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Portugueses sustentam crescimento do turismo em 2018 ao rumar ao Algarve

Os turistas residentes em Portugal deram um maior contributo para o aumento do turismo no país em 2018 do que os estrangeiros. O Algarve reforçou o seu estatuto de destino nacional preferido dos portugueses.

Miguel Baltazar
14 de Fevereiro de 2019 às 18:00
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O turismo travou a fundo em 2018, ainda que tenha continuado a bater recordes. A travagem foi generalizada, mas sentiu-se mais nos turistas estrangeiros. Os residentes deram o maior contributo, sustentando o crescimento do turismo de Portugal. E para onde foram os portugueses? Rumaram ao Algarve, indicam os dados publicados esta quinta-feira, 14 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística.

Vamos aos números. Em termos brutos, o número de turistas não residentes aumentou 51 mil ao passo que o número de turistas residentes subiu 308,7 mil em 2018, face a 2017. Em termos percentuais, o crescimento foi de 0,4% e de 3,9%, respetivamente. O ritmo de crescimento dos residentes foi inferior ao de 2017 (4,8%), mas a travagem foi menor que a dos não residentes (12% em 2017). 

Como continuaram a crescer, tanto o número de hóspedes estrangeiros como o de residentes bateram recordes. Mas o dos portugueses foi particularmente relevante uma vez que foi a primeira vez que o número de hóspedes residentes ultrapassou a barreira dos oito milhões (8,3 milhões em 2018). Este marco contribuiu para que também pela primeira vez o número total de turistas tivesse superado os 21 milhões.

Mas para onde foram os portugueses? A resposta é dada pelas dormidas distribuídas pelo território. No Algarve, as dormidas de residentes subiram 10% (+395 mil dormidas), acelerando face ao ano anterior e ultrapassando o máximo de 2014 (3,9 milhões face a 4,3 milhões de dormidas em 2018). Ou seja, nunca os portugueses fizeram tanto turismo no Algarve, de acordo com a série estatística do INE que começa em 2003.  

O Algarve reforçou assim o seu estatuto de destino nacional preferido dos portugueses. Segue-se o Norte - onde se inclui o Porto - com 3,3 milhões de dormidas, Lisboa com 3,2 milhões e o Centro com três milhões (ver gráfico).


O número de dormidas dos residentes está em máximos em todas as regiões, exceto na Madeira. As dormidas dos portugueses na ilha madeirense desceram em 2018, face a 2017, ficando-se pelas 788 mil, abaixo do máximo de 890 mil dormidas registadas em 2009.

Apesar deste rumo ao Algarve por parte dos portugueses, o número de dormidas no total nesta região diminuiu 195 mil. Tal deve-se à queda drástica das dormidas de não residentes no Algarve: de 2017 para 2018 registaram uma diminuição de 591 mil dormidas.

Não é possível fazer a mesma desagregação, tendo como base os números do INE, para o número de hóspedes. 

Nota: Estes números podem ser diferentes dos dados que constam da conta satélite do turismo publicada anualmente pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) uma vez que estes dados mensais não incluem o alojamento local que, nos últimos anos, tem ganho importância no turismo português.
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