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IMF – Eur/Usd recuou para mínimos de 9 meses

Libra registou pior semana em meses; Vendas a retalho no Reino Unido caíram em julho; Eur/Usd recuou para mínimos de 9 meses; Petróleo em mínimos de maio; Variante “Delta” suporta preços do ouro

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| Libra registou pior semana em meses; Vendas a retalho no Reino Unido caíram em julho
A libra recuou para mínimos de um mês face ao dólar e euro, levando a moeda a registar a pior semana em meses, uma vez que a aversão global ao risco impulsionou os investidores para moedas consideradas mais seguras. Para além disto, a libra foi pressionada no final da semana pelas vendas a retalho no Reino Unido, que caíram inesperadamente em julho. Isto sugere que pelo menos alguns consumidores "faltaram" às compras para acompanhar a corrida da Inglaterra no torneio de futebol Euro 2020, ou ficaram em casa devido ao aumento dos casos Covid-19. Os retalhistas relataram que o torneio – no qual que a Inglaterra chegou à final – e o mau tempo mantiveram os compradores afastados das lojas. As vendas registaram uma contração de 2,5% em cadeia – a maior quebra desde janeiro, quando o país regressou aos confinamentos. Esta leitura surpreendeu pela negativa, visto que era esperado um incremento de 0,4%.

No longo prazo, o comportamento do Eur/Gbp continua a ser lateral desde o final de 2017, num intervalo largo, que compreende valores entre £0.83 e £0.95 libras. No curto prazo, e como referido, o par tem vindo a lateralizar, com o uma forte resistência a £0.8725, já testada várias vezes. Como suportes, detetam-se os £0.8540/60 e £0.8470.



| Eur/Usd recuou para mínimos de 9 meses
O Eur/Usd recuou para mínimos de cerca de nove meses na última semana, como resultado de um dólar mais robusto numa altura em que existem cada vez mais receios de que a variante "Delta" possa condicionar a recuperação económica global, numa altura em que alguns Bancos Centrais começam a preparar a remoção de estímulos. O dólar beneficiou do seu estatuto de "porto seguro", levando o par Eur/Usd para níveis abaixo dos $1,17. O principal destaque da última semana foi para as minutas da Fed, que revelaram uma divisão dos membros sobre o "tapering". Não obstante, os membros estão otimistas quanto à recuperação económica dos EUA, mesmo com a variante "Delta" da Covid-19 a intensificar-se e continuam a preparar-se planos para o eventual fim do programa de QE, que deverá ser anunciado ainda este ano. Em território europeu, a taxa de inflação na Zona Euro foi confirmada em 2,2%, numa base anualizada, em julho. Trata-se da leitura mais elevada desde outubro de 2018 e acima da meta de 2% do BCE.

A nível técnico, com as perdas das últimas sessões, o Eur/Usd apresenta uma perspetiva mais bearish, uma vez que transacionou abaixo do suporte dos $1,17. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, suportam esta perspetiva. É esperado que o par consolide abaixo deste nível, podendo realizar um teste aos $1,16.



| Petróleo em mínimos de maio
Os preços do petróleo recuaram mais de 6% na última semana, tendo renovado mínimos de 3 meses. Os preços da matéria-prima foram pressionados sobretudo pelo agravamento da variante "Delta" da Covid-19, que poderá afetar a recuperação económica e consequentemente ter consequências na procura dos combustíveis. A divulgação das atas da reunião de julho da Reserva Federal dos EUA, que mostraram que o Banco Central deverá remover os estímulos monetários mais cedo que o previsto, também afetaram os preços. Por último, destaque para os Estados Unidos, que confirmaram que os inventários de crude recuaram em 3,23 milhões de barris na semana passada e que os "stocks" de gasolina aumentaram em 696 mil barris, a primeira subida registada em mais de um mês.

Tecnicamente, com as perdas das últimas semanas, o crude volta a apresentar uma perspetiva mais bearish para o curto-prazo, seguindo a testar níveis abaixo dos $65/barril e acompanhando a linha de tendência descendente. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, sendo esperado que recue até ao próximo suporte dos $60/barril no curto/médio-prazo.



| Variante "Delta" da Covid-19 suporta preços do ouro
Os preços do ouro registaram uma variação positiva, ainda que pouco significativa, registando também pouca volatilidade. Por um lado, a possibilidade de a Fed retirar estímulos à economia e a evolução da pandemia da Covid-19, principalmente da variante Delta, impulsionaram os preços do ouro que beneficiam do estatuto de ativo de refúgio. Contudo, a forte valorização do dólar ao longo da semana, que costuma retirar atratividade ao ouro, limitou os ganhos da matéria-prima.

Tecnicamente, com a consolidação desta semana, o ouro apresenta uma perspetiva mais neutra para o curto-prazo, seguindo perto do suporte dos $1800/onça. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, o que poderá sinalizar que o metal precioso poderá continuar a consolidar em torno deste nível no curto-prazo.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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