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IMF – Inflação dos EUA recuou em junho para 3%

Reino Unido contraiu menos que o esperado em maio; Inflação dos EUA recuou para 3% em junho; Petróleo na segunda semana consecutiva de ganhos; Ouro quebrou os $1940 em alta.

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| Reino Unido contraiu menos que o esperado em maio
O PIB do Reino Unido contraiu cerca de 0.1% em cadeia, em maio, quando o mercado esperava uma contração de 0.3%, após ter crescido 0.2% em abril. A contribuir para esta queda na atividade económica britânica esteve o feriado bancário marcado pela coroação do Rei Carlos III e por diversas greves registadas no Reino Unido. No mês de maio, quase todos os setores contraíram, com os serviços a serem a exceção ao estagnar. Com estes dados melhores do que era previsto, é possível que a antecipada recessão não se tenha concretizado no segundo trimestre. Numa outra nota, o governador do Banco de Inglaterra (BoE), Andrew Bailey, considera que a economia do Reino Unido e o sistema financeiro estão a ser mais resilientes à subida dos juros do que era antecipado. Bailey afirmou que o BoE continuará a monitorizar as condições de crédito e procurar sinais de aperto monetário para observar os efeitos da política monetária restritiva. Apesar de ter subido as taxas de juro para os 5%, colocando pressão nos agregados familiares, nas empresas e no setor financeiro, o BoE afirmou que não há motivos para preocupação sobre uma entrada em recessão. O BoE também mencionou que os bancos britânicos estão menos expostos aos efeitos adversos das taxas de juro do que os agregados familiares, enquanto o setor empresarial permanece "amplamente resiliente".

Nas últimas semanas, a libra tem recuperado terreno, levando o Eur/Gbp a desvalorizar até ter encontrado suporte nas £0.8500. O par ressaltou no suporte, mas manteve-se a transacionar de modo horizontal entre o mesmo e a resistência das £0.8720.

| Inflação dos EUA recuou para 3% em junho
A inflação homóloga dos EUA recuou em junho para 3% - o nível mais baixo registado nos últimos dois anos. O consenso do mercado apontava para uma queda menor (3.1%), após 4% em maio. Em cadeia, a inflação foi de 0.2%, quando se esperava 0.3%. A inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis como a alimentação e a energia, desceu para 4.8% y/y. A subida face ao mês anterior deveu-se a um aumento nos preços dos combustíveis e nas rendas, que foram superiores à queda dos preços dos veículos em segunda mão. É mais um sinal de que a inflação se está a dissipar, embora de forma mais lenta nos preços subjacentes. Os mercados acionistas e as obrigações gostaram dos dados, porque aumentam a probabilidade de a subida de juros este mês, amplamente descontada, venha a ser a última do ciclo de aperto monetário. Adicionalmente, a confiança das pequenas empresas dos EUA terá atingido um máximo de 7 meses em junho (dados da NFIB), com o índice de otimismo a subir para 91 pontos, face a 89.4 em maio. Esta foi a maior melhoria mensal registada desde agosto de 2022. As pequenas empresas reportaram uma visão menos pessimista para as perspetivas económicas, com o índice a subir para -40 pontos, face aos -50 no mês anterior. As expectativas sobre as vendas melhoraram também, com 29% das empresas a subirem os seus preços médios ao longo do mês de junho. Por fim, é de mencionar que 42% das empresas inquiridas reportaram dificuldades em ocupar as suas posições em aberto, indicando assim que o mercado laboral permanece "apertado".

Nas semana passada, o Eur/Usd reforçou a tendência altista, ao ponto de ter renovado máximos de 16 meses, perto dos $1.1250. Com esta valorização, o par conseguiu quebrar em alta o nível superior do canal do canal ascendente (vermelho) em que transacionava. É esperada uma correção ao longo das próximas sessões.

| Petróleo na segunda semana consecutiva de ganhos
Durante a semana passada, o preço do petróleo, que vinha a beneficiar de cortes na oferta pela OPEC+, foi impulsionado por um sentimento positivo sobre a procura futura nos EUA, enquanto os dados da inflação de junho apontaram para a possibilidade das suas taxas de juro estarem perto de atingir o seu topo.

O petróleo apresentou a segunda semana consecutiva de ganhos, tendo valorizado de forma consistente até encontrar uma resistência nos $77. Caso supere este testa, a resistência seguinte está nos $80/barril.

| Ouro quebrou os $1940 em alta
O ouro valorizou, tendo beneficiado das expectativas de que as taxas de juro dos EUA poderão estar a atingir o seu máximo de ciclo, após a inflação homóloga dos EUA ter recuado em junho.

O ouro apresentou uma semana de recuperação, tendo ressaltado no seu suporte dos $1900, conseguindo ainda quebrar em alta a resistência dos $1940. Agora, a próxima resistência para o metal precioso está nos $2000/onça.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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