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Portugal quer duplicar receitas turísticas em 10 anos

O Turismo de Portugal apresenta esta quarta-feira, 15 de Março, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) um plano para o sector na próxima década. Atingir receitas de 26 mil milhões de euros em 2027 é a meta.

Pedro Zenkl/Correio da Manhã
15 de Março de 2017 às 15:00
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Portugal quer duplicar as suas receitas turísticas durante a próxima década. O objectivo foi traçado esta quarta-feira, 15 de Fevereiro, pelo Turismo de Portugal durante a apresentação da Estratégia 2027.

No ano passado, o país registou receitas turísticas de 12,7 mil milhões de euros. A meta é agora chegar aos 26 mil milhões em 2027. O crescimento médio anual esperado fixa-se nos 7%.


Já nas dormidas, a vontade é de passar dos 53,5 milhões para os 80 milhões no mesmo horizonte temporal. Por ano, o crescimento ronda os 4,2%.


Nesse sentido, um dos eixos de actuação passa por diminuir a sazonalidade, de 37,5 para 33,5% numa década, para o "valor mais baixo de sempre".


A Estratégia 2027 define também o objectivo de que 60% dos trabalhadores do sector tenham, pelo menos, o ensino secundário neste horizonte temporal. Neste momento, a força de trabalho é, na sua maioria (58%), constituída por trabalhadores com o ensino básico ou inferior.

O plano para os próximos dez anos apresenta uma componente ambiental, concretizando a vontade de que em 2027 haja a adopção de práticas de eficiência energética, poupança de água e gestão de resíduos por nove em cada dez empresas do turismo.

Fixada nos 90% fica ainda a proporção dos residentes a considerar como "positivo" o impacto do turismo em Portugal.

"São metas ambiciosas mas que acreditamos que são perfeitamente alcançáveis, com o trabalho de todos", reconheceu Luís Araújo. O presidente do Turismo de Portugal considerou ainda que a sazonalidade é "o pior inimigo do emprego" no sector.

A Estratégia 2027 foi lançada em Maio de 2016 e reuniu participações de mais de 1.700 membros do sector. A mesma acabou por definir cinco eixos estratégicos: valorizar o território, impulsionar a economia, potenciar o conhecimento, gerar redes e conectividade e projectar Portugal.

O plano vem integrar-se no novo quadro comunitário de apoio, que vigorará entre 2021 e 2027. "Desta vez, não nos podemos deixar ficar para trás e temos de assumir o futuro", apelou a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho.

Num sector que já representa 16,7% das exportações, foram identificados como pontos críticos a existência de empresas descapitalizadas e baixos rendimentos dos trabalhadores no sector, barreiras burocráticas, a sazonalidade e a necessidade de maior notoriedade em mercados internacionais.

"O crescimento não está a revelar um fenómeno transitório, como alguns previram, mas um fenómeno sustentável", defendeu o ministro da Economia. Para Manuel Caldeira Cabral, que considera que delinear uma estratégia para uma década é "não ficar apenas a navegar no sucesso do curto prazo", as opções do Estratégia 2027 "já estão a sair do papel".

Caldeira Cabral revelou que estão a ser preparados 200 investimentos na área do turismo, entre requalificação e nova oferta. 

 

(Notícia actualizada às 18:54 com mais informação)

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