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Aplicações em Certificados aumentaram, mas menos

Em 2019 foram aplicados mais de 779 milhões de euros em Certificados de Aforro e do Tesouro. Este montante ficou abaixo dos 1.316 milhões aplicados em 2018 e dos 2.771 milhões em 2017. Taxas pouco sedutoras e baixa capacidade de poupança podem ser a explicação.

Reuters
10 de Março de 2020 às 16:06
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Produtos de aforro do Estado perdem o brilho de outros tempos

Em 2019, o montante aplicado em Certificados de Aforro e em Certificados do Tesouro aumentou todos os meses. Um aumento que provavelmente se deve mais à falta de alternativas de poupança do que ao rendimento destes produtos. Por exemplo, nos depósitos bancários as taxas estão cada vez mais perto de zero: um depósito a 12 meses rende, em média, 0,1 % líquidos; e a melhor taxa que encontra no mercado é de 0,7 %, exclusiva para novos montantes, no Banco Invest. São poucas as contas que oferecem pouco mais do que nada e que conseguem superar a inflação prevista para 2020 (0,9 % segundo o Banco de Portugal). Apenas alguns depósitos promocionais para novos clientes, pelo prazo de três meses, conseguem superar a inflação prevista.No entanto, a variação do montante aplicado em Certificados de Aforro e do Tesouro é cada vez menor. E o cenário tem-se alterado: em 2017 havia mais resgates de Certificados de Aforro, mas uma elevada procura de Certificados do Tesouro gerou uma variação positiva de 2.771 milhões de euros. Nesse ano, o montante aplicado nestes últimos ultrapassou os Certificados de Aforro e desde então tem registado um crescimento contínuo, como se pode ver no gráfico em baixo. Em 2019, ambos os produtos registaram aumentos no montante aplicado, mas foram mais discretos, gerando um saldo global de apenas 779 milhões de euros.


Quanto rendem os Certificados?

Os Certificados de Aforro, atualmente a série E, apresentam uma taxa base de 0,4% líquida para subscrições e renovações que ocorram no mês de março. A taxa base é determinada a cada mês no antepenúltimo dia útil do mês, para vigorar durante o mês seguinte, segundo a fórmula: E3+1%, em que E3 é a média dos valores da Euribor a três meses, observados nos dez dias úteis anteriores. Da aplicação desta fórmula não pode resultar uma taxa base superior a 3,5% bruta, nem inferior a 0%. Os juros são atribuídos trimestralmente e capitalizados, pelo prazo máximo de 10 anos. Acresce ainda o prémio de permanência: 0,5% do segundo ano ao quinto ano, e 1% do sexto até ao décimo ano. São comercializados nos Correios e o mínimo de subscrição é de 100 euros.

Se já detém Certificados de Aforro das séries mais antigas (A e B), beneficia de uma taxa líquida de 2%. Mantenha-os!


Nos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento o juro é pago anualmente na conta bancária à ordem a uma taxa crescente, entre 0,5% e 1,6% líquidos, pelo prazo máximo de sete anos. Em termos médios, rende 1% líquidos ao ano, mas a partir do segundo ano poderá existir um prémio em função do PIB.

O montante mínimo de subscrição é de 1000 euros e subscrevem-se também nos Correios. Rendem um pouco mais do que a maioria dos depósitos e a sua vantagem reside na taxa garantida a médio/longo prazo, com a garantia do Estado.
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