Notícia
IMF – Inflação dos EUA e do Reino Unido em destaque
Inflação do Reino Unido abaixo do esperado em julho; Inflação dos EUA abrandou em julho; Petróleo renovou máximos de 3 semanas; Ouro renovou máximos históricos
| Inflação do Reino Unido abaixo do esperado em julho
A inflação homóloga do Reino Unido subiu pela primeira vez este ano em julho, mas a subida foi menor do que a esperada, uma vez que os preços dos serviços abrandaram. A inflação homóloga subiu de 2% em junho para 2.2%, em julho, mas ficou abaixo dos 2.3% esperados. Em cadeia, a inflação foi de -0.2%, face aos +0.1% registados no mês anterior. Por sua vez, a inflação subjacente, recuou para 3.3%, face a 3.4% esperados pelo mercado e 3.5% de junho. A inflação homóloga dos serviços caiu para 5.2% em julho, de 5.7% em junho, refletindo uma reversão do forte aumento de junho nos preços dos hotéis. O Banco de Inglaterra (BoE) esperava uma subida da inflação para 2.4% em julho e prevê uma inflação de 2.75% no final do ano, antes de regressar aos 2% no 1º semestre de 2026. O mercado passou a atribuir uma probabilidade de 65% a uma manutenção das taxas do BoE em setembro.
| Inflação dos EUA abrandou em julho
A inflação homóloga dos EUA abrandou para 2.9% em julho, abaixo de 3% pela primeira vez desde o início de 2021, e ligeiramente aquém dos 3% esperados e registados em junho. Em cadeia, a inflação foi de 0.2%, acima da queda de 0.1% registada no mês anterior. A subida de 0.4%, em cadeia, no alojamento, que inclui as rendas e uma métrica muito discutível sobre o preço do alojamento, foi responsável por quase 90% do aumento mensal da inflação. Os preços da gasolina mantiveram-se inalterados, após terem caído durante 2 meses consecutivos. A inflação subjacente, que exclui os componentes mais voláteis, foi de 3.2%, face ao período homólogo, como o esperado, abaixo dos 3.3% de junho, renovando mínimos de abril de 2021. O dólar perdeu terreno, levando o Eur/Usd a renovar máximos de 29 de dezembro de 2023 perto de $1.1050. No entanto, posteriormente, dados das vendas a retalho de julho dos EUA mais fortes que o esperado levaram o Eur/Usd a transacionar abaixo de $1.1000 novamente e o mercado a atribuir uma probabilidade de 80% a um corte de 25 pontos base da FED em setembro (vs 55% anteriores).
Na semana passada, o Eur/Usd apresentou uma valorização significativa, ao ponto de renovar máximos do ano (29 de dezembro de 2023) perto dos $1.1050. No entanto, na quinta-feira, o par perdeu alguns dos ganhos que tinha acumulado e regressou a transacionar abaixo dos $1.1000. O Eur/Usd continua afastado da média móvel a 200 dias, que se situa pelos $1.0840 e o respetivo indicador MACD abriu o sinal de compra do par.
| Petróleo renovou máximos de 3 semanas
O preço do petróleo iniciou a semana com uma valorização significativa, enquanto beneficiou de expectativas sobre um deteriorar das tensões no Médio Oriente, o que poderia encurtar a oferta global da matéria-prima. Na sexta-feira, o preço caiu, com o mercado a manifestar receios de um desacelerar da economia da China, o maior país importador de petróleo.
Após renovar mínimos de fevereiro de 2024 na semana anterior, o petróleo abriu a última semana em máximos de 3 semanas, ligeiramente acima dos $80/barril. No entanto, posteriormente a matéria-prima retornou a desvalorizar até perto do suporte dos $77/barril, que acabou por quebrar em baixa, na sexta-feira.
| Ouro renovou máximos históricos
O ouro iniciou a semana a renovar máximos de 1 mês, ao beneficiar de ser considerado um ativo de refúgio, enquanto se observou um aumento dos receios sobre as tensões no Médio Oriente. Posteriormente voltou a corrigir e estabilizar, enquanto o mercado passou a esperar um corte da FED de 25 pontos base, face aos 50 pontos base anteriormente esperados. Na sexta-feira renovou, por momentos, máximos históricos.
O ouro teve um início de semana positivo, tendo valorizado até renovar máximos de 1 mês nos $2 478/onça, e posteriormente retornado a desvalorizar até meados dos $2 430/onça. No final da semana, o metal precioso voltou a ganhar terreno até renovar máximos históricos, nos $2 500/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.