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Qual o papel da Google na propagação de fake news?
Matt Brittin, responsável da Google, admite que a empresa não tem feito “o melhor trabalho”, mas tem reforçado os esforços para combater a disseminação de notícias falsas.
A relação entre a Google e a Europa não tem sido fácil. Com Bruxelas de olho nas operações da gigante norte-americana, a Google tem sido obrigada a alterar padrões da sua actividade para evitar novas multas.
Segundo Matt Brittin, presidente de negócios e operações da Google para a Europa, a tecnológica tem trabalhado em conjunto com os reguladores europeus para chegaram a consenso. Até porque, como sublinhou por diversas vezes no palco do Web Summit, a Europa é um "óptimo mercado devido à diversidade de culturas": Nunca existe uma altura melhor para ser empreendedor", reforçou.
O tema das fake news (notícias falsas) e do combate ao discurso de ódio que tem ganho novos contornos nos últimos tempos também não foi esquecido pelo responsável da Google. Matt Brittin admitiu que este "é um fenómeno recente" e que a Google "não tem feito o melhor trabalho" neste campo. Porém, nos últimos tempos tem reforçado o combate, por exemplo, através da remoção de mais de 100 mil sites que usam este tipo de conteúdos.
"A Google tem trabalhado com várias organizações não governamentais para melhorar a eliminação destes conteúdos e tirá-los das plataformas o mais rapidamente", acrescentou.
O tema das fake news também tem estado em destaque no Web Summit, na quarta-feira a responsável do Centro de Estratégia Política Europeia de Bruxelas, Ann Mettler ,revelou que a Comissão Europeia está a desenvolver acções, não regulatórias, para tentar controlar a disseminação de notícias falsas. E deixou o recado às tecnológicas: não podem fugir das suas responsabilidades.