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António Costa defende indústria do luxo como "oportunidade" para Portugal

No congresso Business of Luxury Summit, em Lisboa, o primeiro-ministro destacou a imaginação, emoção e capacidade de adaptação nacionais. Quando outros países se fecham à diferença, Costa diz que há "tolerância" em Portugal.

Miguel Baltazar/Negócios
15 de Maio de 2017 às 12:01
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António Costa defendeu esta segunda-feira, 15 de Maio, a importância da indústria do luxo para o desenvolvimento na economia europeia e portuguesa.

"Este é um tema particularmente importante para a Europa. A indústria do luxo é uma oportunidade para a Europa", afirmou o primeiro-ministro na abertura do Business of Luxury Summit, organizado pelo Financial Times em Lisboa.

"A Europa, para se mais competitiva, tem de investir nos bens e serviços de valor acrescentado", rematou, lembrando a capacidade do Velho Continente em conjugar criatividade com tradição.

O primeiro-ministro explicou que no mercado de luxo "dificilmente" a mão humana "pode ser substituída pela automação", devendo este ser encarado como um elemento de diferenciação. Para tal, acrescentou, é preciso investimento na qualificação dos recursos humanos.

António Costa apontou, a uma plateia com mais de 400 pessoas, Portugal como uma das geografias disponíveis para este tipo de trabalho. "Num momento em que muitas sociedades se fecha, Portugal mantém-se aberto", posicionou.

Citando o poeta Fernando Pessoa, o primeiro-ministro destacou as capacidades de imaginação, emoção e capacidade de adaptação "instantânea" dos portugueses. Seguiu-se depois uma longa lista de exemplos de sucesso da moda às artes visuais, passando pelo cinema, música e gastronomia.

"Portugal já não é só a excelência de ter as melhores praias do Algarve ou a paisagem da Madeira", congratulou-se. Para o político, o grande activo de Portugal é a sua "tolerância".

Segundo um estudo da consultora Deloitte, as 100 maiores empresas de luxo do mundo registaram vendas de 212 mil milhões de dólares no último ano fiscal (terminado a 30 de Junho de 2016), uma subida de 6,8%. A contribuir para o resultado, em algumas geografias, está a desvalorização das divisas dos países onde estão sediadas em relação ao dólar.

A Itália é o país com maior número de empresas no "top" 100, com 26, mas é a França que cabe a maior percentagem das vendas. As malas e acessórios são o sector com maior crescimento.

Quase metade das vendas dos produtos de luxo são feitas por consumidores que estão em viagem, seja no estrangeiro ou no aeroporto. São compradores de mercados emergentes como China, Rússia e Emirados Árabes Unidos que estão a impulsionar este mercado mundial.

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