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Stress, a quanto obrigas

Por todo o País foram abrindo SPA, "wellness centers", dentro e fora das unidades hoteleiras, e a maioria das termas revitalizou a sua oferta. As propostas são várias, à semelhança dos preços praticados, que podemir de 30 até 10 mil euros.

26 de Abril de 2012 às 14:00
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A esperança de vida cresceu, o stress aumentou e o número de doenças progrediu. Problemas? Não, oportunidades de negócio. Por todo o País foram abrindo SPA e "wellness center" e as termas modernizaram-se. As ofertas são variadas, para todas as carteiras, mas na opinião de alguns gestores, contactados pelo Negócios, há ainda muito a fazer para Portugal se afirmar neste segmento a nível da Europa, onde este negócio está a crescer a 5% ao ano.

O mercado da saúde e bem-estar está a crescer por toda a Europa e dentro de 10 anos deverá duplicar a sua dimensão, atingindo os seis milhões de viagens anuais. "Portugal ainda apresenta uma competitividade limitada, principalmente devido à insuficiente quantidade e variedade de centros de ‘wellness’ e da reduzida concentração da oferta em determinadas zonas ou regiões do País", referiu Alexandre Solleiro, CEO da Tivoli Hotels, que tem como parceira para esta área a tailandesa Banyan Tree. Na opinião de Nazir Sacoor, CEO do Longevity Wellness Resort, Monchique, "é importante comunicar ao País e ao mundo que existe mais perto ofertas ‘premium’ ao mesmo nível e qualidade" das que se encontram espalhadas pela Europa.

No entanto, a crise também poderá ser inimiga deste negócio. "Sem dúvida alguma que tudo o que são consumos de extras têm sofrido quebras", admitiu Gonçalo Rebelo de Almeida, director de marketing do Grupo Vila Galé. O gestor acrescenta: "com a banalização do conceito de SPA assistimos a um fenómeno em que as funcionalidades básicas como as infra-estruturas (piscinas interiores, saunas, banhos turcos) serão tendencialmente gratuitas nos hotéis e passarão a existir na maioria das unidades".

O mesmo não acontece com o segmento "premium" deste negócio, defendeu Nazir Sacoor. "A própria crise ajuda a aumentar os níveis de stress, e o mercado alvo são clientes executivos e empresários de topo que mais do que nunca precisam e procuram assegurar e proteger o seu capital de saúde", sublinhou o CEO do Longevity Wellness Resort. Essa é uma opinião partilhada por Luís Viega, CEO do IMB promotor do H2otel, que disse: "a contenção da procura deste tipo de serviços é uma realidade, não sendo tão evidente nos ‘medical SPA’".

Miguel Júdice, CEO do Lágrimas Hotels&Emotions, recordou que, hoje, não só os clientes exigem que os hotéis tenham SPA, como as termas fizeram um esforço para se modernizar e captar mais clientes. "Este segmento é mais um dos nichos de mercado que faz sentido Portugal explorar, especialmente em destinos internos que têm mais credibilidade para o fazer. Falo dos Açores, Madeira, da região Centro (rica em termas) e até do Algarve", acrescentou Miguel Júdice.

Quanto ao gasto médio dos seus clientes, os diferentes gestores detalharam que, actualmente, pode oscilar entre os 70 e os 5.000 euros, consoante o número de tratamentos e se está ou não incluído o alojamento. "Tanto os portugueses como os estrangeiros estão disponíveis para investir tempo e dinheiro no relaxamento, bem-estar, prevenção da doença e melhoria da qualidade de vida", disse Luís Veiga.

Já Alexandre Solleiro recordou que se por um lado, "o gasto médio diário por pessoa no sector de saúde e bem-estar em geral é maior do que o de outros sectores, devido ao custo dos tratamentos terapêuticos e outros serviços especializados", por outro tudo indica que não será poupado pela crise e pela retracção do consumo.

Stress, a quanto obrigas.

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