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Poupar para a reforma: É mesmo a hora certa

Aprenda como criar um pé-de-meia. Seja qual for a sua idade, está sempre a tempo de iniciar uma poupança para amenizar a incerteza do futuro. Conheça as nossas quatro propostas.

02 de Novembro de 2015 às 11:28
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Decerto olhou para este artigo e pensou: novamente a reforma. Olhe que é um tema mais importante do que imagina. Sabia que a esperança média de vida dos portugueses está a aumentar? Passou dos 76 para os 80 anos. As gerações futuras podem viver mais anos. Sabe o que isso significa? Que terão de contar com umas despesas extra para manter o nível de vida. Passar à reforma significa receber 55% do último rendimento bruto, em média revela o último estudo da OCDE. Por isso, está na hora de despertar para este assunto.

A idade não é desculpa. Claro que quanto mais cedo começar a poupar mais fácil será fazer um pé de meia chorudo. Neste dossiê apresentamos as nossas recomendações de acordo com a fase de vida em que se encontra.

Os Planos Poupança Reforma (PPR) são o produto mais popular para este fim. Muitos destes planos investem sobretudo em obrigações, outros são semelhantes a fundos mistos, repartindo o investimento entre ações e obrigações. São adequados para aplicar a longo prazo, além disso proporcionam vantagens fiscais. Por exemplo, no resgate, em vez de serem taxados a 28% cobram apenas 8%.

Os produtos onde são aplicadas as poupanças devem ser adequados à idade e ao montante que tem disponível. Quanto mais jovem for mais risco pode correr porque tem mais tempo para recuperar as possíveis perdas.

Outro dado a ter em conta quando pensar no seu futuro nível de vida é que o preço do dinheiro não será o mesmo hoje ou daqui a 20 anos. A isto se chama inflação. Por este motivo deverá sempre escolher para constituir um pé de meia produtos que estejam acima deste indicador. Para isso deverá fazer um acompanhamento regular das suas aplicações sob pena de estar a perder dinheiro. Pelo facto de ser nosso associado pode usufruir dos protocolos para subscrição das Escolhas Acertadas de PPR e ganhar algumas centenas de euros em bonificações e prémios de fidelidade, além do rendimento do produto.

Os benefícios fiscais dos PPR
Os Planos Poupança-Reforma são uma opção de poupança de médio e longo prazo, exclusivamente para a reforma. Face a outros produtos, apresentam duas vantagens: benefício fiscal e acumulação de poupanças através de pequenos montantes. Para beneficiar das vantagens fiscais, apenas podem ser resgatados na reforma ou a partir dos 60 anos, desde que tenham decorrido cinco anos das entregas. Antes dessa etapa da vida apenas os pode mobilizar no desemprego de longa duração, incapacidade permanente para o trabalho, doença grave (do participante ou de qualquer membro do agregado familiar); podem também ser utilizados para pagar as prestações do crédito à habitação.

Durante muitos anos, a maior vantagem dos PPR era o benefício fiscal. No entanto, as regras mudaram. Os limites são em função da idade do subscritor (400 euros até aos 35 anos, 350 euros entre os 35 e os 50 anos ou 300 euros para quem tenha mais de 50 anos) conjugado com os limites das deduções à coleta totais. O segundo benefício fiscal mantém-se: "à saída", aquando do resgate do plano, a taxa de imposto é apenas de 8% se respeitadas as condições; caso contrário, o imposto é de 21,5%. Esta vantagem fiscal é a razão principal pela qual recomendamos este produto a partir dos 40 anos de idade.

Uma centena de produtos em análise
Há PPR sob a forma de seguro com capital garantido e, na maior parte das vezes, com um rendimento mínimo, e sob a forma de fundo de investimento (ou de pensões), geralmente sem capital garantido, mas há exceções.

Analisámos 91 produtos no total, 54 seguros e 37 fundos. Em 2014 a maior parte dos produtos obteve rendimentos superiores à inflação (-0,2%). Os fundos são mais rentáveis do que os seguros e mais indicados para o longo prazo. Os seguros PPR apresentam um rendimento mais estável, mais baixo, indicados para aplicar por períodos menos longos.

Dos 54 seguros PPR analisados, 22 são bastante recentes e não têm histórico dos últimos 3 anos. Os seguros PPR renderam, em média, 2,5% em 2014 e 2,8% nos últimos três anos civis. Esta categoria é bastante mais estável do que os fundos, não registando alterações significativas em relação a anos anteriores (2,3% em 2011 e 2,5% em 2012 e 2,8% em 2013).

Nos últimos três anos, a Fidelidade conseguiu 6,4% brutos ao ano com o Leve II PPR. Outros produtos apresentaram boas rentabilidades nos últimos anos, como o PPR PSN, o Universall PPR Activo e o Generali PPR + Seguro. Mas, apresentam comissões de subscrição e por entrega iguais ou superiores a 2%.

Os 37 fundos PPR ganharam, em média, 4,9%, em 2014. E não se confirmou a regra de quanto maior é a exposição ao mercado acionista, maior é o ganho. Os fundos PPR mais agressivos ganharam, em média, 4%, e os fundos PPR com menos de 35% em ações conseguiram 5,2%. O mesmo aconteceu nos últimos cinco anos: 3,2% nos que têm até 35% em ações e 2,6% nos mais agressivos.

No nosso portal, na secção dedicada à reforma, poderá aceder a todos os produtos PPR analisados, ao respetivo conselho e obter informação detalhada sobre cada um deles.

Escolhas Acertadas: 4 fundos PPR
As nossas recomendações mudaram. Deixámos de recomendar PPR sob a forma de seguro, já que os fundos de capital garantido apresentam rendimento mais interessante e são mais transparentes. O grupo das Escolhas Acertadas tem agora dois fundos de capital garantido, o PPR Garantia de Futuro e o PPR SGF Garantido, e dois fundos sem capital garantido e com diferentes níveis de exposição ao mercado de ações, o Optimize Capital Reforma PPR Moderado e o Optimize Capital Reforma PPR Ações. No quadro da página anterior apresentamos as nossas Escolhas. Nenhum dos produtos eleitos cobra comissão de subscrição. Outros fundos, como o NB PPR, PPR Vintage, PPR 5 Estrelas e PPR Platinium têm recuperado nos últimos anos, sobretudo fruto das valorizações dos mercados de obrigações. Contudo, registaram uma penalização maior nos últimos 12 meses devido às quedas em vários mercados de ações. Por sua vez, o Alves Ribeiro PPR tem um rendimento superior ao das nossas Escolhas, mas o risco é demasiado elevado para a categoria e por isso não é recomendado.

Seguros com excesso de peso
Um dos aspetos que sempre criticámos nos PPR são as pesadas comissões. São cobrados custos de subscrição (e por cada entrega), gestão e depósito, reembolso e transferência. O custo de subscrição (e por entrega) é geralmente mais elevado nos seguros PPR de capital garantido, cobrando 1,3%, em média. Já a comissão de gestão é mais significativa nos fundos PPR, cobrando em média 1,7%. Enquanto nos seguros é de 0,8%, em média. Existe ainda a comissão de transferência, mas está limitada a 0,5% no caso dos PPR com garantia de capital. Os PPR que não garantem o capital não podem aplicar essa comissão.

Se não está satisfeito, mude!
Se já tem um PPR e o desempenho deixa muito a desejar, pode e deve transferi-lo para um plano mais rentável e com menos comissões, em particular uma das nossas Escolhas Acertadas. Compare o rendimento do seu PPR com as nossas recomendações para o seu perfil e veja se vale a pena transferir. Na maioria dos casos, as nossas Escolhas Acertadas são mais rentáveis e têm comissões mais baixas, pelas quais certamente compensará mudar. Mas esteja atento à comissão de transferência que é, no máximo, de 0,5% e apenas permitida nos produtos de capital garantido, como a maioria dos seguros. Se tem um fundo PPR sem capital garantido, transferir para outro PPR não acarreta custos. Mas o processo de transferência pode demorar mais do que os 10 dias úteis referidos na legislação e até serem colocados alguns entraves, como verificámos em testes práticos no passado.

Menos de 40 anos
Está longe da reforma, a quase três décadas de se aposentar. Os PPR ainda não são opção. Deverá investir no mercado bolsista, seja de forma direta ou através de fundos, constituindo uma carteira de títulos diversificada. Para replicar a nossa carteira de ações necessita de um mínimo de 10 a 15 mil euros, constituindo assim uma carteira com 10 a 15 títulos de vários setores e mercados. Mas o investimento em ações exige um elevado conhecimento e acompanhamento. Se não tiver esse montante, pode optar por replicar a nossa carteira de fundos agressiva a 10 ou 20 anos e, com 5 mil euros, através do protocolo com a Optimize. Se não dispõe de um montante elevado e o que pretende é uma aplicação para fazer entregas ocasionais, deverá optar por um fundo misto agressivo.


Entre 40 e 56 anos

Corra alguns riscos e subscreva um PPR sem capital garantido, com forte componente de ações. Erro comum é escolher um PPR sob a forma de seguro. Os fundos PPR com componente de ações são os mais adequados. Recomendamos o Optimize Capital Reforma PPR Ações, que aplica mais de 35% em ações e ganhou 9,5% nos últimos três anos (7% em 2014) e o Optimize Capital Reforma PPR Moderado, que aplica entre 5% a 15% em ações e valorizou-se 10,2% nos últimos três anos (8,5% em 2014). Paralelamente, com pequenos montantes, pode optar por um fundo misto. Para montante elevados, pode aplicar na nossa carteira de fundos (neutra, defensiva ou agressiva), consoante a sua disposição para o risco. A partir de 5.000 euros já consegue replicar a nossa carteira através do protocolo com a Optimize (ver deco.proteste.pt/investe/protocolos).


Mais de 56 anos

Está a 10 anos ou menos da reforma. Deve diminuir o risco das aplicações. É altura de transferir o PPR. Caso tenha um PPR com risco, transfira para um PPR com garantia de capital. Recomendamos dois fundos PPR de capital garantido: o PPR Garantia de Futuro (6,1% em 2014 e 7% ao ano nos últimos três anos) e o PPR SGF Garantido que rendeu 2,2% em 2014 e 5,2% ao ano nos últimos três anos. Estes fundos são uma boa alternativa aos seguros PPR, que cobram comissões mais elevadas. Além disso, a informação é mais transparente e acessível. Além dos PPR, a dívida pública é também uma opção. Mas, atualmente, as Obrigações do Tesouro deixaram de proporcionar um rendimento interessante. Por isso, para o prazo de cinco anos, opte pelos Certificados do Tesouro Poupança Mais. Rendem pelo menos 1,6% líquidos ao ano.


Na reforma

Pode resgatar uma parte ou a totalidade do montante acumulado no PPR. Se prevê necessitar a curto ou médio prazo, aplique apenas em produtos seguros e com liquidez. Pode resgatar o PPR sem qualquer penalização fiscal e com uma taxa de imposto mais baixa. A esperança média de vida tem aumentado e, após a reforma, as pessoas vivem décadas. Contudo, as necessidades financeiras mudam e deve adaptar os produtos. É importante diminuir o risco das aplicações. Esqueça as ações, obrigações e fundos de investimento. Procure produtos de baixo risco, com garantia de capital e um rendimento mínimo. Pode aplicar nas Contas Poupança Reformado, que não cobram imposto para montantes até 10.500 euros, se a sua pensão não ultrapassar os três salários mínimos, ou seja, não exceder os 1.515 euros.
Três protocolos de PPR
Uma das vantagens de ser nosso associado é, além dos nossos conselhos isentos, usufruir de protocolos que negociámos para subscrever os produtos recomendados em condições vantajosas. No caso das Escolhas Acertadas dos PPR, tratam-se de quatro fundos, dois de capital garantido (um da SGF e outro da Futuro) e dois sem capital garantido (da Optimize). Assim, ao subscrever qualquer uma dessas Escolhas Acertadas beneficia de vantagens especiais que negociámos com as respetivas sociedades gestoras. De igual modo, se transferir o seu PPR para uma das nossas Escolhas Acertadas também usufrui desses mesmos benefícios. E que benefícios são esses? Além de aplicar nos produtos que elegemos os melhores do mercado, beneficia de isenção de comissão de subscrição, resgate e transferência. Além disso, nos fundos de capital garantido beneficia de prémios de fidelidade. Nos PPR que não garantem o capital tem, além do prémio de fidelidade, uma bonificação na subscrição e por cada entrega. Vamos a números concretos: por exemplo, se transferir o seu PPR no valor de 10 000 euros para uma das nossas recomendações da Optimize, recebe de imediato uma bonificação de 1%, ou seja, 100 euros a acrescer ao montante aplicado. E, no final do ano, recebe o prémio de fidelização de 0,75%. Por exemplo, quem tem o Optimize PPR Moderado, no final de 2014 recebeu 81 euros de fidelidade. Veja os detalhes dos protocolos em deco.proteste.pt/investe/protocolos.
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