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IMF – Euro fecha semana acima dos $1,19. Estará teste aos $1,20 à vista?

“Rally” da Bitcoin termina e mergulha em conjunto com as restantes criptomoedas; Euro fecha semana acima dos $1,19. Estará teste aos $1,20 à vista? Otimismo Novo desenvolvimento em relação à vacina Covid-19 impulsionam preços do petróleo; Ouro recua para mínimos de julho

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| Economia brasileira regista crescimento histórico no 3º trimestre, mas futuro é incerto

A economia do Brasil cresceu a um ritmo recorde no 3º trimestre. O PIB cresceu 7,7% q/q levando a maior economia da América Latina para níveis de início de 2017. A indústria foi a grande estrela, crescendo 14,8% q/q. Não obstante, os dados não são tão favoráveis como aparentam à primeira vista. Apesar do crescimento recorde, este ficou consideravelmente abaixo do de 8,7% q/q esperado pelos analistas. Para além disto, estes números são referentes a uma altura prévia a um grande "salto" do número de infeções de Covid-19 no país e de uma redução dos apoios governamentais. Assim, o número, que se seguiu à maior contração registada entre abril e junho, capta o impacto de despesas de emergência sem precedentes que distinguem o Brasil dos seus pares, algo que está a terminar. Agora, à medida que os funcionários se debatem com a forma de pagar esse estímulo com o vírus novamente em ascensão, as suas opções para apoiar uma recuperação ainda desigual são mais limitadas.

Tecnicamente, a Bitcoin apresentava uma tendência de alta após ter quebrado a resistência dos 61,8% de retração de fibonacci ($13,300). A criptomoeda apresentou ganhos sólidos desde então. Não obstante, apesar da elevada robustez, não conseguiu superar os 100% de retração ($19,660) acabando por corrigir em baixa. Com esta correção, o MACD inverteu o sinal de compra, podendo sinalizar a continuação do movimento descendente aos 61,8%.


| Euro "dispara" para máximos de abril de 2018, acima de $1,21

Após algumas semanas com muito pouco movimento, os últimos dias foram bastante ativos para o Eur/Usd. O par "disparou" no início da semana, quebrando o importante nível psicológico dos $1,20 e superando também os $1,21 dias depois, renovando máximos de final de abril de 2018. A subida da moeda única ocorre a meros dias da reunião de política monetária do BCE (quinta-feira). Há várias expetativas sobre as ações que Frankfurt irá tomar, com o mercado a perspetiva um incremento no programa de compra de ativos de emergência (PEPP), podendo este ser elevado até $2 biliões, face aos $1,35 biliões atuais, assim como mais TLTROs e que estas apresentem termos mais "generosos". As taxas de juro deverão permanecer intactas. Mas e então o que fará a instituição liderada por Christine Lagarde face à valorização do Euro? Não existem perspetivas claras. Após os receios de alguns membros do Comité no passado, nomeadamente o Economista Chefe, Philip Lane, tem existido bastante silêncio na matéria, corroborando, de certa forma, as perspetivas de que os receios foram exagerados, principalmente, visto que a moeda se encontra aproximadamente em linha com o seu nível médio em termos reais e bem abaixo do nível recorde de $1,60 em abril de 2008. Na Alemanha, os preços no consumidor caíram para território ainda mais negativo em novembro, como resultado de um corte no IVA, introduzido como parte dos estímulos de Berlim para suportar a maior economia da ZE no atual cenário de crise pandémica. Os preços harmonizados (comparáveis com os restantes membros da ZE) caíram 0,7% numa base anual, após a deflação de 0,5% verificada no mês anterior. Em cadeia, a queda harmonizada foi de 1%, acima da de 0,8% esperada. Nos EUA, a recuperação do mercado laboral dos EUA abrandou de forma bastante acentuada em novembro, sinalizando que o aumento do número de infeções por Covid-19 está a atingir os trabalhadores e a travar a recuperação económica em geral. O relatório de emprego, Nonfarm Payrolls, revelou que foram criados 245 mil postos de trabalho em novembro, abaixo dos 610 mil de outubro e dos 469 mil esperados pelo mercado. A economia recuperou apenas 12,4 milhões dos 22,2 milhões de empregos perdidos em março e abril.

A nível técnico, com os ganhos extensos das últimas sessões, com o Eur/Usd a quebrar em alta a resistência dos $1,20, o par reforçou a perspetiva bullish que vem a apresentar desde inícios de novembro. O MACD apresenta um forte sinal de compra, podendo indicar que o par deverá seguir com os ganhos, podendo realizar um teste aos $1,25 no médio-prazo.


| Novo desenvolvimento em relação à vacina Covid-19 impulsionam preços do petróleo

Pela quarta semana consecutiva, os preços do petróleo voltam a registar ganhos sólidos, tendo valorizado cerca de 7%. Em relação ao mês de novembro, os preços do petróleo estão a caminho de registar ganhos de cerca de 30%. O crude reagiu novamente em alta às notícias de mais uma vacina promissora contra a Covid-19, reforçando as expectativas de uma retoma da procura pelo combustível. A transição formal do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, também contribuiu para os ganhos da matéria-prima. Em ainda mais um ponto positivo, a EIA revelou que os inventários de crude diminuíram em 754 mil barris na semana passada, quando as estimativas apontavam para uma subida. Contudo, é importante mencionar que o desenvolvimento da pandemia, com muitos países a apertarem as restrições de circulação, continua a limitar os ganhos do ouro negro.

Tecnicamente, o crude deu seguimento aos ganhos, acabando por quebrar a importante resistência dos $44/barril. O MACD apresenta agora um forte sinal de compra, sugerindo que a matéria-prima se poderá deslocar até aos $50 no curto-prazo, com o resultado do teste a este nível a ditar o futuro do ouro negro para o médio/longo-prazo.


| Ouro recua para mínimos de julho

O ouro registou a pior semana desde junho, tendo desvalorizado mais de 3%, recuando para mínimos de julho. As notícias positivas sobre o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19 continuam a reforçar a confiança dos investidores quanto à recuperação da economia global, o que se traduz numa menor aposta em ativos de refúgio como é o caso do ouro.

Tecnicamente, no início da semana, o ouro quebrou em baixa o suporte dos $1850, tendo recuado até aos $1800, lateralizando em torno deste nível desde então. O MACD apresenta um forte sinal de venda, podendo indicar que o metal precioso continue a recuar no curto-prazo, tendo como próximo suporte os $1750.



As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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