Notícia
A auto-afirmação de uma CEO, a coligação das tecnologias limpas e novos usos para borras
"Agora é a minha liderança", afirmou Katherine Maher, CEO da Web Summit, no dia em que foi anunciada uma nova parceria de startups e em que foi conhecido um protótipo de biopele feita a partir de borras de café.
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Termina o penúltimo dia da Web Summit
É mais uma jornada da Web Summit que chega ao fim. Esta quarta-feira, foi a CEO do evento que marcou o dia.
"É tempo de um recomeço do zero, agora a liderança é minha", disse em conferência de imprensa. Katherine Maher disse que Paddy Cosgrave "demitiu-se porque era uma distração" e garantiu que o gestor irlandês "já não está envolvido na organização".
Pode ainda ler sobre o financiamento do Banco Europeu de Investimento à construção de aviões a energia solar, sobre a nova coligação de startups e investidores para as tecnologias limpas em Portugal e Espanha, bem como sobre a esperança que se fez sentir na Web Summit em relação a stablecoins e à BlackRock.
Até amanhã!
Skizo apresenta protótipo de biopele feita a partir de borras de café da Delta
A Skizo, uma marca portuguesa que alia a inovação tecnológica ao impacto ambiental, apresentou esta quarta-feira, na Web Summit, um protótipo de biopele, uma espécie de couro, concebido a partir de borras de café da Delta, que pode servir indústrias tão distintas como a têxtil ou a hoteleira.
"É o primeiro protótipo terminado, concluído com sucesso num tempo recorde. Não chegou a seis meses", diz a cofundadora da Skizo, Andreia Coutinho (na foto), ao Negócios.
Este protótipo feito a partir de borras de café da Delta surge na sequência do "DisrUPtion" 22/23, programa promovido pelo grupo da família Nabeiro, em que a Skizo foi um dos três vencedores.
Diana do Mar
Pode ler mais aqui.
Cleantech for Iberia é a nova coligação de startups e investidores para as tecnologias limpas em Portugal e Espanha
A Web Summit foi palco esta quarta-feira do lançamento de uma nova coligação de startups e investidores para a promoção de tecnologias limpas em Portugal e em Espanha, promovida pelo Cleantech Group e pela Breakthrough Energy, uma iniciativa fundada por Bill Gates que se concentra no desenvolvimento e expansão de soluções de energia limpa.
O Cleantech for Iberia reúne para já 18 investidores, inovadores e universidades portuguesas e espanholas, atores-chave na construção do ecossistema de tecnologia verde da região.
"Este é o momento da Península Ibérica. Pela primeira vez, a comunidade ibérica de tecnologias limpas uniu forças para falar a uma só voz. Esta coligação marca o início de um novo capítulo emocionante para estabelecer a Península Ibérica como o próximo centro industrial limpo da Europa", afirmou a diretora da Cleantech for Iberia, Bianca Dragomir, na Web Summit.
Bárbara Silva
Investidores têm de "aprender a defender-se" para evitar novos casos FTX, defendem empresários
A educação é um fator crucial para prevenir novos casos de fraude, como o que ocorreu no caso FTX, defendeu Márlyson Silva, CEO da Transfero, durante a conferência "Unpacking the crypto conundrum in 2023".
"As cripto são um enigma, porque são um enigma para a maioria das pessoas", refere o empresário. "Porque é que a FTX tirou dinheiro às pessoas?", questiona Márlyson Silva, para quem, em parte, a resposta pode ser dada pela educação, "aprendendo como se defender a si próprio".
O empresário deu o exemplo de diversificar o ativos por "pools", como uma manobra de precaução.
Também José Artur Ribeiro, CEO da Coinnext, concordou que "a questão mais importante é a educação" e dá exemplos de lições a tirar: "Por exemplo, se alguém quer negociar pode utilizar uma 'exchange', mas só para guardar não é necessário".
Para o empresário, é necessário assim responder com formação à questão "como posso manter-me seguro?"
"Por outro lado, temos a regulação", salvaguardou Sara Drakeley, CEO da MobileCoin, do mesmo painel, e deu o exemplo da legislação que já existe para a proteção de dados pessoais. "Podemos desenvolver regulação, através de um trabalho da indústria com o regulador", frisou.
Fábio Carvalho da Silva
"Há um consenso no mercado" de que EUA aprovarão ETF de bitcoin
"Há um consenso no mercado de que será aprovado" o "exchange traded fund" (ETF) com exposição direta à bitcoin, indicou Marcelo Sampaio, CEO e confundador da Hasdhex, durante uma conferência no âmbito da Web Summit.
A confiança do orador contrastou com a do público (que sobrelotou o espaço destinado ao evento). Quando chamados a levantar a mão sobre se acreditavam que este ETF iria ser aprovado no próximo mês, semana ou ano, os espectadores ficaram tímidos, tendo sido poucos os braços levantados.
Também o CEO da Cimedo, Alexander Valesek, está otimista e aponta mesmo para que tal aconteça "em meados de março" do próximo ano.
Marcelo Sampaio considera, no entanto, que, caso esta aprovação aconteça, chega "tarde". Para o empresário, a demora deve-se a dois fatores: "A pressão do mercado", o facto de "os reguladores terem aprendido sobre isto".
Confrontado com a questão da volatilidade da bitcoin, que pode ser aguçada por este tipo de instrumento, o CEO da Hasdhex retorquiu: "Sabem o que é volatilidade? As ações também têm volatilidade". E frisou que "a volatilidade é uma prova de valor".
Aliás, o empresário considera mesmo que a volatilidade "vai continuar a descer", dando como um dos motivos o mercado "ir ficando maior".
Quanto aos capítulos seguintes da história cripto, depois do lançamento do ETF, Marcelo Sampaio defende que o próximo grande acontecimento deverá ser a regulação.
"Precisamos de regulação específica para cripto. A má regulação é terrível, mas a boa regulação pode organizar o mercado", acrescentou. Já Alexander Valesek pede que sejam apenas "estabelecidos padrões" para guiar a conduta do setor.
Fábio Carvalho da Silva
BEI financia construção de aviões a energia solar
O Banco Europeu de Investimento (BEI) assinou um acordo avaliado em 30 milhões de euros com a empresa hispano-americana Skydweller Aero para o desenvolvimento de tecnologia que permita que aviões sejam alimentados por energia solar.
"Do ponto de vista da União Europeia, da Comissão e do Banco Europeu de Investimento, este é um projeto importante que junta a transição verde e a necessidade de meios de transporte sustentáveis e, ao mesmo tempo, a inovação que é chave para esta transição", afirmou o vice-presidente do BEI, Ricardo Mourinho Félix (na foto), em conferência de imprensa.
Na Web Summit, e junto do presidente executivo da empresa norte-americana, Robert Miller, e da representante da Comissão Europeia em Portugal, Sofia Moreira de Sousa, Mourinho Félix explicou que estes aviões poderão transportar carga até 400 quilogramas ou equipamentos como antenas ou equipamento tecnológico.
"Este tipo de aviões poderão ser extremamente úteis", defendeu o responsável europeu, referindo-se à utilidade em áreas como a desflorestação, captura de dióxido de carbono e a utilização de financiamento ‘verde’ em "atividades que são realmente ‘verdes’".
Robert Miller saudou o "apoio que o financiamento dará" à empresa com ‘nacionalidade’ espanhola e norte-americana.
Lusa
Depois do pesadelo FTX, mercado coloca esperança em stablecoins e BlackRock
"Sam Bankman-Fried não representa os criptoativos". Foi a frase proferida tanto por Lorien Gabel, cofundador e CEO da Figment, como por Björn Wagner, cofundador e CEO da Parity Technologies, que marcaram presença na conferência "Um ano depois da FTX: morte ou reconstrução?"(no título original em inglês "One year after FTX: Dead or rebuilt?"), durante a Web Summit.
Ambos os empresários sublinharam que o que aconteceu com a plataforma cripto não é sinónimo de como funciona este mercado, mas sim o resultado de uma fraude.
Tanto Björn Wagner como Lorien Gabel frisaram ainda que o crescimento de valor das stablecoins, a par do pedido da BlackRock junto do supervisor norte-americano de capitais (SEC) para lançar um "exchange trade fund" com exposição direta à bitcoin, são motivos de esperança.
Pode ler mais aqui.
Fábio Carvalho Silva
CEO da Web Summit: "É tempo de um recomeço do zero, agora a liderança é minha"
A primeira conferência de imprensa desta manhã foi protagonizada pela nova CEO do evento, Katherine Maher, mas o tema dominante foi o seu antecessor, Paddy Cosgrave, que renunciou ao cargo duas semanas antes do arranque da edição de 2023 na sequência de comentários nas redes sociais sobre o conflito entre Israel e o Hamas.
"O Paddy demitiu-se porque era uma distração, já não está envolvido na organização" da Web Summit, começou por dizer a responsável, que garante também que "a parte mais complicada do processo de se tornar CEO da Web Summit tem sido aprender no terreno".
Sem revelar o número de empresas que desistiram de participar na edição deste ano (nem o seu nome), na sequência dos acontecimento e da saída de Cosgrave, Maher garantiu que os principais parceiros da Web Summit "consideraram que a organização tomou as decisões certas e que muitos das que desistiram vão voltar" no futuro. Já face às questões que deixaram no ar de que este é o ano "mais fraco" do evento, desde a sua estreia em 2016, sem oradores de grande renome, a CEO replicou: "Se fosse oradora, sentir-me-ia insultada pela sua questão".
O tom de voz de Katherine Maher voltaria a "endurecer" quando lhe dirigiram uma outra questão sobre a existência de uma eventual relação pessoal entre si e Paddy Cosgrave, que tivesse possibilitado a sua rápida subida ao cargo de CEO. "Encontrei-me com o Paddy apenas duas vezes, no palco da Web Summit e nos bastidores, não havia nenhuma relação próxima".
Ainda sobre o mesmo tema, a agora responsável do maior evento tecnológico mundial deixou claro que Paddy Cosgrove "já não trabalha na Web Summit e saiu do Conselho de Administração".
"É tempo de um recomeço do zero, agora a liderança é minha. A única coisa que ouvi do Paddy esta semana foi que ele acha que fiz um bom trabalho, de resto não falei com ele", rematou Maher.
Leia aqui.
Bárbara Silva
O impacto da crise política nos investidores e muito mais. A Web Summit esta terça-feira
O dia de ontem na Web Summit ficou marcado pelas declarações de Carlos Moedas, que reconheceu que a crise política provocada pela Operação Influencer "vai afetar os investidores".
Já o secretário de Estado para a Digitalização, Mário Campolargo, desvalorizou as polémicas da Web Summit, apontando para o "ecossistema vibrante" do evento.
E uma gestora de capital de risco recomendou às fintechs europeias que vão negociar para as bolsas americanas.
Pode ler aqui o que aconteceu esta terça-feira.
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