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Moedas fala de duas internets: a que confiamos e a que não confiamos

O comissário Europeu acredita que a Europa tem uma oportunidade.

Pedro Elias
07 de Novembro de 2017 às 14:06
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Até a falar de ciência se chegou a um dos tópicos do momento e do Web Summit: a confiança na internet e nas notícias.

O comissário europeu português, Carlos Moedas, disse acreditar que haverá dois tipos de internet: a que confiamos e a outra, de lazer, em que não confiamos. "Não sei como lá chegaremos mas a certa altura chegaremos", afirmou o comissário para a Investigação, Ciência e Inovação. Essa divisão permitirá uma maior integridade na informação e regras mais duras para quem não corresponder. Será, disse, um melhor sítio.

Carlos Moedas falava num dos debates na área de Fóruns do Web Summit, que foi aberta a alguns jornalistas com a indicação de que se podia divulgar o que lá se dissesse, mas não era possível recolher gravações nem interagir com os oradores.

O fórum abriu, de manhã, com o primeiro-ministro António Costa para quem um tos temas de preocupação que tem de ser endereçado são as alterações climáticas. O primeiro-ministro, que Marcelo Rebelo de Sousa disse ser um optimista militante, foi ao Web Summit, no segundo dia, dizer que afinal é preciso optimismo com doses de pragmatismo.

Pragmático foi, no entanto, Carlos Moedas que falou da necessidade de ser falar das coisas de forma simples. O tema era, recorde-se, ciência.

Kamila Markram, da Frontiers (plataforma de ciência aberta), lembrou que hoje a maioria (90%) da investigação científica não está acessível, está em plataformas pagas. E pede que se abra esse conhecimento a todos. Esse também é o desígnio de Carlos Moeda que também fala da necessidade de haver uma ligação a todas as pessoas.

Por isso pretende no próximo programa europeu de ciência criar as missões, que envolvam as pessoas, para que "percebam o que estamos a fazer".

Foi a oportunidade para se falar também aqui das noticias falsas, ou da informação à qual as pessoas acedem na internet e que pode levar a comportamentos. O exemplo? O número de pessoas que não vacina os filhos porque há noticias que falam de alegados malefícios. Kamila volta a lembrar que 90% da informação científica não está acessível.

Também presente neste painel, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que falou num problema de linguagem e na necessidade de se promover a literacia científica e também a literacia das redes sociais e dos media.

No final, Carlos Moedas deu o seu sinal de optimista: esta revolução é uma oportunidade para a Europa.
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