Notícia
IMF – Mercado laboral dos EUA desapontou novamente
Rublo em máximos de vários meses com subida dos preços do petróleo e gás; Mercado laboral dos EUA desapontou pelo segundo mês consecutivo e pode complicar decisão sobre tapering; Petróleo atingiu máximos de 2014; Nonfarm Payrolls desapontantes impulsionam ouro
11 de Outubro de 2021 às 11:15
| Rublo em máximos de vários meses com subida dos preços do petróleo e gás
O rublo russo tem registado ganhos significativos nas últimas semanas, nomeadamente face ao dólar e euro. A moeda tem beneficiado de uma ampla subida nas empresas cotadas do país, assim como dos preços do petróleo e gás. O rublo tem reagido à subida dos preços globais dos combustíveis, o que sugere uma entrada mais forte de capitais provenientes da venda de bens energéticos. É provável que a moeda receba apoio adicional de uma subida da taxa de juro do banco central, prevista para 22 de outubro, em resposta à elevada inflação. É de notar que a inflação anual na Rússia saltou para quase 7,5% no início de outubro, o nível mais alto desde junho de 2016, e o vice-governador do Banco Central Alexei Zabotkin disse que as taxas iriam subir tanto quanto necessário para levar a inflação ao seu objetivo de 4%.
Voltando o foco para o cambial, o rublo vem a ganhar terreno nos últimos meses, pelo que o par Eur/Rub tem vindo a recuar neste período. Após um teste sem sucesso aos 93 rublos, o câmbio tem vindo a recuar de forma gradual, formando um canal de tendência descendente (vermelho tracejado) que têm ditado os movimentos do par desde finais de abril. Todos os indicadores apontam para que o par dê seguimento às perdas no curto-prazo, tendo como próximos suportes o nível psicológico dos 80 rublos, seguida de imediato de um suporte mais robusto nos 79.
| Mercado laboral dos EUA desapontou e pode complicar decisão sobre tapering
A recuperação do mercado laboral norte-americano ficou aquém das expetativas pelo segundo mês consecutivo em setembro. Foram criados 194 mil postos de trabalho neste período, ficando bastante abaixo dos 366 mil registados em agosto e especialmente dos 500 mil esperados pelos analistas inquiridos pela Reuters e Bloomberg. Apesar de ter sido globalmente negativo, o relatório de emprego apresentou alguns ângulos positivas, a taxa de desemprego recuou de 5,2% para 4,8% e os rendimentos médios por hora subiram 4.6%. Com o aproximar da reunião da Fed (3 de novembro), estes números deverão complicar a decisão da instituição relativamente ao processo de tapering. Ainda assim, continua-se a acreditar que este vai ocorrer, mas com menos certeza do que anteriormente. É de notar que os problemas no mercado laboral aparentam ser principalmente relacionados com escassez de mão de obra, e não necessariamente um agravamento da situação económica e pandémica. Este fator, quando combinado com uma diminuição do número de infeções e o término do programa de subsídios de desemprego nos próximos meses poderá suportar o mercado laboral. Em território europeu, as minutas da última reunião do BCE (setembro) mostram que os membros do Comité debateram um corte mais acentuado no programa de compra de ativos de emergência pandémico (PEPP) do que o verificado e alguns até argumentaram que os mercados poderão estar já preparados para o término do apoio de emergência.
A nível técnico, com as perdas da última semana, o Eur/Usd intensificou a perspetiva bearish que vem a apresentar desde meados de setembro, seguindo ainda ligeiramente acima dos $1,1550. O MACD apresenta um sinal de venda, reforçando esta perspetiva. É esperado que o par continue a recuar, podendo realizar um teste aos $1,15 no curto-prazo, à medida que transaciona dentro do canal de tendência descendente (vermelho tracejado).
| Petróleo atingiu máximos de 2014
Os preços do petróleo registaram a sétima semana consecutiva de ganhos. O crude valorizou quase 5%, atingindo máximos de 2015. Os preços da matéria-prima foram impulsionados pelo Departamento norte-americano da Energia, que afirmou pretender, pelo menos por agora, recorrer aos inventários de crude do país para ajudar a travar a subida dos preços da gasolina. Destaque também para o presidente russo, Vladimir Putin, que referiu que está a trabalhar para atenuar a atual "crise de energia", aumentando a produção e bombeando fazendo chegar mais petróleo para a Zona Euro, ainda este ano. No início da semana, a reunião da OPEP+, mostrou que a Organização manteve o plano delineado em julho: o de aumentar a oferta em 400 mil barris por dia, todos os meses, até ao final do ano.
Tecnicamente, com os ganhos desta semana, o crude continua a apresentar uma perspetiva bullish, tendo ressaltado no suporte dos $70/barril e transacionando dentro do canal de tendência ascendente. Ainda assim, o nível dos $80, que segue agora a testar e que corresponde a máximos de 2014, tem historicamente sido muito robusto, pelo que o petróleo poderá consolidar entre os $75 e $80/barril no curto-prazo.
| Nonfarm Payrolls desapontantes impulsionam ouro
Após várias semanas de perdas, os preços do ouro registaram uma semana com uma variação positiva, neste caso de cerca de 1%. Os preços do metal precioso foram impulsionados pelos receios com a subida da inflação, assim como os dados macroeconómicos do emprego norte-americano, que mostraram uma criação de postos de trabalho abaixo do esperado pelo segundo mês consecutivo. Contudo, a valorização do dólar norte-americano e a subida dos "yields" limitaram ganhos mais expressivos do ouro.
Tecnicamente, com os ganhos desta semana, o ouro inverteu a perspetiva bearish que vinha a apresentar desde inícios de setembro, transacionando acima do canal de tendência descendente (vermelho tracejado). Os indicadores técnicos suportam uma perspetiva mais bullish, podendo indicar um teste aos $1800 no curto-prazo.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O rublo russo tem registado ganhos significativos nas últimas semanas, nomeadamente face ao dólar e euro. A moeda tem beneficiado de uma ampla subida nas empresas cotadas do país, assim como dos preços do petróleo e gás. O rublo tem reagido à subida dos preços globais dos combustíveis, o que sugere uma entrada mais forte de capitais provenientes da venda de bens energéticos. É provável que a moeda receba apoio adicional de uma subida da taxa de juro do banco central, prevista para 22 de outubro, em resposta à elevada inflação. É de notar que a inflação anual na Rússia saltou para quase 7,5% no início de outubro, o nível mais alto desde junho de 2016, e o vice-governador do Banco Central Alexei Zabotkin disse que as taxas iriam subir tanto quanto necessário para levar a inflação ao seu objetivo de 4%.
Voltando o foco para o cambial, o rublo vem a ganhar terreno nos últimos meses, pelo que o par Eur/Rub tem vindo a recuar neste período. Após um teste sem sucesso aos 93 rublos, o câmbio tem vindo a recuar de forma gradual, formando um canal de tendência descendente (vermelho tracejado) que têm ditado os movimentos do par desde finais de abril. Todos os indicadores apontam para que o par dê seguimento às perdas no curto-prazo, tendo como próximos suportes o nível psicológico dos 80 rublos, seguida de imediato de um suporte mais robusto nos 79.
| Mercado laboral dos EUA desapontou e pode complicar decisão sobre tapering
A recuperação do mercado laboral norte-americano ficou aquém das expetativas pelo segundo mês consecutivo em setembro. Foram criados 194 mil postos de trabalho neste período, ficando bastante abaixo dos 366 mil registados em agosto e especialmente dos 500 mil esperados pelos analistas inquiridos pela Reuters e Bloomberg. Apesar de ter sido globalmente negativo, o relatório de emprego apresentou alguns ângulos positivas, a taxa de desemprego recuou de 5,2% para 4,8% e os rendimentos médios por hora subiram 4.6%. Com o aproximar da reunião da Fed (3 de novembro), estes números deverão complicar a decisão da instituição relativamente ao processo de tapering. Ainda assim, continua-se a acreditar que este vai ocorrer, mas com menos certeza do que anteriormente. É de notar que os problemas no mercado laboral aparentam ser principalmente relacionados com escassez de mão de obra, e não necessariamente um agravamento da situação económica e pandémica. Este fator, quando combinado com uma diminuição do número de infeções e o término do programa de subsídios de desemprego nos próximos meses poderá suportar o mercado laboral. Em território europeu, as minutas da última reunião do BCE (setembro) mostram que os membros do Comité debateram um corte mais acentuado no programa de compra de ativos de emergência pandémico (PEPP) do que o verificado e alguns até argumentaram que os mercados poderão estar já preparados para o término do apoio de emergência.
A nível técnico, com as perdas da última semana, o Eur/Usd intensificou a perspetiva bearish que vem a apresentar desde meados de setembro, seguindo ainda ligeiramente acima dos $1,1550. O MACD apresenta um sinal de venda, reforçando esta perspetiva. É esperado que o par continue a recuar, podendo realizar um teste aos $1,15 no curto-prazo, à medida que transaciona dentro do canal de tendência descendente (vermelho tracejado).
| Petróleo atingiu máximos de 2014
Os preços do petróleo registaram a sétima semana consecutiva de ganhos. O crude valorizou quase 5%, atingindo máximos de 2015. Os preços da matéria-prima foram impulsionados pelo Departamento norte-americano da Energia, que afirmou pretender, pelo menos por agora, recorrer aos inventários de crude do país para ajudar a travar a subida dos preços da gasolina. Destaque também para o presidente russo, Vladimir Putin, que referiu que está a trabalhar para atenuar a atual "crise de energia", aumentando a produção e bombeando fazendo chegar mais petróleo para a Zona Euro, ainda este ano. No início da semana, a reunião da OPEP+, mostrou que a Organização manteve o plano delineado em julho: o de aumentar a oferta em 400 mil barris por dia, todos os meses, até ao final do ano.
Tecnicamente, com os ganhos desta semana, o crude continua a apresentar uma perspetiva bullish, tendo ressaltado no suporte dos $70/barril e transacionando dentro do canal de tendência ascendente. Ainda assim, o nível dos $80, que segue agora a testar e que corresponde a máximos de 2014, tem historicamente sido muito robusto, pelo que o petróleo poderá consolidar entre os $75 e $80/barril no curto-prazo.
| Nonfarm Payrolls desapontantes impulsionam ouro
Após várias semanas de perdas, os preços do ouro registaram uma semana com uma variação positiva, neste caso de cerca de 1%. Os preços do metal precioso foram impulsionados pelos receios com a subida da inflação, assim como os dados macroeconómicos do emprego norte-americano, que mostraram uma criação de postos de trabalho abaixo do esperado pelo segundo mês consecutivo. Contudo, a valorização do dólar norte-americano e a subida dos "yields" limitaram ganhos mais expressivos do ouro.
Tecnicamente, com os ganhos desta semana, o ouro inverteu a perspetiva bearish que vinha a apresentar desde inícios de setembro, transacionando acima do canal de tendência descendente (vermelho tracejado). Os indicadores técnicos suportam uma perspetiva mais bullish, podendo indicar um teste aos $1800 no curto-prazo.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.