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IMF – Economia britânica estagnou no 3º trimestre

Economia britânica estagnou no 3º trimestre; Lagarde: Inflação da Zona Euro poderá acelerar nos próximos meses; Petróleo abaixo dos $80; Ouro com suporte nos $1940/onça.

| Economia britânica estagnou no 3º trimestre

A economia do Reino Unido estagnou no 3º trimestre, mas conseguiu evitar o início de uma recessão. O PIB do Reino Unido estagnou, em cadeia, face à contração de 0.1% esperada pelo mercado e ao crescimento de 0.2% registado no 2º trimestre. Em termos homólogos, o PIB cresceu 0.6%, mantendo-se inalterado face ao trimestre anterior, mas acima dos 0.5% esperados pelo mercado. A produção industrial estagnou, em cadeia, no mês de setembro, face ao crescimento de 0.1% esperado e à queda de 0.5% registada no mês anterior. Face ao período homólogo, a produção industrial cresceu 1.5%, tal como em agosto. Na semana passada, o Banco de Inglaterra afirmou que esperava um crescimento económico nulo em 2023. As perspetivas económicas estão a pressionar o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, a apresentar medidas de apoio ao crescimento na atualização do orçamento do Reino Unido prevista para dia 22 de novembro.

Numa outra nota, de acordo com a mais recente sondagem junto da Reuters, o Banco de Inglaterra (BoE) irá manter a taxa de juro de referência em 5.25% até julho, pelo menos, para combater a inflação. Dos 63 economistas inquiridos entre 6 e 9 de novembro, 62 esperam que a taxa de juro de referência do BoE seja mantida inalterada a 14 de dezembro, enquanto o único economista espera uma subida de 25 pontos base para 5.50%. Mais de um terço dos economistas, 24 de 62, espera o 1º corte de taxas no 2º trimestre do próximo ano.

Na última semana, o Eur/Gbp ficou marcado por uma valorização sessão após sessão, tendo o par ressaltado de perto das £0.8660 até para perto da sua resistência nas £0.8750. Espera-se que o par realize testes a essa resistência ao longo das próximas sessões.

| Lagarde: Inflação da Zona Euro poderá acelerar nos próximos meses

De acordo com a Presidente do BCE, Christine Lagarde, a inflação da Zona Euro poderá registar um aumento nos próximos meses, mas esclareceu que, caso as taxas de juro de referência da instituição se mantenham nos níveis atuais durante um longo período, o BCE será capaz de conduzir a inflação até à meta de 2%. Lagarde indicou esperar uma aceleração dos preços nos próximos meses, porque mesmo que os preços da energia se mantenham estáveis, os efeitos de base vão deixar de ter uma influência elevada na inflação em janeiro e fevereiro. Ainda assim, Lagarde deu a entender que, mesmo que a inflação suba, poderá não ser necessária mais subidas nas taxas de juro de referência do BCE. A queda da inflação para 2.9% no mês passado reforçou as apostas do mercado de que o BCE irá realizar seu primeiro corte de taxas em abril do próximo ano.

Os membros da FED, Austan Goolsbee e Neel Kashkari comentaram o progresso da FED na "luta" contra a inflação com perspetivas distintas. Goolsbee considera que a FED tem realizado progressos na "luta" de levar a inflação até à meta de 2%, sendo que enquanto houver melhorias, a discussão sobre até que ponto a taxa deve subir deverá ser substituída por durante quanto tempo devem manter as taxas altas. Já Kashkari indicou que a FED poderá ter de fazer mais para reduzir a inflação até à meta 2%, caso a mesma volte a subir e a economia dos EUA continue forte.

O Eur/Usd iniciou a semana anterior a renovar máximos de setembro do ano corrente nos $1.0756. Desde então, o par desvalorizou, tendo retornado a transacionar abaixo dos $1.0700. Espera-se que, caso continue a desvalorizar, o Eur/Usd consiga encontrar suporte perto do nível dos $1.0600.

| Petróleo abaixo dos $80

O preço do petróleo caiu pela 3ª semana consecutiva, enquanto se observou um crescimento da preocupações sobre um potencial abrandamento da procura, impulsionado pela divulgação de dados económicos fracos por parte da China.

Nos primeiros dias da última semana, o petróleo apresentou uma desvalorização acentuada, tendo quebrado em baixa o suporte presente nos $80. Posteriormente, o ouro negro estabilizou ligeiramente abaixo dos $77, de onde tenta ressaltar.

| Ouro com suporte nos $1940/onça

A cotação ouro caiu ao longo da semana, atingindo mínimos de três semanas, enquanto se observou um alívio na procura por ativos de refúgio, apesar de o presidente da FED, Jerome Powell ter apresentado uma postura de incerteza sobre se o nível atual das taxas de juros é suficiente para reduzir a inflação até à meta de 2%.

Após falhar o teste à resistência dos $2000/onça, o ouro desvalorizou até encontrar suporte no nível dos $1940/onça. Espera-se que este suporte seja capaz de resguardar o preço metal precioso, para retornar a testar a resistência supramencionada nas próximas semanas.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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