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IMF – Banco de Inglaterra subiu taxas em 50 pontos base

Banco de Inglaterra subiu taxas em 50 pontos base; PMIs da Zona Euro desaceleraram em junho; Petróleo em semana de perdas; Ouro abaixo de suporte dos $1940

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| Banco de Inglaterra subiu taxas em 50 pontos base

O Banco de Inglaterra (BoE) subiu a taxa de juro de referência em 50 pontos base para 5% - a mais alta desde 2008 - o que foi inesperado porque o mercado apenas descontava totalmente uma subida de 25 pb. A decisão foi de 7 a 2, sendo que os membros que votaram contra defendiam a manutenção dos juros. O Comité de Política Monetária considera que a inflação e o crescimento salarial estão mais persistentes e o Governador do BoE, Andrew Bailey, indicou que a economia britânica está melhor do que era esperado, mas que a inflação permanece demasiado elevada, sendo necessário lidar com a mesma. Na sua opinião, se não se subir as taxas de juro agora, o panorama poderá piorar mais tarde. O mercado espera agora mais 4 subidas de 25 pontos base até ao final do ano. A libra não reagiu favoravelmente no imediato, preocupada com os efeitos recessivos de juros tão elevados. Esta decisão foi tomada um dia após se confirmar que a taxa de inflação homóloga do Reino Unido manteve-se em 8.7% em maio, portanto igual à do mês anterior, quando já tinha registado a menor leitura dos últimos 13 meses. No entanto, o indicador permaneceu acima das expectativas dos analistas de 8.4%. Em cadeia, a inflação subiu 0.7%, face a +0.5% esperados e +1.2% em abril. A taxa de inflação subjacente subiu para 7.1%, o seu nível mais alto desde março de 1992. O mercado esperava que se mantivesse nos 6.8%.

Na última semana, o Eur/Gbp apresentou um ressalto, após ter recuado para o seu suporte das £0.0852.0 Pode-se esperar que este suporte seja robusto e continue a apoiar o par.

| PMIs da Zona Euro desaceleraram em junho

O PMI Compósito da Zona Euro, medido pela HCOB, caiu para 50,3 em junho, abaixo dos 52,8 do mês anterior e também abaixo das expectativas de 52,5. A leitura preliminar aponta para uma desaceleração acentuada na expansão do bloco, que foi apenas marginal e a mais baixa desde janeiro, devido a uma combinação de um crescimento mais lento na atividade do setor terciário e a um aprofundamento da contração no setor manufatureiro. O PMI referente ao setor dos serviços cau para os 52,4 pontos em junho. Não obstante, a leitura aponta para o sexto mês consecutivo de crescimento no setor, ainda que ao ritmo mais baixo dos últimos cinco meses. O PMI da indústria caiu para 43,6 em junho, marcando o décimo primeiro mês consecutivo de contração na atividade industrial do bloco e ao ritmo mais acentuado dos últimos três anos. É de mencionar que uma leitura inferior a 50 pontos indicar uma contração na atividade do setor. Também foi divulgado que o PMI preliminar Compósito da Alemanha, recuou para os 50.8 pontos. Já nos EUA, no mês de junho, de acordo com o PMI preliminar de junho dos EUA, a atividade empresarial registou uma diminuição para o seu mínimo dos últimos três meses, tendo a leitura recuado para 53,0 este mês, o valor mais baixo desde março. No entanto, foi o 5º mês consecutivo em que esteve acima de 50, indicando crescimento no setor privado.

Na semana passada, o Eur/Usd apresentou-se volátil, tendo falhado o teste à resistência dos $1.1000 e retornado a recuar para abaixo dos $1.0900. O par tem como seu próximo suporte o nível dos $1.0800.

| Petróleo em semana de perdas

Os preços do petróleo foram pressionados pelas declarações de diferentes bancos centrais que indicaram que não estão perto de terminar o seu ciclo restritivo e que esperam que a inflação demore mais tempo a recuar. Os receios sobre uma recessão também prejudicaram o preço do petróleo.

O petróleo apresentou uma semana com perdas, tendo iniciado a semana com ganhos ligeiros e recuado posteriormente até encontrar suporte nos $67/barril. Espera-se que este nível possa continuar a servir de suporte para a matéria-prima.

| Ouro abaixo de suporte dos $1940

O ouro teve uma das suas piores semanas desde fevereiro, pressionado pelas decisões e orientações por parte dos bancos centrais, enquanto a maioria dos mesmos indicaram que o seu ciclo restritivo não está perto de terminar, após terem subido taxas.

O ouro apresentou perdas ao longo da semana, tendo quebrado em baixa o seu suporte dos $1940 e se aproximado dos $1900. Espera-se que este suporte se torne agora uma resistência para o metal precioso.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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