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IMF – Eur/Usd derrapou para mínimos de 5 anos

Franco suíço atingiu paridade face ao dólar; Eur/Usd derrapou para mínimos de 5 anos; Petróleo fechou em alta pela 4ª semana consecutiva; Ouro prolongou perdas

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| Franco suíço atingiu paridade com o dólar pela primeira vez desde 2019

Na semana passada, o franco suíço deu seguimento ao movimento descendente que vinha a apresentar face ao dólar norte-americano (tendo já perdido mais de 8%), acabando mesmo por atingir o nível da paridade, algo que não acontecia desde 2019. A aversão ao risco geralmente favorece o franco suíço, mas o dólar emergiu como o principal refúgio. Os investidores têm estado atentos ao Banco Nacional Suíço, visto como um "retardatário" quando se trata de subida de taxas de juro, e ainda mais em relação à FED, mais hawkish, o que penalizou o franco nas últimas semanas.

A nível técnico, o Usd/Chf apresenta uma clara tendência de alta para o curto-prazo. De momento o par estabilizou em torno do importante nível (de paridade) de 1 franco, mas mais ganhos poderão estar para vir nas próximas semanas, sendo que a próxima resistência relevante se situa em torno dos 1,15 francos.

| Eur/Usd derrapou para mínimos de 5 anos. Paridade à vista?

A última semana ficou marcada por uma descida expressiva do Eur/Usd, que chegou a transacionar em níveis abaixo dos $1,04, mínimos de mais de 5 anos. O par tem sido pressionado por um dólar cada vez mais robusto, com os investidores a voltarem-se para a moeda norte-americana, considerada um ativo de refúgio, numa altura de elevadas expetativas de subidas agressivas de taxas por parte da Fed, de forma a combater a incessante inflação. No tema dos preços, foram divulgados os números relativos aos EUA em março, tendo a inflação abrandado para 8,3% y/y e 0,3% m/m. Certamente esta desaceleração é bem-vinda, principalmente na comparação em cadeia, sendo que em março o IPC se fixou em 1,2%. Será que existe assim a possibilidade de já se ter atingido o "pico" de preço? Possivelmente. Não obstante, o recuou destes para torno da meta de 2% da Fed ainda deverá demorar bastante tempo e o conflito militar na Ucrânia traz sempre consigo riscos. Como tal. Os mercados deverão continuar a adotar uma postura cautelosa por mais tempo, o que deverá continuar a impulsionar o dólar, levando o par Eur/Usd cada vez mais próximo do nível de paridade – algo não visto desde o último trimestre de 2002.

A nível técnico, o Eur/Usd quebrou os níveis dos $1,05, $1,04, e segue agora a testar o importante suporte dos na zona dos $1,0370 (0% de retração de fibonacci). O par apresenta uma forte perspetiva de queda para o curto/médio prazo e o próximo nível de suporte encontra-se na paridade ($1.00).

| Petróleo reverteu perdas de início da semana

Os preços do petróleo iniciaram a última semana de forma bastante negativa, tendo o barril de crude recuado mais de 9% em dois dias. Não obstante, o resto da semana acabou por ser muito mais positivo e a matéria-prima conseguiu reverter a totalidade das perdas. Destaque para sexta-feira, dia em que os preços da gasolina dos EUA atingiram um novo máximo histórico. Para além disto, a melhoria generalizada do sentimento dos mercados também acabou por fornecer suporte ao petróleo, principalmente as notícias da melhoria da situação pandémica na China.

Tecnicamente, com os ganhos da última semana, o crude intensifica a perspetiva mais bullish para o curto-prazo, recuperando das perdas de meados de abril. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD que apresenta um sinal de compra, também apontam para esta perspetiva, sendo esperado que o petróleo continue os ganhos no curto-prazo, provavelmente realizando um teste aos $115/barril.

| Ouro recuou pela quarta semana consecutiva

Pela quarta semana consecutiva os preços do ouro registaram uma variação semanal negativa, ainda que ligeira, renovando mínimos de fevereiro de 2022 a meio da semana. O metal precioso está a desvalorizar num momento em que os receios ligados ao aumento da inflação estão a deixar os investidores mais interessados noutros ativos, como é o caso das obrigações e do dólar norte-americano. As recentes subidas das taxas de juro por parte do Banco de Inglaterra e pela Reserva Federal norte-americana também pressionaram os preços do ouro.

Com as perdas das últimas semanas, o ouro intensifica a perspetiva bearish para o curto-prazo, à medida que o MACD apresenta um forte sinal de venda. O metal-precioso segue a consolidar abaixo dos $1900 e é esperado que recue no curto-prazo, com o próximo suporte a situar-se nos $1800, que já está a ser testado.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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