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Governo destaca em Abrantes importância estratégica do Turismo de natureza

A secretária de Estado do Turismo defendeu esta sexta-feira em Abrantes que o turismo de natureza tem por onde crescer como motor de desenvolvimento do interior do país, criação de emprego e combate às assimetrias regionais.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Junho de 2016 às 15:15
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"O turismo de natureza tem muito por onde crescer como motor de desenvolvimento do interior do país, criação de emprego e combate às assimetrias regionais e, por isso, este é um projecto do futuro", disse Ana Mendes Godinho, na cerimónia de inauguração da Estação de Canoagem de Alvega, em Abrantes.

 

"Cada vez há mais procura de destinos autênticos e singulares em toda a Europa, uma procura internacional que representa 25% ao nível do turismo de natureza e que em Portugal só tem 2% de procura", disse a governante, tendo destacado que, "por isso", o equipamento hoje inaugurado constitui-se como um "projecto de futuro".

 

A governante disse ainda que o turismo "vale hoje 15,3% do total das exportações e 8,2 do emprego mas muito concentrado no litoral, cerca de 90%, e em poucos meses do ano", tendo destacado as "assimetrias regionais e a sazonalidade", tendo afirmado que o Governo "está a identificar um conjunto de projectos que permita ligar o interior do país a Lisboa", ao nível do sector turístico.

 

"Há muito para fazer em termos de colocar os nossos produtos no campo internacional", disse Ana Mendes Godinho, tendo observado que um operador turístico alemão colocou há duas semanas Portugal "no topo dos países mais atractivos" ao nível do turismo natureza.

 

Maria do Céu Albuquerque, presidente da Câmara Municipal de Abrantes (PS), disse, por sua vez, que o equipamento está integrado num projecto mais vasto de "devolução do rio Tejo à comunidade", tendo referido as diversas intervenções efectuadas ao longo da última década nas margens ribeirinhas numa lógica de "trazer valor económico para a economia local e nacional".

 

A nova Estação de Canoagem de Alvega representou um investimento de cerca de 270 mil euros, comparticipado a 85% por fundos comunitários.

 

A construção realizou-se no local onde estava situado o anterior equipamento, sendo que a intervenção incluiu a demolição do antigo edifício de madeira existente no local e visou a requalificação daquele espaço ribeirinho, caracterizando-o como um novo espaço de lazer e encontro para a comunidade local e para os visitantes.

 

A Estação de Canoagem de Alvega integra as rotas do Caminho do Tejo e é composta por um espaço de protecção de embarcações, uma zona fluvial que permite a prática desportiva de actividade aquáticas, valência de bar, esplanada, instalações sanitárias e chuveiros, e está agora assente numa laje, permitindo a passagem da água do rio sem degradar a infra-estrutura. 

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