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Ações e obrigações nipónicas: Investimentos no Sol Nascente
Bem no Extremo Oriente, os fundos de ações japonesas são uma oportunidade interessante de investimento. As obrigações em ienes nem por isso...
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Após duas décadas de quase estagnação económica e de deflação persistente, o atual governo japonês pretende, através de três grandes vetores, relançar a economia. O primeiro centra-se no reforço do investimento público. O segundo passa por uma política monetária ultra expansionista, enquanto o último vetor consiste num pacote de reformas estruturais.
Os dois primeiros não constituem uma grande novidade face ao passado recente, mas é inegável que, desta vez, a atuação mais assertiva do Banco do Japão tirou o país da espiral deflacionista. O objetivo de atingir uma taxa de inflação de 2% deixou de ser uma miragem. Com dois dos pilares em execução, cabe agora ao governo avançar com as reformas. Um dos principais problemas é o acentuado envelhecimento da população e a forte pressão que coloca na economia e no mercado de trabalho.
É necessário contrariar essa tendência nomeadamente através de uma maior participação das mulheres e aumentando o papel da imigração. No entanto, há ceticismo sobre o sucesso das reformas e o Fundo Monetário Internacional antecipa que o produto interno bruto cresça um pouco menos de 1% ao ano até 2019. Pela nossa parte, consideramos que, após duas décadas de dificuldades, a economia japonesa ainda não disse a última palavra e as reformas anunciadas pelo governo podem efetivamente elevar o potencial de crescimento. A vitória sobre a deflação constitui um bom augúrio.
Bolsa correta
Um dos impactos da política do banco central japonês foi a forte depreciação do iene. Mas além de contribuir para importar inflação, a queda da moeda beneficia as empresas exportadoras japonesas e a bolsa de Tóquio. O impacto nas estatísticas do comércio externo parece não evidenciar esse facto, mas a realidade é que o Japão continua a importar muitos combustíveis desde que encerrou as centrais nucleares, o que enviesa o saldo da balança comercial. Aos níveis atuais, consideramos que o mercado acionista japonês está corretamente avaliado e é uma aposta interessante no seio de uma carteira diversificada. A subvalorização do iene face ao euro também reforça o interesse das ações japonesas. Por esses motivos, temos vindo a reforçar a exposição à bolsa de Tóquio.
Obrigações fora das carteiras
Ao contrário das ações, a dívida japonesa permanece sem fatores de atratividade. As yields das obrigações em ienes são praticamente nulas devido à intervenção massiva do banco central e não refletem o elevado risco. O peso da dívida pública aproxima-se de 250% do PIB (69% em 1990)! Apesar de o país, até hoje, se conseguir financiar graças à poupança interna, o nível acumulado da dívida coloca sérias dúvidas sobre a sua sustentabilidade. Mantemo-nos afastados dos fundos de obrigações em ienes. Não invista.
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Uma aposta asiática
Com o protagonismo omnipresente da economia dos EUA e a ascensão da China, o Japão tem passado relativamente despercebido. Contudo, a economia nipónica é a terceira maior do mundo e não deve ser negligenciada no que diz respeito às oportunidades de investimento. As ações japonesas estão incluídas nas carteiras recomendadas de fundos a 5 e 10 anos. A PROTESTE INVESTE recomenda a subscrição do fundo de ações Pictet Japan Index R, o qual tem registado um bom desempenho face aos seus pares. Devido ao comportamento menos bom, o fundo JPM Japan Strategic Value D deixa de ser aconselhado para novas compras, mas se já detém pode manter.
Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.