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Turismo bate recordes em 2023. Estrangeiros pesaram 70% nas dormidas

O número de hóspedes e dormidas aumentaram 13,3% e 10,7% em 2023, à boleia do forte crescimento dos turistas norte-americanos. Todas as regiões do país voltaram a atingir níveis pré-pandémicos, à excepção do Algarve.

No Algarve, a taxa de média de ocupação ronda os 70% mas há hotéis já quase lotados para as férias da Páscoa.
Pedro Catarino
31 de Janeiro de 2024 às 11:40
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No ano passado, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam 30 milhões de hóspedes e registaram 77,2 milhões de dormidas, valores que traduzem aumentos de 13,3% e 10,7%. Os dados preliminares  do conjunto do ano de 2023 divulgados esta quarta-feira pelo INE confirmam, assim, o crescimento do setor para máximos históricos, como o Governo e o setor tinham antecipado.

Este aumento foi impulsionado pelos turistas estrangeiros, com as dormidas dos mercados externos a predominarem (69,7% do total), totalizando 53,8 milhões,  um crescimento de 14,9%. O mercado interno contribuiu com 23,4 milhões de dormidas (+2,1%). 


Contudo, comparando com 2019, as dormidas registaram crescimentos de 10%, com os turistas residentes a representaram uma subida de 10,7% e  não residentes de 9,6% nos não residentes.

O Reino Unido manteve-se como principal mercado emissor em 2023, representando 18,4% das dormidas de não residentes, e tendo registado um crescimento de 9,4%. " Seguiram-se os mercados alemão (11,3% do total) e espanhol (10,1% do total), com crescimentos de 12,9% e 7,7%, respetivamente", detalha o INE. Mas os maiores crescimentos foram protagonizados pelos mercados canadiano (+56,9%), norte-americano (+32,9%), italiano (+20,8%) e austríaco (+19,3%).

Algarve foi o único que não atingiu níveis de 2019

O ano passado correu de feição para praticamente todas as regiões do país. Todas as zonas registaram aumentos nas dormidas face a 2022, com maior destaque para as evoluções apresentadas pelo Norte (+14,9%), Grande Lisboa (+12,6%) e Centro (+11,9%). 

Comparando com 2019, o Algarve foi a exceção, "sendo a única região a não atingir os níveis pré-pandemia, com um decréscimo do número de dormidas (-2,5%). Os maiores crescimentos foram observados na  Madeira (+23,4%), Norte (+22,8%),  Açores (+18,1%) e Alentejo (+14,8%).

Analisando apenas os dados de dezembro de 2023, o setor registou 1,8 milhões de hóspedes e 4 milhões de dormidas, correspondendo a crescimentos de 10,9% e 8,2%, respetivamente, em comparação ao período homólogo. 

 

O Alentejo e o Centro destacaram-se com os maiores acréscimos em dezembro (+19,3% e +17,6%, respetivamente), enquanto as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira foram as únicas a apresentar diminuição do número de dormidas neste mês (-5,7% e -1,0%).

 


(Notícia atualizada às 11h45)
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