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IMF – Eur/Usd lateraliza próximo dos $1.12; Economia dos EUA criou 4.8M de postos de trabalho

Economia britânica regista maior contração em 40 anos; Eur/Usd lateraliza próximo dos $1.12; Economia dos EUA criou 4.8M de postos de trabalho; Queda acentuada dos inventários de crude e relatório de emprego dos EUA suporta preços; Dados robustos e receios de segunda vaga de Covid-19 deixam ouro praticamente inalterado

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Economia britânica regista maior contração em 40 anos

A última semana foi preenchida no Reino Unido e a generalidade dos desenvolvimentos não foi positiva. No início da semana, o principal destaque passou pela divulgação dos dados do PIB relativos ao primeiro trimestre de 2020. Neste período, a economia britânica contraiu 2.2% q/q, a maior queda em 40 anos, com as famílias a aumentarem as suas poupanças, tendo os seus gastos caído ao ritmo mais elevado desde que há registo. Os gastos nominais caíram £9.5 mM, ou quase 3%. Adicionalmente, os rendimentos também diminuíram. Estes dados, em conjunto com uma série de outro divulgados nas últimas semanas levaram o Governo de Johnson a anunciar um programa de investimentos de £5 mil milhões (€5.5 mM) em projetos de infraestrutura de elevada dimensão. Já no final da semana, mais notícias negativas surgiram. As negociações entre Londres e Bruxelas sobre o seu futuro comercial terminaram um dia mais cedo do que o esperado, com fontes citadas pela Reuters a indicarem que continuam a existir grandes diferenças entre ambos os lados, sendo que a principal é se o RU deve permanecer vinculado a leis europeias após o Brexit.

Tecnicamente, o Eur/Gbp vinha a transacionar com uma tendência de alta desde o início de maio, chegando a alcançar os £0,91 – máximos de mais de um mês. Não obstante, o par não conseguiu afastar-se de forma significativa este nível e acabou por corrigir em baixa. É provável que o Eur/Gbp dê seguimento às quedas até aos 61.8% de retração de fibonacci (£0.8950).

Eur/Usd lateraliza próximo dos $1.12; Economia dos EUA criou 4.8M de postos de trabalho

O Eur/Usd lateralizou em torno dos $1.12 ao longo da última semana, com o aumento dos receios de uma segunda vaga da pandemia (à medida que o número de novos casos continua a acelerar) e a divulgação de um conjunto de dados macroeconómicos robustos a compensarem mutuamente o sentimento. A nível europeu, o sentimento económico da ZE subiu de 67.5 pontos em maio para 75.7 em junho, o PMI Compósito (combinação do setor industrial e terciário) da IHS Markit saltou de 31.9 para 48.5 pontos no mesmo período e a inflação no mês passado fixou-se em 0.3%, acima dos 0.1% previstos.

Contudo, é importante notar que a subida da inflação ocorreu, inteiramente, devido aos preços mais elevados da energia, enquanto que a inflação subjacente (sem energia e alimentação) desceu e que deverá cair ainda mais devido à queda na procura. Estes dados, em conjunto com a estabilização dos mercados financeiros, levaram o economista-chefe do BCE, Philip Lane, a sinalizar uma pausa nos estímulos monetários, argumentando que uma recuperação está a caminho, mas que serão necessários vários meses para obter clareza sobre a forma dessa recuperação. Nos EUA, a semana foi mais curta devido ao devido ao feriado do Dia de Independência e ficou marcada pela divulgação de um relatório de emprego consideravelmente mais positivo do que o esperado. A economia norte-americana criou 4.8 milhões de postos de trabalho em julho, sucedendo aos 2.7 milhões de maio. A taxa de desemprego recuou pelo segundo mês consecutivo, de 13.3% em maio para 11.1% no mês passado. Tendo estes fatores em consideração em ambos os lados do atlântico, é importante notar que não é certo que esta tendência se mantenha tão positiva no futuro. A reabertura gradual das empresas após o confinamento que teve início em março, desencadeou uma nova vaga de infeções (principalmente nos EUA), o que acabou por alimentar os receios de uma segunda vaga do vírus, algo que a comprovar-se, abrandará a recuperação económica.

Tecnicamente, após ter falhado o teste aos $1.13, o Eur/Usd tem vindo a lateralizar entre este nível e os 61.8% de retração de fibonacci ($1.1180). O limite inferior deste intervalo tem oferecido um importante suporte ao par. No entanto, o MACD continua a apresentar um sinal de venda, o que poderá sinalizar um teste e consequente quebra aos 61.8% no curtíssimo-prazo. Caso isto não aconteça e o par prove possuir maior robustez do que o previso, um teste aos 100% de retração ($1.14) no curto/médio-prazo não está fora de questão.

Queda acentuada dos inventários de crude e relatório de emprego dos EUA suporta preços


Após as perdas da última semana, o crude volta a registar uma variação semanal positiva, ainda que ligeira. A subida nos preços da matéria-prima foi impulsionada, principalmente, por dois fatores. O primeiro passa pelos inventários de crude norte-americanos que, segundo a EIA, caíram na ordem de 7.2 milhões de barris na semana passada, o que representa a maior descida dos stocks este ano. Notar que muito produto está a ser encaminhado para a reserva estratégica nacional. O segundo fator passa pelos robustos dados do relatório de emprego dos EUA (ver texto acima), que aumentaram as perspetivas para o futuro da procura pela matéria-prima. No entanto, o contínuo aumento do número de casos de Covid-19 nos EUA limitou os ganhos.

Tecnicamente, o crude apresenta uma ligeira tendência de alta, tendo vindo a valorizar de forma gradual desde o início de maio, quebrando a barreira dos $20 e estando agora a testar a resistência dos $40/barril. Este nível está a provar ser difícil de quebrar e a matéria-prima começa a perder alguma robustez, estando já o MACD a fornecer sinal de venda. No entanto, pelo menos por agora, o "ouro negro" aparenta que irá continuar a lateralizar no curto-prazo, mas, quanto mais tempo permanecer a descrever este movimento maior é a probabilidade de uma correção em baixa.

Dados robustos e receios de segunda vaga de Covid-19 deixam ouro praticamente inalterado

O ouro passou a última semana a consolidar em torno dos $1770/80 – zona de máximos de quase 8 anos. Por um lado, um conjunto de dados macroeconómicos robustos, nomeadamente o relatório de emprego dos EUA e o setor terciário da China em junho, pressionaram os preços do metal precioso. Por outro lado, o constante aumento dos casos de Covid-19 continua a alimentar os receios de uma segunda vaga da pandemia, o que acabou por contrair a pressão dos dados robustos.

A nível técnico, não existem grandes novidades a reportar desde a semana anterior. Após passar os últimos meses a consolidar entre os $1670 e os $1750, o metal quebrou em alta o limite inferior deste intervalo. Contudo, para já, a robustez é bastante ligeira e, tendo em conta o facto de não ter conseguido aproximar-se dos $1800, poderá indicar uma lateralização em torno do agora suporte dos $1750 no curtíssimo-prazo, antes de dar seguimento aos ganhos.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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