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Vendas de luxo vão continuar a aumentar em 2017
A consultora Bain fala num mercado “sólido e mais estável”, prevendo que a tendência de crescimento se mantenha. A recuperação da confiança do mercado europeu é um dos factores a pesar.
As vendas do mercado de luxo deverão crescer entre 2 e 4% em 2017, comprovando uma tendência positiva no sector. A conclusão é do mais recente relatório da consultora Bain, que estima vendas entre os 254 e os 259 mil milhões de euros.
A contribuir para este resultado está a recuperação do mercado europeu assim como o maior volume de gastos chineses fora de portas, embora a tendência aponte para que esta nacionalidade comece a comprar mais dentro de fronteiras.
A impedir melhores indicadores está o mercado norte-americano, em contracção, como reflexo da incerteza política e de um dólar mais forte.
De uma forma geral, este mercado "está menos dependente das compras para ofertas na China e dos fluxos turísticos impulsionados pela diferenciação de preços e caça à pechincha. Está mais sólido e mais saudável", caracteriza a autora do estudo Claudia D’Arpizio citada pelo Financial Times.
A tendência de recuperação já se tem vindo a sentir nas contas das principais casas de luxo, como a LVMH (dona da Louis Vuitton), a Hermès ou a Kering (dona da Gucci, Saint Laurent ou Balenciaga). A Bain estima que as vendas deste segmento atinjam os 290 mil milhões de euros até 2020.
Os dados da consultora Deloitte, divulgados no relatório anual "Global Powers of Luxury Goods" falam em vendas equivalentes a 195 mil milhões de euros no último ano nas 100 maiores empresas de artigos de luxo a nível mundial, uma subida de 6,8% face ao ano anterior.
Numa área ainda muito marcada pela existência de famílias, mas onde os grandes grupos têm vindo a reforçar posição, a aposta tem-se feito também sentir na promoção digital, como provou a conferência Business of Luxury Summit, organizado pelo Financial Times em Lisboa em meados de Maio.