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IMF – Minutas da FED e BCE apontam para incerteza

Inflação da China estagnou em setembro; Minutas da FED e BCE apontam para manutenção de taxas; Semana volátil para o petróleo; Ouro com valorização significativa.

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| Inflação da China estagnou em setembro

A inflação da China estagnou em setembro, face ao período homólogo, enquanto o mercado esperava uma leitura de 0.2%, face aos 0.1% registados em agosto. No entanto, observou-se que em cadeia, a inflação foi de 0.2%, desacelerando ligeiramente face aos 0.3% esperados e registados no mês anterior. Noutro relatório entretanto divulgado ficou a saber-se que as exportações recuaram 6.2%, face ao período homólogo, em setembro, melhorando face à queda de 8.8% registada no mês de agosto. As importações também regrediram 6.2%, face a um declínio de 7.3% no mês anterior, o que resultou num excedente comercial de mais de $77,71 mM em setembro, em comparação com o excedente de $70 mM previsto e de $68,36 mM registado em agosto. As medidas de apoio implementadas pelo governo da China nos últimos meses têm vindo a permitir a estabilizar algumas partes da 2º maior economia do mundo. No entanto, uma crise imobiliária de longa duração, um abrandamento do crescimento global e as tensões geopolíticas continuam a ser um entrave significativo à generalidade da atividade económica chinesa.

Após quebrar em baixa a linha de tendência ascendente (vermelho), em que transacionava desde agosto de 2022, o Eur/Cny encontrou suporte perto dos 7.67 yuans. Na última semana, o par valorizou nos primeiros dias, mas perdeu terreno nos remanescentes, retornando até tal suporte.

| Minutas da FED e BCE apontam para incerteza

De acordo com as mais recentes minutas da FED, a incerteza quanto à trajetória da economia dos EUA, incluindo os potenciais choques nos preços do petróleo e o impacto das greves laborais, explicam a adoção de uma posição cautelosa na reunião do mês passado, que levou a uma pausa no ciclo restritivo. 12 dos 19 membros comentaram que poderá ser necessária mais uma subida nas taxas até ao final do ano, mas a ideia geral foi de manutenção de taxas. A volatilidade dos dados colocou um conjunto de problemas na avaliação da economia, tal como o impacto do aumento das taxas reais que estão a ser descontadas pelo mercado e o grau em que o crédito mais restritivo acabaria por travar os empréstimos e as despesas das empresas, contribuindo para uma decisão mais cautelosa.

As minutas da última reunião do BCE indicaram que o debate incidiu principalmente sobre o crescimento do PIB, os riscos para a inflação da Zona Euro e o futuro das taxas de juro. Assim, as minutas indicaram que os membros do comité consideraram as projeções de junho demasiado otimistas quanto à força da recuperação económica do bloco em 2023, enquanto o otimismo associado à recuperação do consumo foi questionado, dada a desaceleração prolongada do crescimento anual do crédito. Foi também discutido que ainda existem riscos para a inflação devido a potenciais novas pressões em alta sobre os custos da energia e dos alimentos. Por fim, os membros consideraram que a subida de juros decidida em setembro poderá ter sido a última.

No início da semana passada, o Eur/Usd recuperou terreno para perto dos $1.0650, mas, posteriormente, voltou a recuar e rondar o seu suporte presente nos $1.0500, enquanto o mercado utilizou o dólar como ativo de refúgio, devido ao aumento dos receios de um alastrar do conflito no Médio Oriente ao longo do fim de semana.

| Semana volátil para o Petróleo

No início da semana, o petróleo valorizou com as preocupações sobre potenciais disrupções na oferta, associadas ao conflito do Médio Oriente. Posteriormente, retornou a recuar enquanto não se encontraram evidências que apoiassem tal possibilidade. No entanto, na sexta-feira, o petróleo valorizou acentuadamente, enquanto se observou um crescimento de receios de uma intensificação e um alastrar do conflito ao longo do fim de semana.

O petróleo apresentou uma semana volátil, ao ter começado a mesma a ressaltar do seu suporte nos $82 para níveis acima dos $86, mas depois retornado a recuar até perto do suporte mencionado. No último dia da semana, voltou a valorizar de volta para níveis perto dos $86.

| Ouro com valorização extensa

O ouro apresentou uma semana de ganhos, apoiado por um ambiente de maior incerteza macroeconómica com o decorrer dos conflitos no Médio Oriente. Sexta-feira foi o dia de maior valorização devido ao crescimento de receios sobre uma intensificação do conflito no fim de semana.

O ouro apresentou uma semana de recuperação, ao valorizar sucessivamente até quebrar em alta a resistência dos $1 900/onça e a linha de tendência descendente (vermelho) abaixo da qual transaciona desde maio do ano corrente.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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