Notícia
Contas de poupança: Poupar para ficar em terra
Objetivo: economizar para fazer a viagem das nossas vidas. Fomos ao mercado procurar soluções. A maior parte dos bancos sugeriu-nos contas de poupança com rendimento próximo de zero e ainda nos apresentou uma pesada fatura de comissões. Resultado? Perdas entre os 73 e os 130 euros.
04 de Setembro de 2018 às 11:19
Os nomes até podem parecer apelativos à carteira: Conta Poupança Crescente, Poupança Máxima, Conta Poupança Rendimento. Mas a verdade é que estes produtos financeiros pouco ou nenhum peso acrescentam ao porta-moedas do viajante que pretende amealhar algum dinheiro para fazer aquela viagem, a tal. Não só rendem pouco - muito pouco em alguns casos, e mesmo zero noutros -, como cobram elevados custos de manutenção, despesas que acabam por engolir o magro rendimento gerado pela poupança. À conta deste casamento infeliz entre juros e comissões, em muitos casos, o cliente fica com menos dinheiro do que aquele que entregou ao banco.
De balcão em balcão
Com o sonho fictício de ir conhecer os confins do mundo, visitámos, em junho, 20 sucursais dos principais bancos à procura das melhores soluções que permitissem fazer uma poupança regular (mensal, por exemplo) com pequenos montantes, durante dois anos. Do lado de lá dos balcões, o nosso cliente-mistério ouviu, à exceção de dois casos, propostas de produtos com rendimento líquido inferior a 0,4%, sendo que em 14 dos 20 bancos, o retorno não ia além de 0,1%. Foram-lhe também sugeridas duas opções com 0% de rentabilidade. Mas uma conta de poupança nunca vem só. Somem-se as comissões máximas exigidas (aplicadas, em geral, a quem não é cliente, forma como nos apresentámos aos balcões) e o resultado final é este: em mais de metade dos bancos visitados, se o nosso viajante camuflado tivesse subscrito os produtos propostos, chegaria ao final dos dois anos com perdas entre os 73 e os 130 euros. Mas há mais. Houve também propostas de depósitos a prazo, que não encaixam de todo no modelo de poupança deste tipo de cliente, por não permitirem entregas regulares de pequenos montantes, nem fazer reforços. O nosso enviado especial deparou ainda com uma sugestão de um Plano de Poupança-Reforma (PPR) pouco atraente do ponto de vista da rentabilidade. E ouviu a proposta mais incompreensível de todas para quem busca uma solução de poupança sem risco: um fundo de investimento misto.
Para poupar há que pagar
O pior dos casos: aplicando 100 euros por mês, durante dois anos, na Conta Poupança Aforro, do Millennium bcp, quem aspire conhecer a muralha da China terá, provavelmente, de mudar de planos e arranjar um trabalho de verão para compensar os quase 130 euros que pagou em comissões ao banco (ver quadro das páginas 14 e 15 ). Com esta solução, o aforrador passa pela caricata situação de pagar para poupar. E chega ao fim dos dois anos com um ganho em juros de 45 embaraçosos cêntimos. Mas não se pense que, ao fim desse tempo, vai poder levantar 2.400,45 euros (100 euros x 24 meses + juros). Na verdade, vai abrir os olhos de incredulidade perante os 2.270,65 euros que lhe vão aparecer no saldo, por conta do que foi retirado em comissões. O grave é que em 12 outros bancos iria sentir um baque idêntico. E, apenas em três dessas instituições, a perda é inferior a 100 euros. Nos restantes nove bancos, entre o capital acumulado, a rentabilidade e as despesas de gestão, o saldo negativo oscila entre os 114 e os 128 euros. Nestes casos, e apesar de algumas contas se intitularem Poupança Rendimento (Banco BPI) ou Poupança Máxima (Crédito Agrícola), os 2.400 euros entregues ao banco bem que poderiam ter ficado guardados debaixo do colchão.
Rendimento fraquinho, fraquinho
O melhor dos casos: com a Conta Poupança Livre, do Banco CTT, o saldo ao fim de dois anos, pelo menos, é positivo (18 euros), mas não é certo que dê sequer para pagar o táxi do aeroporto para o hotel. Com a Conta BNI Europa, também há ganho entre o que entregou ao banco e o que pagou em comissões, mas a gorjeta para o taxista está fora de questão. Ainda assim, foi o melhor que encontrámos. No Banco CTT, acumula 2.418 euros e, no BNI Europa, 2.415,30 euros. Mas não é de mão beijada que usufrui da choruda taxa líquida de 0,72%, a mais interessante do nosso teste. No primeiro banco, terá de domiciliar o salário ou três débitos diretos e, no BNI Europa, apenas será remunerado a essa taxa se depositar entre 1.000 e 5.000 euros. Para montantes abaixo de 1.000 euros, não há remuneração. A reter de bom: nenhuma destas contas tem despesas de manutenção. A reter de menos bom (olhe de novo para o quadro): considerando o nosso cenário de poupança, apenas os produtos sem custos (8 em 20) livram os clientes de perderem dinheiro. Ilação lógica - os juros atualmente propostos não compensam o que se paga em comissões. Dos restantes bancos que não cobram despesas, o saldo positivo pouco entusiasma o aspirante a viajante. Os 8,25 euros que consegue com a Conta Poupança BiG Aforro mal servem para pagar um jantar. De maior imaginação precisa quem subscrever a Conta Poupança Sénior (para reformados), do Crédito Agrícola, para inventar como gastar o único cêntimo que vai receber em juros.
E que tal... um fundo de investimento?
Sem rodeios, nem demoras: no BBVA, o funcionário não perdeu tempo com propostas de contas de poupança de fraca rentabilidade e avançou destemidamente para a sugestão de um fundo de investimento multiativo: o BBVA Multi-Asset Moderate Eur Fund. Trata-se de um fundo que investe em ações e obrigações, admite reforços e, à data da visita do cliente-mistério - 20 de junho -, rendia 0,66% nos 12 meses anteriores. Vem atrelado a uma despesa de manutenção de 7,28 euros, a não ser que o cliente domicilie um vencimento superior a 1.500 euros. Mas vem atrelado também à palavra que ninguém que queira fazer uma poupança de curto prazo, com pequenos montantes e um objetivo tão específico, quer ouvir: risco. Palavra que, neste caso, pode ser sinónimo de não ir além de Badajoz, caso os mercados tombem. Teste chumbadíssimo no BBVA, cujo funcionário fez o contrário do que a Europa manda, que é tentar conhecer o cliente que tem à frente e perceber como encara a possibilidade de perder dinheiro.
Ou um PPR?
Quem sabe se numa tentativa de compensar a pouco cativante sugestão de uma conta de poupança com taxa líquida de 0,036% (aliada às comissões, resulta numa perda de 127,64 euros), o funcionário da CGD propôs também um PPR. No caso, o Leve PPR, com uma desinteressante taxa mínima garantida de 0,5%, em 2018. Em dois anos, o nosso viajante disfarçado acumularia 2.409,82 euros. Além disso - fundamental -, não explicou que, para resgatar o PPR antecipadamente sem penalizações, não poderia deduzi-lo para efeitos fiscais, sob pena de ter de devolver ao Estado todos os benefícios, acrescidos de 10% por cada ano decorrido.
Fazer orelhas moucas ao que o cliente pede
Alguns bancos fizeram orelhas moucas ao nosso pedido. À solicitação de um produto que permitisse entregas regulares de pequenos montantes, responderam-nos com propostas de depósitos que não permitiam entregas regulares de pequenos montantes. Foi o que aconteceu no Bankinter, onde, além do produto que consta do quadro, o nosso viajante-mistério foi apresentado à Conta Mais Ordenado, que exige um mínimo de abertura de 1.000 euros, paga juros brutos de 5% a quem deposite até 5.000 euros - desde que cumpridas algumas exigências - e não permite reforços. No Banco Atlântico Europa, a mesma cantiga: e que tal um depósito a 30, 92 ou 183 dias que não deixa fazer reforços? Lembrete aos funcionários destes dois bancos: depósitos a prazo não são contas de poupança.
Soluções menos más
Com rentabilidades tão baixas e comissões tão altas, não há soluções de poupança milagrosas nos bancos, sendo que algumas são mesmo catastróficas. O nosso teste prova que a oferta é pobre e, na maior parte dos casos, praticamente não se justifica que alguém ponha lá dinheiro, para, no final, colher menos do que entregou. Fomos à procura de opções fora dos bancos. Avisamos que não ficámos impressionados: as propostas são muito pouco atrativas. Mas, pelo menos, as rentabilidades mínimas garantidas são maiores. É o caso do seguro de capitalização Generali + Poupança (possível de subscrever ao abrigo do protocolo que temos com a Generali), que garante um mínimo de 0,5% em 2018. Supondo que esse rendimento se mantém durante os próximos dois anos, poderia acumular, pelo menos, 2.409 euros líquidos. Mas pode obter mais do que isso, se o rendimento atribuído pela seguradora superar o mínimo garantido. Foi o que aconteceu em 2017, ano em que atingiu 2%. Após dois anos, não tem comissões de resgate. O PPR de capital garantido da Lusitania Vida (ver caixa da Escolha Acertada) encheu-nos mais as medidas, embora não nos encha os bolsos. Ainda assim, é uma opção mais rentável do que qualquer produto sugerido. Moral da história: com estes produtos de poupança, ir de viagem até vai, mas à custa do seu esforço e da sua disciplina. Não da rentabilidade.
Proteste Investe exige
Tolerância zero às comissões que não são serviço
Num contexto de descida contínua dos juros, como o que estamos a viver, os produtos de poupança apresentam taxas de remuneração sofríveis, para não dizer de atração zero. A descida na taxa de poupança dos portugueses nestes anos pós-crise é reflexo disso mesmo. Não espanta, portanto, que o montante deixado nas contas à ordem tenha crescido. O grave é que as elevadas comissões que os bancos cobram pela manutenção das contas bancárias anulam o pouco que se pode amealhar, quando não resultam mesmo num saldo negativo. Os pequenos aforradores ficam seriamente penalizados com esta política de custos, pois o seu esforço de poupança serve apenas para sustentar os bancos. É tempo de acabar com as comissões que não correspondem à prestação efetiva de um serviço. Não é caricato que os bancos nos cobrem comissões, quando o que estamos a fazer é emprestar-lhes dinheiro? A manter-se esta situação, não tardará que aconselhemos a compra de porquinhos-mealheiros, em vez da subscrição de contas de poupança.
PPR sem risco
Lusitania Poupança Reforma PPR
A manter-se o mínimo garantido e subscrevendo este PPR ao abrigo do protocolo que temos com a Lusitania Vida, o qual proporciona condições especiais, conseguiria acumular 2.434,45 euros ao fim de dois anos, se aplicasse 100 euros por mês. Mas não poderia deduzir o PPR para efeitos fiscais. Com o protocolo, não paga comissões de resgate. Sem ele, terá de suportar até 1% nos primeiros cinco anos. O mínimo das entregas mensais é de 20 euros. A subscrição é feita aos balcões da Lusitania Vida.
Rendimento atribuído em 2017 3,75%
Mínimo garantido para 2018 1,5% (se o PPR for subscrito ao abrigo do nosso protocolo, acresce um prémio de fidelização anual de 0,25%).
Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.
De balcão em balcão
129€
É quanto perde com a conta de poupança do Millennium bcp, devido às comissões cobradas.
Para poupar há que pagar
O pior dos casos: aplicando 100 euros por mês, durante dois anos, na Conta Poupança Aforro, do Millennium bcp, quem aspire conhecer a muralha da China terá, provavelmente, de mudar de planos e arranjar um trabalho de verão para compensar os quase 130 euros que pagou em comissões ao banco (ver quadro das páginas 14 e 15 ). Com esta solução, o aforrador passa pela caricata situação de pagar para poupar. E chega ao fim dos dois anos com um ganho em juros de 45 embaraçosos cêntimos. Mas não se pense que, ao fim desse tempo, vai poder levantar 2.400,45 euros (100 euros x 24 meses + juros). Na verdade, vai abrir os olhos de incredulidade perante os 2.270,65 euros que lhe vão aparecer no saldo, por conta do que foi retirado em comissões. O grave é que em 12 outros bancos iria sentir um baque idêntico. E, apenas em três dessas instituições, a perda é inferior a 100 euros. Nos restantes nove bancos, entre o capital acumulado, a rentabilidade e as despesas de gestão, o saldo negativo oscila entre os 114 e os 128 euros. Nestes casos, e apesar de algumas contas se intitularem Poupança Rendimento (Banco BPI) ou Poupança Máxima (Crédito Agrícola), os 2.400 euros entregues ao banco bem que poderiam ter ficado guardados debaixo do colchão.
Rendimento fraquinho, fraquinho
O melhor dos casos: com a Conta Poupança Livre, do Banco CTT, o saldo ao fim de dois anos, pelo menos, é positivo (18 euros), mas não é certo que dê sequer para pagar o táxi do aeroporto para o hotel. Com a Conta BNI Europa, também há ganho entre o que entregou ao banco e o que pagou em comissões, mas a gorjeta para o taxista está fora de questão. Ainda assim, foi o melhor que encontrámos. No Banco CTT, acumula 2.418 euros e, no BNI Europa, 2.415,30 euros. Mas não é de mão beijada que usufrui da choruda taxa líquida de 0,72%, a mais interessante do nosso teste. No primeiro banco, terá de domiciliar o salário ou três débitos diretos e, no BNI Europa, apenas será remunerado a essa taxa se depositar entre 1.000 e 5.000 euros. Para montantes abaixo de 1.000 euros, não há remuneração. A reter de bom: nenhuma destas contas tem despesas de manutenção. A reter de menos bom (olhe de novo para o quadro): considerando o nosso cenário de poupança, apenas os produtos sem custos (8 em 20) livram os clientes de perderem dinheiro. Ilação lógica - os juros atualmente propostos não compensam o que se paga em comissões. Dos restantes bancos que não cobram despesas, o saldo positivo pouco entusiasma o aspirante a viajante. Os 8,25 euros que consegue com a Conta Poupança BiG Aforro mal servem para pagar um jantar. De maior imaginação precisa quem subscrever a Conta Poupança Sénior (para reformados), do Crédito Agrícola, para inventar como gastar o único cêntimo que vai receber em juros.
E que tal... um fundo de investimento?
Sem rodeios, nem demoras: no BBVA, o funcionário não perdeu tempo com propostas de contas de poupança de fraca rentabilidade e avançou destemidamente para a sugestão de um fundo de investimento multiativo: o BBVA Multi-Asset Moderate Eur Fund. Trata-se de um fundo que investe em ações e obrigações, admite reforços e, à data da visita do cliente-mistério - 20 de junho -, rendia 0,66% nos 12 meses anteriores. Vem atrelado a uma despesa de manutenção de 7,28 euros, a não ser que o cliente domicilie um vencimento superior a 1.500 euros. Mas vem atrelado também à palavra que ninguém que queira fazer uma poupança de curto prazo, com pequenos montantes e um objetivo tão específico, quer ouvir: risco. Palavra que, neste caso, pode ser sinónimo de não ir além de Badajoz, caso os mercados tombem. Teste chumbadíssimo no BBVA, cujo funcionário fez o contrário do que a Europa manda, que é tentar conhecer o cliente que tem à frente e perceber como encara a possibilidade de perder dinheiro.
Ou um PPR?
Quem sabe se numa tentativa de compensar a pouco cativante sugestão de uma conta de poupança com taxa líquida de 0,036% (aliada às comissões, resulta numa perda de 127,64 euros), o funcionário da CGD propôs também um PPR. No caso, o Leve PPR, com uma desinteressante taxa mínima garantida de 0,5%, em 2018. Em dois anos, o nosso viajante disfarçado acumularia 2.409,82 euros. Além disso - fundamental -, não explicou que, para resgatar o PPR antecipadamente sem penalizações, não poderia deduzi-lo para efeitos fiscais, sob pena de ter de devolver ao Estado todos os benefícios, acrescidos de 10% por cada ano decorrido.
Fazer orelhas moucas ao que o cliente pede
Alguns bancos fizeram orelhas moucas ao nosso pedido. À solicitação de um produto que permitisse entregas regulares de pequenos montantes, responderam-nos com propostas de depósitos que não permitiam entregas regulares de pequenos montantes. Foi o que aconteceu no Bankinter, onde, além do produto que consta do quadro, o nosso viajante-mistério foi apresentado à Conta Mais Ordenado, que exige um mínimo de abertura de 1.000 euros, paga juros brutos de 5% a quem deposite até 5.000 euros - desde que cumpridas algumas exigências - e não permite reforços. No Banco Atlântico Europa, a mesma cantiga: e que tal um depósito a 30, 92 ou 183 dias que não deixa fazer reforços? Lembrete aos funcionários destes dois bancos: depósitos a prazo não são contas de poupança.
Soluções menos más
Com rentabilidades tão baixas e comissões tão altas, não há soluções de poupança milagrosas nos bancos, sendo que algumas são mesmo catastróficas. O nosso teste prova que a oferta é pobre e, na maior parte dos casos, praticamente não se justifica que alguém ponha lá dinheiro, para, no final, colher menos do que entregou. Fomos à procura de opções fora dos bancos. Avisamos que não ficámos impressionados: as propostas são muito pouco atrativas. Mas, pelo menos, as rentabilidades mínimas garantidas são maiores. É o caso do seguro de capitalização Generali + Poupança (possível de subscrever ao abrigo do protocolo que temos com a Generali), que garante um mínimo de 0,5% em 2018. Supondo que esse rendimento se mantém durante os próximos dois anos, poderia acumular, pelo menos, 2.409 euros líquidos. Mas pode obter mais do que isso, se o rendimento atribuído pela seguradora superar o mínimo garantido. Foi o que aconteceu em 2017, ano em que atingiu 2%. Após dois anos, não tem comissões de resgate. O PPR de capital garantido da Lusitania Vida (ver caixa da Escolha Acertada) encheu-nos mais as medidas, embora não nos encha os bolsos. Ainda assim, é uma opção mais rentável do que qualquer produto sugerido. Moral da história: com estes produtos de poupança, ir de viagem até vai, mas à custa do seu esforço e da sua disciplina. Não da rentabilidade.
2.434€
Montante máximo acumulado com a nossa Escolha Acertada.
Proteste Investe exige
Tolerância zero às comissões que não são serviço
Num contexto de descida contínua dos juros, como o que estamos a viver, os produtos de poupança apresentam taxas de remuneração sofríveis, para não dizer de atração zero. A descida na taxa de poupança dos portugueses nestes anos pós-crise é reflexo disso mesmo. Não espanta, portanto, que o montante deixado nas contas à ordem tenha crescido. O grave é que as elevadas comissões que os bancos cobram pela manutenção das contas bancárias anulam o pouco que se pode amealhar, quando não resultam mesmo num saldo negativo. Os pequenos aforradores ficam seriamente penalizados com esta política de custos, pois o seu esforço de poupança serve apenas para sustentar os bancos. É tempo de acabar com as comissões que não correspondem à prestação efetiva de um serviço. Não é caricato que os bancos nos cobrem comissões, quando o que estamos a fazer é emprestar-lhes dinheiro? A manter-se esta situação, não tardará que aconselhemos a compra de porquinhos-mealheiros, em vez da subscrição de contas de poupança.
PPR sem risco
Lusitania Poupança Reforma PPR
A manter-se o mínimo garantido e subscrevendo este PPR ao abrigo do protocolo que temos com a Lusitania Vida, o qual proporciona condições especiais, conseguiria acumular 2.434,45 euros ao fim de dois anos, se aplicasse 100 euros por mês. Mas não poderia deduzir o PPR para efeitos fiscais. Com o protocolo, não paga comissões de resgate. Sem ele, terá de suportar até 1% nos primeiros cinco anos. O mínimo das entregas mensais é de 20 euros. A subscrição é feita aos balcões da Lusitania Vida.
Rendimento atribuído em 2017 3,75%
Mínimo garantido para 2018 1,5% (se o PPR for subscrito ao abrigo do nosso protocolo, acresce um prémio de fidelização anual de 0,25%).
Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.