Notícia
IMF – China apresentou novos estímulos
China apresentou novos estímulos; EUA: Inflação PCE abaixo do esperado em agosto; Petróleo em correção; Ouro em máximos históricos.
| China apresentou novos estímulos
O Banco Central da China (PBoC) apresentou no início da semana o seu maior pacote de estímulos desde a pandemia. Após vários dados dececionantes a revelarem o abrandamento económico na China, o PBoC anunciou que irá reduzir o rácio de reservas obrigatórias dos bancos em 50 pontos base, libertando cerca de 1 bilião de yuans para novos empréstimos. A instituição mencionou que reduzirá sua taxa dos acordos de recompra a 7 dias, a sua nova taxa de referência, em 0.2 pontos percentuais para 1.5%, bem como as suas restantes taxas de juro. Para ajudar o setor imobiliário, o PBoC anunciou um corte de 50 pontos base nas taxas de juro das hipotecas já existentes e uma redução do mínimo de entrada para compra de habitação para 15%, entre outras medidas. Foi também divulgado que, de acordo com fontes da Reuters, a China estará a ponderar emitir obrigações soberanas especiais no valor de 2 biliões de yuans este ano, para usar os fundos em programas de estímulo económico. Parte das receitas especiais serão utilizadas para aumentar os subsídios para a troca e renovação de bens de consumo e para a atualização de equipamentos comerciais de grande escala. As receitas também serão utilizadas para conceder um subsídio mensal de cerca de 800 yuans por criança a todos os agregados familiares com 2 ou mais filhos, excluindo o 1º filho.
| EUA: Inflação PCE abaixo do esperado em agosto
A variação do índice de preços PCE dos EUA, que mede a inflação através dos bens e serviços adquiridos pelos consumidores, abrandou para 2.2% y/y em agosto, face a 2.5% registados em julho. Já a variação do índice PCE subjacente, que exclui os componentes mais voláteis, foi de 2.7% y/y em agosto, acima dos 2.6% de julho. A FED acompanha de perto o índice de preços PCE para comparar com a sua meta de inflação de 2%. Numa outra nota, os gastos dos consumidores, que representam mais de dois terços do PIB dos EUA, aumentaram 0.2% em agosto, um crescimento abaixo dos 0.5% de julho. Os gastos dos consumidores continuam a ser apoiados por ganhos salariais sólidos, apesar do abrandamento do mercado laboral. O dólar perdeu força e o mercado passou a atribuir uma probabilidade de cerca de 50% a que o corte dado como certo em novembro seja de 50 pb.
O Eur/Usd permaneceu a maioria da semana a transacionar acima dos $1.11, nível que poderá ser considerado como um suporte. O par ainda testou em diversas sessões a resistência dos $1.1200, quebrando-a em alta apenas momentaneamente, sem consolidar acima da mesma. Na quarta-feira, o Eur/Usd renovou máximos de julho de 2023 nos $1.1213. O indicador MACD abriu ainda mais o sinal de compra que já exibia.
| Petróleo em correção
O petróleo registou uma semana de queda, enquanto as notícias de que a Arábia Saudita está a preparar-se para abandonar o seu objetivo de preço não oficial de $100 por barril de petróleo e de que pretende ainda aumentar a produção juntamente com a Líbia e o grupo OPEP+ ofuscaram os novos estímulos anunciados pela China.
O preço do petróleo apresentou uma semana de correção, tendo falhado o teste à resistência dos $72.5/barril e desvalorizado até perto dos $67/barril. O próximo suporte da matéria-prima situa-se próximo do nível dos $65/barril.
| Ouro em máximos históricos
O ouro voltou a renovar máximos históricos, tendo beneficiado do seu estatuto de ativo de refúgio, numa semana de ameaça de maior agravamento do conflito do Médio Oriente. O preço do ouro também tem sido alimentado pelas expectativas de cortes de taxas da FED este ano.
O ouro deu continuidade aos ganhos que vinha a apresentar, numa semana em que renovou máximos históricos sessão após sessão, com o seu máximo a fixar-se perto dos $2680/onça. O ouro continua com um suporte robusto ao nível dos $2470/onça.
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