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Nos, Altice e Vodafone: Regresso ao escritório em modelo híbrido

O regresso ao escritório nas três operadoras de telecomunicações históricas será feito em modelo híbrido, tendo a Nos iniciado já o processo, enquanto na Altice Portugal arranca esta segunda-feira e na Vodafone Portugal no final do mês.

A pandemia e a obrigação de trabalhar a partir de casa vieram alterar a estrutura de custos das empresas.
Mariline Alves
19 de Setembro de 2021 às 09:40
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"Os colaboradores da Nos regressaram aos escritórios no dia 6 de setembro, num modelo que conjuga dois dias de trabalho presencial semanal com trabalho remoto, de forma rotativa para garantia das regras de segurança que ainda se impõem", disse a diretora de recursos humanos da operadora, Isabel Borgas, à Lusa.

"As pessoas estão organizadas em diferentes grupos de trabalho, distribuídos ao longo dos dias da semana, o que permite controlar a lotação dos edifícios, manter a distância de segurança recomendada e, ao mesmo tempo, promover a interação e o trabalho em equipa", explicou a responsável, salientando que "não há lugares fixos atribuídos aos colaboradores, sendo os postos de trabalho usados em regime de 'hot desking'".

As garagens, disse, "estarão abertas a todos os colaboradores até à sua capacidade máxima, mantendo-se a flexibilidade nos horários de entrada e saída para evitar a concentração de pessoas nos transportes públicos e no acesso aos edifícios" e "mantêm-se ainda em vigor todas as iniciativas relacionadas com o reforço da limpeza nos edifícios e alterações no sistema de ventilação dos mesmos".

A Nos "vê os escritórios como laboratórios vivos de inovação e cocriação, onde se desenvolvem relações de proximidade que são essenciais para o equilíbrio individual de cada um" e, por isso, "trabalhámos numa solução que se adapta à atual fase da pandemia, mas que é flexível para poder evoluir", salientou Isabel Borgas, em vésperas de algumas das medidas de restrições à covid-19 serem aliviadas.

"Para a Nos, o mais importante foi garantir, desde já, que os colaboradores pudessem voltar a estar juntos, em total segurança", rematou Isabel Borgas.

Por sua vez, fonte oficial da Altice Portugal disse à Lusa que o regresso aos escritórios "decorrerá a partir do próximo dia 20 de setembro", ou seja, já esta segunda-feira, "de modo a garantir que a partir de 1 de outubro todos os colaboradores se encontram em escala de trabalho rotativo e com equipas em espelho, adotando, portanto, um modelo híbrido de trabalho presencial-remoto".

Fonte da dona da Meo referiu que "este processo terá em conta todas as orientações e recomendações emanadas pelas entidades competentes, nomeadamente pela DGS [Direção Geral de Saúde] e pelo Governo".

A Altice Portugal salientou que, "de forma a garantir a segurança de todos os colaboradores", irá continuar a "praticar horários flexíveis, permitindo o desfasamento das deslocações ao escritório, sobretudo no que respeita à ocupação dos transportes públicos".

Além disso, a dona da Meo "mantém um desconto significativo para colaboradores nos pacotes de telecomunicações e assegura a disponibilização das ferramentas necessárias para o desempenho das suas funções em regime de teletrabalho, como computadores, telemóveis, serviços com acesso à Internet e acesso à VPN corporativa, garantindo assim todas condições técnicas para o exercício de trabalho remoto".

A empresa refere ainda que "não exige qualquer certificado de vacinação aos seus colaboradores, fornecedores, clientes ou visitantes que se desloquem às suas instalações".

Já no grupo Vodafone, o regresso ao escritório começa no dia 27 de setembro.

"Depois de um ano e meio em teletrabalho, a quase totalidade dos colaboradores Vodafone que permanecia a trabalhar a partir de casa vai regressar ao escritório já a partir do próximo dia 27 num modelo híbrido, ou seja, dividido entre trabalho remoto (60%) e trabalho presencial (40%)", disse a administradora com o pelouro dos recursos humanos, Luísa Pestana, à Lusa.

"Alicerçado em pilares de confiança e autonomia, a principal preocupação da Vodafone ao desenhar este modelo foi garantir um bom equilíbrio entre a presença no escritório e o teletrabalho, assumindo-se uma maior flexibilidade face às mudanças que se verificaram na sociedade desde o início desta pandemia", acrescentou.

Nesse sentido, "não há dias fixos no escritório, dando-se a liberdade aos colaboradores para que possam escolher, semana a semana, em que dias querem ficar a trabalhar em casa ou se preferem o trabalho presencial", explicou Luísa Pestana.

"A presença no escritório será alvo de um registo prévio numa plataforma digital interna por parte de cada colaborador, de forma a garantir que a taxa de ocupação dos espaços de trabalho não ultrapassa os 50%, não só para respeitar as regras de segurança da Direção Geral de Saúde, mas também porque a mudança disruptiva que estamos a viver obriga a que transformemos o propósito de utilização dos espaços amplos e abertos de postos de trabalho individuais para zonas de trabalho colaborativo, facilitando a interação no mesmo espaço entre equipas multidisciplinares", sublinhou.

A Vodafone tem "em curso" um programa de adaptação dos espaços de escritório, "com a criação, alteração ou ampliação de espaços específicos para: colaboração (espaços sem monitores individuais, com sistema de projeção coletiva e quadros de escrita), concentração (postos de trabalho tradicionais com um monitor) e reuniões".
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