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Um em cada três portugueses sem dinheiro para férias no verão

Um inquérito feito a 23 mil pessoas mostra a preocupação atual com as finanças pessoais (59%) e que o orçamento médio disponível para as férias desce este ano para 746 euros. Só 9% planeia viajar para o estrangeiro.

O Governo abriu uma exceção para grandes empresas do turismo.
Alexandre Azevedo
05 de Maio de 2021 às 11:20
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Mais de um terço (34%) dos portugueses admite não ter rendimento disponível para ir de férias no verão deste ano, uma percentagem que aumentou seis pontos percentuais em relação ao período antes da pandemia de covid-19.

 

Segundo um inquérito realizado junto de 23.280 utilizadores da plataforma Fixando, o orçamento médio disponível para as férias desceu dos 1.048 euros reportados antes do surgimento do coronovírus, para 746 euros em 2021.

 

No que toca aos planos para o período quente, enquanto 11% dos inquiridos diz que nem sequer terá dias de férias e 18% reconhece que vai ficar em casa, apenas 6% planeia viajar para outro país europeu e 3% para outro continente.

 

Na prática, até 4 de maio, quando terminou este inquérito, três em cada quatro portugueses ainda não tinham marcado férias. Além de estarem preocupados com as finanças pessoais (59%), quase metade respondeu que se sente "mesmo muito stressado e ansioso com o momento atual".

 
Entre janeiro e março deste ano, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam 790,3 mil hóspedes, responsáveis por 1,8 milhões de dormidas, o que corresponde a quedas próximas de 80% face ao ano passado, de acordo com o INE.

Alice Nunes, diretora de Novos Negócios desta plataforma nacional para a contratação de serviços profissionais, calcula, citada num comunicado de imprensa, "uma quebra na ordem dos 85% na procura dos serviços de transportes e guias turísticos em 2021, comparativamente ao período pré-pandemia".

Como o Negócios noticiou esta quarta-feira, 5 de maio, depois da "Visita Portugal", interrompida devido à evolução da pandemia, o Governo vai lançar uma nova campanha para estimular a procura do turismo interno. Isto depois de em 2020 já ter financiado parte dos descontos oferecidos pelos operadores privados do setor.

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