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IMF – Eur/Usd testou níveis acima dos $1,22, mas não conseguiu manter os ganhos

Economia mexicana terminou 2020 de forma mais robusta do que o esperado, Eur/Usd testou níveis acima dos $1,22, mas não conseguiu manter os ganhos; Preços do petróleo valorizaram 20% em fevereiro; Ouro renova mínimos de 8 meses.

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| Economia mexicana termina 2020 de forma mais robusta do que o esperado

A economia do México cresceu mais do que inicialmente estimado durante o quarto trimestre de 2020, à medida que o país recuperava da contração mais acentuada em quase nove décadas. O instituto de estatística do país, INEGI, revelou que o PIB cresceu 3,3% em cadeia neste período – uma revisão em alta face ao acréscimo de 3,1% estimado anteriormente. De forma homóloga foi registada uma quebra de 4,3%. Fortemente penalizada pelas restrições de combate à pandemia, a segunda maior economia da América Latina registou uma contração de 8,5% ao longo da totalidade de 2020, disse o INEGI. Para o futuro, as minutas da mais recente reunião do Banco do México revelaram que a maioria dos membros do Comité acredita que o ritmo de recuperação será moderado. A maioria dos membros disse também que a recuperação do mercado laboral perdeu recentemente ímpeto, e que persiste um ambiente de fraqueza. O Banxico não projetou valores específicos, mas a Goldman Sachs, tendo já em consideração os números do último trimestre, prevê um crescimento do PIB de 4,5% em 2021. A nível cambial o peso mexicano tem perdido terreno face à um cabaz de moedas, nomeadamente o Euro. o Eur/Mxn transaciona já em torno dos 25/26 pesos, novos máximos de quase seis meses.

Tecnicamente, após vários meses a lateralizar entre os 50% e 61,8% de retração de fibonacci (23,9 e 24,8 pesos, respetivamente), o Eur/Mxn quebrou em alta o limite superior, transacionando agora em máximos de quase seis meses. Tendo em conta os indicadores técnicos, com o MACD a fornecer sinal de compra, tudo indica para que o par dê continuidade aos ganhos, podendo ser esperado um teste à resistência dos 26,5 pesos no curto/médio-prazo.


| Eur/Usd testou níveis acima dos $1,22, mas não conseguiu manter os ganhos

O Eur/Usd iniciou a semana passada com o "pé direito" e assim continuou até quinta-feira. O par ressaltou de níveis próximos dos $1,20 e registou ganhos graduais, chegando mesmo a renovar máximos de mais de um mês, bem acima de $1,22. Não obstante. No final da semana, o dólar recuperou ímpeto, levando o par novamente para a zona dos $1,21. A subida do dólar ocorre como consequência da subida dos rendimentos das obrigações soberanas dos EUA. É de notar que as obrigações soberanas de forma global, mas particularmente as do Tesouro dos EUA, tornaram-se no ponto focal dos mercados financeiros a nível mundial na passada semana. Vários analistas e traders têm começado a prever um aperto das condições monetárias por parte dos diversos Bancos Centrais, em parte pela recuperação verificada na inflação recentemente. Quer a Fed, quer o BCE já vieram sinalizar as suas intenções de manter a política monetária ultra-expancionista, mas, pelo menos até ao momento, estas indicações não foram suficientes para "acalmar" de forma sólida os mercados. A nível macroeconómico, o sentimento económico da Zona Euro subiu mais do que o esperado em fevereiro, beneficiando de um maior otimismo na indústria, serviços e consumidores. O indicador da Comissão Europeia subiu de 91,5 pontos em janeiro para 93,4 este mês, superando os 92 estimados. Na Alemanha, o PIB cresceu 0,3% em cadeia no último trimestre de 2020, com a evolução do produto homólogo a ficar em -3,7%, uma quebra menos expressiva do que a de 3,9% esperada anteriormente. Para a totalidade de 2020, a economia terá contraído 4,9%, face a 5% estimados previamente. O número de norte-americanos que requisitaram subsídio de desemprego diminui na última semana, para 730 mil, face aos 841 mil dos 7 dias anteriores. Estes dados saíram bastante abaixo dos 838 mil esperados. Estes números, embora ainda muito altos, indicam que os cortes de emprego em função da pandemia podem estar a começar a abrandar.

A nível técnico, após o ressalto nos $1,1950, o Eur/Usd retomou a lateralização entre os $1,20 e $1,22. O par ainda testou níveis acima do limite superior, mas não obteve sucesso, acabando por corrigir. Os indicadores técnicos não apresentam sinais claros, com o MACD a apresentar um sinal fraco, sugerindo que a consolidação no intervalo atual poderá continuar no curto-prazo.


| Preços do petróleo valorizaram 20% em fevereiro

Os preços do petróleo registaram a sexta semana consecutiva de ganhos, com o crude a renovar máximos de mais de 1 ano a meio da semana. Só no mês de fevereiro, os preços do petróleo valorizaram cerca de 20%. Os preços da matéria-prima foram suportados sobretudo pelo lento regresso à normalidade nos Estados produtores do sul dos EUA, após os fortes nevões das semanas anteriores, que levaram à suspensão das operações nas refinarias. É possível que produtores da região possam demorar pelo menos duas semanas até retomarem os mais de dois milhões de barris por dia que foram cortados. Os aumentos de 1,29 milhões de barris nos inventários de crude norte-americanos, na semana passada, limitaram ganhos mais expressivos. Esta semana, dia 4 de março, os membros da OPEP+ irão reunir-se novamente, sendo esperado que se mantenha a sua política de redução da oferta.

Tecnicamente, o crude deu continuidade aos ganhos, tendo quebrado o limite superior do canal de tendência ascendente, assim como a importante resistência dos $60. O "ouro negro" continua assim a apresentar uma perspetiva bullish para o curto prazo, sendo possível um teste ao nível dos $65.


| Ouro renova mínimos de 8 meses

O ouro volta a registar uma variação semanal negativa, neste caso, recuando 1% na semana passada, atingindo mínimos de 8 meses. O metal precioso foi pressionado sobretudo pelo aumento dos rendimentos das obrigações soberanas, o que retira a atratividade ao metal, apesar de alguns representantes da Fed terem referido que o não se pretende retirar estímulos monetários à economia. Fortes dados macroeconómicos no EUA, assim como uma valorização do dólar no final da semana, contribuíram também para as quedas do ouro.

Tecnicamente, o ouro deu seguimento às quedas, estando já testar o suporte dos $1750/onça – mínimos de 8 meses. O MACD apresenta um forte sinal de venda, podendo indicar que o metal precioso poderá continuar em queda, realizando um teste aos $1700 no curto-prazo.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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