiano relativamente à proposta orçamental do referido país, o sentimento negativo prevaleceu e a cotação do metal precioso saiu beneficiada.
A nível técnico, o ouro testou valores muito próximos da linha de retração fibonacci dos 38.2% nos $1238. Com o MACD em alta será de esperar novo teste à referida barreira, apesar de não se prever para já uma quebra da mesma, dado que o RSI de 14 períodos se encontra muito próximo de níveis overbought. Suporte relevante nos $1214.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O real atingiu na semana passada máximos de meados de maio face ao euro, após a última sondagem sugerir que Bolsonaro reforçou o favoritismo na vitória na 2ª volta das eleições brasileiras com 59% das intenções de voto. De acordo com essa sondagem, 41% afirmam votar "com certeza" em Bolsonaro e apenas 28% em Haddad. Haddad só tem maior vantagem em agregados familiares com renda de apenas um salário mínimo e no nordeste do Brasil. Bolsonaro disse na passada terça-feira que, caso seja eleito, não irá interferir na política monetária do Banco Central. Da madrugada seguinte veio a notícia que o presidente Temer está indiciado por corrupção.
Orçamento Italiano pressiona euro em baixa
Villeroy de Galhau afirmou que o BCE deveria manter as suas opções em aberto e não ser influenciado pela direção da Fed, adicionando que em breve o Banco Central irá decidir como reinvestir o produto dos títulos que irão expirar em 2019. A inflação na Zona Euro foi suportada pelo pico nos preços da energia e manteve-se nos 2.1% yy, mas a inflação core abrandou. É de notar que o BCE pretende manter a inflação abaixo, mas próxima dos 2%. As notícias em torno do plano orçamental italiano continuam a pressionar o Eur/Usd e aumentar as perspetivas de choque direto com a UE. O índice do euro atingiu mínimos de dois meses.
Tecnicamente, o Eur/Usd segue a testar o suporte de curto-prazo. Apesar de o MACD manter a perspetiva em torno do bearish é necessário aguardar por uma quebra dos $1.1430 para garantir que o par possa recuar novamente a níveis entre os $1.13 e os $1.14.
EIA contraria relatório API e indica subida de stocks acima do previsto
A meio da última semana os futuros do petróleo conseguiram avançar em alta, suportado por uma queda dos inventários norte-americanos, contrariamente às estimativas do mercado junto com as tensões políticas no médio oriente a aumentar os receios com a oferta. No entanto, os inventários da EIA na quinta-feira acabaram por confirmar que os inventários afinal teriam subido acima do previsto e o que acabou por pressionar os preços em baixa. Sinais de um aumento da procura chinesa suportaram ligeiramente os preços do crude.
Os preços recuaram para baixo do valor psicológico dos 70$, aproximando-os do suporte de curto prazo nos 69,40$. Apesar dos recuos recentes a tendência de médio prazo mantém-se positiva, ainda que no curto prazo possam vir a recuar mais um pouco.
Ouro beneficia de incerteza político no panorama internacional
Os preços do ouro seguiram em alta na passada sexta-feira com o mercado a continuar a refugiar-se neste ativo. O metal acabou por registar um desempenho positivo, apesar da visão hawkish latente nas minutas divulgadas pela Reserva Federal dos EUA na semana passada. Com a incerteza relativamente a possíveis conflitos dos EUA com a Arábia Saudita e China, assim como com o braço-de-ferro entre a Comissão Europeia e o governo italiano relativamente à proposta orçamental do referido país, o sentimento negativo prevaleceu e a cotação do metal precioso saiu beneficiada.
A nível técnico, o ouro testou valores muito próximos da linha de retração fibonacci dos 38.2% nos $1238. Com o MACD em alta será de esperar novo teste à referida barreira, apesar de não se prever para já uma quebra da mesma, dado que o RSI de 14 períodos se encontra muito próximo de níveis overbought. Suporte relevante nos $1214.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.