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IMF – Coroa da Noruega em máximos desde abril

Eur/Nok quebra importante suporte e poderá acelerar perdas. Eur/Usd e ouro consolidam. Crude recua pela quarta semana consecutiva.

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O comportamento da coroa da Noruega está sempre muito ligado à evolução dos preços do petróleo, tendo em conta a exposição da economia do país ao setor. A queda na cotação das principais referências da matéria-prima, entre fevereiro e junho, deu assim um importante contributo para as perdas da coroa nesse período: o Eur/Nok avançou da zona das 8.80 coroas para a das 9.60 coroas.

Contudo, o cenário alterou-se a partir daí e o Eur/Nok tem vindo a recuar (coroa a valorizar). Na última semana, o par atingiu mínimos desde abril e, tecnicamente, deu um sinal de fraqueza importante: a quebra em baixa do importante suporte das 9.25 coroas deixa-o vulnerável a uma aproximação à zona das 9.07/9.10 coroas. Além disso, o Eur/Nok interrompeu também o ciclo de mínimos relativos cada vez mais altos, o que constitui um sinal de reversão à tendência ascendente no médio prazo. Nesta altura, o cenário negativo apenas seria anulado acima das 9.40 coroas.



Euro/Dólar pouco alterado

O Eur/Usd esteve durante toda a última semana a aguardar pelo encontro de Jackson Hole e, em particular, pelas intervenções de Janet Yellen (FED) e de Mario Draghi (BCE). Tendo estas decorrido apenas nas últimas horas de negociação de sexta-feira, apenas aí o par registou maior volatilidade.

Tecnicamente, o Eur/Usd não ofereceu sinais relevantes de formação de uma nova tendência, ainda que este período de consolidação tenha contribuído para estabilizar alguns indicadores técnicos demasiado "esticados", abrindo espaço a uma retoma da tendência principal de alta. A resistência dos $1.1910 ficou ameaçada no final da semana, sendo que acima deste nível o Eur/Usd apontaria aos $1.20 (referência psicológica). Em baixa, a formação de um "topo" apenas seria sinalizada abaixo de $1.1680 e $1.1610, o que deixaria o par vulnerável a uma correção até $1.1460.


CRUDE não evita nova semana de perdas

O crude não evitou a quarta semana consecutiva a desvalorizar, apesar de ter atenuado as perdas no final da semana. Os preços foram suportados pelos receios de que o furacão Harvey possa suspender o funcionamento de várias refinarias e plataformas petrolíferas nos EUA.

O cenário técnico não sofreu alterações, com o crude a apresentar tendências distintas entre diferentes horizontes temporais. Em termos de médio prazo, a tendência de baixa apenas seria colocada em causa com uma quebra em alta da trendline descendente. Numa perspetiva de curto prazo, continua válida a tentativa de recuperação em alta iniciada em junho, a partir dos $42, sendo que um sinal de fragilidade surge apenas abaixo dos $46.50.


Ouro consolida próximo de máximos do ano

Depois de o ouro ter avançado até máximos do ano, assistiu-se na última semana a um "alívio" dos receios do mercado em torno da tensão geopolítica mundial. Neste contexto, os preços do "metal precioso" estiveram essencialmente a lateralizar.

Do ponto de vista técnico, o ouro vai consolidando num intervalo de preços cada vez mais "estreito", mantendo a pressão sobre a resistência dos $1295/$1300. Os próximos dias poderão ser importantes, já que uma quebra em alta desta zona abre espaço a uma aceleração da subida, eventualmente até $1375. Por outro lado, caso aquela referência sustenha a pressão ascendente, continua a prevalecer a banda de lateralização entre $1205 e $1295. Suportes mais próximos nos $1250 e $1270.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.


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