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Ações e obrigações nipónicas: Investimentos no Sol Nascente

Bem no Extremo Oriente, os fundos de ações japonesas são uma oportunidade interessante de investimento. As obrigações em ienes nem por isso...

22 de Dezembro de 2014 às 11:25
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Após duas décadas de quase estagnação económica e de deflação persistente, o atual governo japonês pretende, através de três grandes vetores, relançar a economia. O primeiro centra-se no reforço do investimento público. O segundo passa por uma política monetária ultra expansionista, enquanto o último vetor consiste num pacote de reformas estruturais.


Os dois primeiros não constituem uma grande novidade face ao passado recente, mas é inegável que, desta vez, a atuação mais assertiva do Banco do Japão tirou o país da espiral deflacionista. O objetivo de atingir uma taxa de inflação de 2% deixou de ser uma miragem. Com dois dos pilares em execução, cabe agora ao governo avançar com as reformas. Um dos principais problemas é o acentuado envelhecimento da população e a forte pressão que coloca na economia e no mercado de trabalho.

 

É necessário contrariar essa tendência nomeadamente através de uma maior participação das mulheres e aumentando o papel da imigração. No entanto, há ceticismo sobre o sucesso das reformas e o Fundo Monetário Internacional antecipa que o produto interno bruto cresça um pouco menos de 1% ao ano até 2019. Pela nossa parte, consideramos que, após duas décadas de dificuldades, a economia japonesa ainda não disse a última palavra e as reformas anunciadas pelo governo podem efetivamente elevar o potencial de crescimento. A vitória sobre a deflação constitui um bom augúrio.


Bolsa correta
Um dos impactos da política do banco central japonês foi a forte depreciação do iene. Mas além de contribuir para importar inflação, a queda da moeda beneficia as empresas exportadoras japonesas e a bolsa de Tóquio. O impacto nas estatísticas do comércio externo parece não evidenciar esse facto, mas a realidade é que o Japão continua a importar muitos combustíveis desde que encerrou as centrais nucleares, o que enviesa o saldo da balança comercial. Aos níveis atuais, consideramos que o mercado acionista japonês está corretamente avaliado e é uma aposta interessante no seio de uma carteira diversificada. A subvalorização do iene face ao euro também reforça o interesse das ações japonesas. Por esses motivos, temos vindo a reforçar a exposição à bolsa de Tóquio.


Obrigações fora das carteiras
Ao contrário das ações, a dívida japonesa permanece sem fatores de atratividade. As yields das obrigações em ienes são praticamente nulas devido à intervenção massiva do banco central e não refletem o elevado risco. O peso da dívida pública aproxima-se de 250% do PIB (69% em 1990)! Apesar de o país, até hoje, se conseguir financiar graças à poupança interna, o nível acumulado da dívida coloca sérias dúvidas sobre a sua sustentabilidade. Mantemo-nos afastados dos fundos de obrigações em ienes. Não invista. 

 

 

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Uma aposta asiática


Com o protagonismo omnipresente da economia dos EUA e a ascensão da China, o Japão tem passado relativamente despercebido. Contudo, a economia nipónica é a terceira maior do mundo e não deve ser negligenciada no que diz respeito às oportunidades de investimento. As ações japonesas estão incluídas nas carteiras recomendadas de fundos a 5 e 10 anos. A PROTESTE INVESTE recomenda a subscrição do fundo de ações Pictet Japan Index R, o qual tem registado um bom desempenho face aos seus pares. Devido ao comportamento menos bom, o fundo JPM Japan Strategic Value D deixa de ser aconselhado para novas compras, mas se já detém pode manter.

 

 

Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.

 

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