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Agora, respire fundo

A covid-19 penalizou as empresas de equipamentos médicos, mas, a longo prazo, os fatores positivos mantêm-se. A Medtronic é a eleita da Deco Proteste. Saiba porquê.

25 de Agosto de 2020 às 11:30
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Há uma parafernália de produtos, instrumentos e dispositivos usados para prevenir, diagnosticar ou tratar doenças. Do oftalmologista ao dentista, qualquer especialista em saúde possui ferramentas para realizar os mais variados exames (ressonâncias magnéticas, scanners, etc.). As empresas especializadas nesta tecnologia pertencem ao setor dos equipamentos médicos. Tal como o resto do setor da saúde, é pouco sensível aos ciclos económicos, sendo os mercados frequentemente dominados por grandes empresas, dado a inovação desempenhar um papel importante e exigir consideráveis meios de investigação e de desenvolvimento. Nas próximas décadas, o acréscimo demográfico, o envelhecimento da população e o esperado aumento de doenças cardíacas e crónicas, como a diabetes e o cancro, sustentarão a procura. O desenvolvimento dos mercados emergentes, especialmente o da China, também contribuirá para esse crescimento estrutural, devido à melhoria do nível de vida e à expansão dos seguros de saúde. Um crescimento que deverá ser reforçado pela maior consciência dos Estados, após a pandemia da covid-19, da importância de preparar os seus sistemas de saúde para as próximas epidemias. Já lá vão treze desde a década de 1980. Esta tomada de consciência deverá interromper, ou, pelo menos, minimizar, as políticas de redução dos orçamentos de saúde verificadas nos últimos anos. A menos que, em alguns países, a recessão económica restrinja as capacidades orçamentais por vários anos. Apesar das vantagens, o setor enfrenta a pressão sobre os preços, com reagrupamentos de hospitais, principalmente nos Estados Unidos, bem como uma tendência global constante para reduzir os custos com a saúde. Há ainda o risco de ações judiciais, sobretudo no país de Trump (ações coletivas), no seguimento da deteção de alguns produtos defeituosos.

Radiografia à Medtronic

Há, porém, o título de uma empresa que, na nossa perspetiva, tem condições para ser um bom investimento. Com cerca de 90 mil funcionários e presente em mais de 150 países, a Medtronic tornou-se líder mundial na venda de tecnologias médicas. Fundada em 1949, é das mais diversificadas do setor, com produtos que têm aplicações em mais de 30 doenças crónicas, estando agrupados em quatro categorias: cardíaco e vascular (36% das vendas em 2019/20); terapias mini-invasivas (29%); terapias restauradoras (27%); e diabetes (8% ). Líder em muitos mercados, tem forte capacidade de inovação e boa carteira de medicamentos em desenvolvimento. Apresenta ainda baixo endividamento e boa rentabilidade, e tem como política devolver 50% do fluxo de caixa livre aos acionistas, sob a forma de dividendos e recompra de ações próprias. O dividendo aumenta de forma regular há 43 anos. Os resultados do primeiro trimestre foram, porém, afetados negativamente pela pandemia, devido ao adiamento de numerosos atos médicos. O grupo permanece cauteloso e não faz previsões para o atual exercício financeiro, mas antevemos, para o período de 2020/2021, um lucro por ação de 2,7 dólares. Os efeitos da covid-19 são temporários e a Medtronic tem o que é preciso para recuperar. Compre.






Muitas dependem parcialmente das importações da China e, por causa da pandemia, terão de repensar a sua produção para garantir os aprovisionamentos necessários.

| Abbott

Cotação 93,04 USD (Nova Iorque)
Risco 3

Conselho   VENDER  
Apesar de um primeiro trimestre menos negativo do que o esperado, a Abbott não tranquilizou os investidores ao suspender as metas para 2020, devido à incerteza sobre a pandemia.


| Alcon

Cotação 52,98 CHF (Zurique)
Risco 3

Conselho   MANTER  
Mostrou resiliência no primeiro trimestre, beneficiando do lançamento de novos produtos. Mas o ano continuará difícil, com a redução das cirurgias oculares, o que terá impacto negativo sobretudo nos resultados do segundo trimestre, antes da esperada melhoria no segundo semestre.


| Philips

Cotação 41,57 EUR (Amesterdão)
Risco 3

Conselho   VENDER  
O lucro operacional caiu 80% no primeiro trimestre. No entanto, os resultados devem melhorar nos próximos meses, dada a grande quantidade de encomendas.


| Roche

Cotação 329 CHF (Zurique)
Risco 3

Conselho   MANTER  
A Roche divulgou bons resultados trimestrais e confirmou as suas estimativas, devido à forte procura de testes de diagnóstico e moleculares relacionados com a covid-19.


Acompanhe as recomendações de um conjunto alargado de títulos em www.deco.proteste.pt/investe/investimentos/acoes
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