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IMF – Mercado laboral dos EUA “disparou” em julho

BoE subiu taxas de juro em 50 pb; Mercado laboral dos EUA surpreendeu; Petróleo registou amplas perdas; Ouro voltou a fechar em alta

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| BoE juntou-se ao clube dos "50", alerta para longa recessão

O Banco de Inglaterra foi ao encontro das expetativas do mercado, subindo a sua taxa de juro de referência em 50 pontos base para 1,75% – o maior incremento desde 1995 e o nível mais elevado desde 2008. A decisão foi quase unânime, tendo apenas um dos nove membros votado contra. O governador, Andrew Bailey, indicou que todas as opções se encontram em cima da mesa para as próximas reuniões, salientando que a prioridade do BoE é retornar a inflação para a meta de 2%, custe o que custar. A instituição liderada por Andrew Bailey indicou ainda que a economia britânica poderá contrair no último trimestre de 2022 e ao longo de todo o ano de 2023, o que a confirmar-se resultaria na recessão mais longa desde a crise do subprime. O BOE também reviu em alta a sua previsão para o pico da inflação para 13,3% em outubro, a meio de um aumento dos preços do gás, e que a subida dos preços permanecerá elevada ao longo de 2023.

A nível técnico, o Eur/Gbp falhou o teste às £0,8550, acabando por corrigir em baixa. Não obstante, nos últimos dias o par encontrou suporte nas £0,8350, iniciando um ressalto, sendo como tal, aguardado um novo teste às £0,8550 no curto-prazo.

| Mercado laboral dos EUA "disparou" em julho

A economia norte-americana criou 528 mil postos de trabalho em julho. Este número foi uma enorme surpresa para os mercados, representando um forte incremento face aos 398 mil empregos criados no mês anterior e sendo mais do dobro dos 250 mil esperados pelos analistas. Isto marcou o 19º mês consecutivo de expansão das folhas de pagamento, ajudando a taxa de desemprego a recuar de 3,6% para 3,5% em julho. Este relatório acabou por pintar um retrato de uma economia bastante saudável, apesar de esta ter entrado em recessão técnica no segundo trimestre. Os rendimentos médios por hora também surpreenderam, aumentando 0,5% em cadeia, acima dos 0,4% do mês antecedente, para um acréscimo homólogo de 5,2%. É ainda de notar que um forte crescimento do emprego poderá mantar a pressão sobre a Fed no sentido de produzir uma terceira subida de 75 pontos base à sua taxa de juro diretora em setembro.

Numa vertente técnica, não existem grandes novidades a reportar sobre o Eur/Usd. Após ter atingido mínimos de 20 anos nos $0,9953 o par acabou por ressaltar, estando desde então a transacionar ligeiramente acima da paridade. As perspetivas permanecem negativas para o par. O facto de não ter (pelo menos até ao momento) atingido o nível dos $1,0340 no seu ressalto acaba por corroborar a fraqueza da moeda única neste momento. Assim, este terá sido apenas um ressalto técnico, sendo esperado que o par dê seguimento às perdas.

| Petróleo abaixo de níveis pré-invasão da Ucrânia

Os preços do petróleo registaram uma variação negativa na semana passada, tendo o barril de crude recuado para níveis abaixo dos $90 pela primeira vez desde a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, em fevereiro. O ouro negro recuou com o anúncio do aumento da produção na reunião desta semana da OPEP+ em 100 mil barris por dia, mas apenas de forma modesta. Adicionalmente, os relatórios da "Energy Information Administration" dos EUA indicaram um crescimento dos stocks de petróleo e de gasolina, apontando para um abrandamento ligeiro da procura, influenciando o preço da mercadoria de forma negativa.

A nível técnico, o crude iniciou a semana passada em queda, tendo a matéria continuado a recuar ao longo desta, mantendo-se ainda dentro do canal de tendência descendente (vermelho), do qual vem a transacionar desde junho. Tendo já quebrado o nível dos $90, perspetiva-se que o próximo desafio de curto prazo seja o de quebrar a linha inferior do canal onde se encontra, enquanto no longo prazo espera-se que continue a tendência bearish.

| Ouro em máximos de um mês

O ouro renovou máximos de um mês, apoiado pelas perspetivas sobre um dólar mais fraco, enquanto os yields das obrigações soberanas norte-americanas continuaram a recuar e os receios sobre uma recessão continuam a aumentar. No entanto, os resultados positivos do relatório de emprego dos EUA abrem a possibilidade para a Fed incorrer em subidas mais agressivas das suas taxas, podendo levar o ouro a recuar novamente.

No final da semana passada, o ouro quebrou momentaneamente em alta o canal de tendência descendente (vermelho), entre o qual transaciona desde o início do ano, passando no teste do nível dos $1750 por onça com sucesso. No entanto, não conseguiu dar seguimento aos ganhos, acabando por corrigir. Como tal, a tendência de queda mantém-se.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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