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Estas são as melhores praias desconhecidas do mundo. Uma é portuguesa

Há muitos locais do mundo que já foram amplamente explorados. Mas há sítios que poucos conhecem. A Bloomberg dá seis exemplos de praias desconhecidas dos turistas. E Portugal surge na lista.

25 de Abril de 2017 às 15:41
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Um certo tipo de nova-iorquino reclama das praias de Tulum, no México, de Saint Barth’s ou de Mykonos, na Grécia. "Nós fugimos de Nova Iorque", dizem, "só para ficar cercados de nova-iorquinos?".

 

Se quiser ir a uma praia para fugir de outros seres humanos, vai precisar de se esforçar muito mais do que simplesmente visitar esses litorais luxuosos e populares. Em algum dos destinos pouco conhecidos listados a seguir, não conhecerá ninguém num raio de 160 quilómetros — e os moradores locais farão com que você se sinta em casa. Além disso, essas paisagens intocadas são verdadeiros cartões postais, sem turistas para estragar as suas fotos, e estão repletas de lugares secretos à espera de serem descobertos. Para completar, estes locais ficam próximos de lugares que já conhece e adora.

 

O tempo está a passar. Esses lugares não vão continuar a ser um segredo por muito tempo.

 

Já foi a Mykonos… Agora tente Zakynthos

 

Está cansado de olhar para os lindos moinhos de vento de Mykonos? Impossível. Mas talvez você esteja pronto para trocar a intensa vida social por algo mais relaxado. Vá à ilha jónica Zakynthos, um paraíso pouco explorado onde enseadas peroladas estão escondidas por altos penhascos de pedra calcária.

 

Os lados oeste e norte da ilha são os mais tranquilos e bonitos — e neste último encontrará o Porto Zante Villas and Spa, que tem paredes de pedra e, segundo a especialista em Grécia Mina Agnos, presidente da Travelive, oferece uma experiência insuperável. "Todas as mansões têm vistas panorâmicas, uma piscina particular e aquecida, e acesso a uma parte privativa da praia", disse a responsável.

 

Outros atractivos da ilha: a Praia do Naufrágio, que é azul néon (e tem este nome por causa de uma embarcação destruída que continua na areia), a tartaruga marinha gigante Caretta Caretta, em risco de extinção, e diversos iates que podem ser alugados para passear durante o dia nas praias jónicas.

Já experimentou Saint Barth… Agora tente Sint Eustatius

Nem todos os sítios que Cristovão Colombo descobriu foram postos no mapa mundial. Caso disso: Sint Eustatius, uma das ilhas mais fora do radar nas Caraíbas, que o famoso explorador documentou, pela primeira vez, em 1493. A sua única cidade, Oranjestad, é conhecida como "a capital mais pequena do mundo", e toda a ilha tem uma população constituída por 3.183 pessoas.

 

A Statia, como é conhecida, fica à distância de um voo curto a partir de Sint Maarten. O especialista em mergulho, Robert Becker, diz que este é um dos seus sítios preferidos de sempre. "Não há muito turismo, e a maior parte das pessoas nem sabe que existe", afirmou. "As pessoas são muito acolhedoras e têm um desejo genuíno de saber que se está a gostar da estadia."

Fique no Old Gin House, com estilo colonial holandês, onde Becker diz que uma pessoa se sente que fica em casa de amigos próximos.


A ilha está rodeada de um parque nacional, com recifes protegidos e muitos peixes tropicais. 

 

Já foi a Punta del Este, no Uruguai… Agora tente Mancora, no Peru

 

"Esta praia é popular entre os moradores locais, mas poucos turistas ocidentais a descobriram", disse Ashish Sanghrajka, fã da América Latina e presidente da Big Five Tours. Isso porque a maioria das pessoas que viaja para o Peru vai para o Vale Sagrado, não para o litoral. Um grande erro.

 

Sanghrajka diz que a cidade litoral Mancora — perto da fronteira com o Equador, a quatro horas de voo de Lima — tem "alguns dos melhores lugares para surfar na América Latina". Ali também está o impressionante resort Kichic, com nove quartos. Perto, em Túcume, também poderá ver algumas ruínas peruanas; o complexo de adobe tem quase mil anos. Além disso, em breve a Inkaterra, que define os padrões de resort de luxo no país, abrirá um retiro de praia na vizinhança — num povoado de pescadores que inspirou "O velho e o mar", de Ernest Hemingway.

 

Já foi às Maldivas… Agora tente as ilhas Andamão, na Índia

 

Não verá ninguém nas praias das ilhas Andamão, na Índia, disse Tom Marchant, um dos fundadores da Black Tomato, à excepção de um elefante de vez em quando. Só isso já seria um argumento de venda (quem não gosta de elefantes?). Mas as ilhas Andamão têm muito mais a oferecer: alguns dos melhores lugares do mundo para mergulhar, acesso fácil por Calcutá, que entrou na moda de repente, e o seu primeiro hotel cinco estrelas, Jalakara. "Este é o momento para ver essas ilhas pristinas antes que mais gente ouça falar delas", disse Marchant à Bloomberg. "Elas são um refúgio de beleza natural, um contraste com o movimentado continente e uma alternativa relaxada às Maldivas e à ilha Maurícia."

 

Já foi a Ibiza… Agora experimente a Costa de Portugal

 

O turismo de Portugal disparou no ano passado, atraindo muitos turistas para as suas cidades românticas e os vales de vinhas de sonho, mas as praias selvagens ainda não experienciaram este "boom". Segundo Virginia Irurita, especialista em preparar viagens para a Península Ibérica, "não há praias por explorar em Espanha", mas há muitos sítios na costa portuguesa que ainda são "selvagens, lindos e vazios".

 

Experimente Odeceixe: Situa-se na junção do Oceano Atlântico e do Rio Ceixe, que separa o Algarve do Alentejo. Aí vai encontrar praias quase por explorar – tantas que pode circular de caiaque entre elas, à procura de lontras e de locais onde conseguirá evitar o contacto humano. As multidões não abundam em parte porque não há hotéis de luxo. Com uma excepção: a Herdade do Touril, um turismo rural com acesso directo à praia. Tem, de longe, muito mais estilo e é muito mais hospitaleiro do que o preço de 100 euros por noite poderá sugerir.

 

Já foi Zanzibar… Agora experimente a ilha de Likoma, no Malawi

 

Alex Malcolm, fundador e gestor da Jacada Travel, diz que a ilha do Likoma "deve ser considerada a melhor praia do mundo" quer pelas águas cristalinas, quer pelos atractivos culturais: a ilha é dotada de vilas pesqueiras.

 

O responsável recomenda que se fique no resort Kaya Mawa, onde "cada quarto foi desenhado em parceria com uma associação local que apoia mães solteiras e onde todos os funcionários são de vilas vizinhas", num trabalho social, autêntico e íntimo.


Como chegar? Primeiro é preciso voar até Joanesburgo, depois para Lilongwe, no Malawi, onde uma empresa de ultra-leves o pode levar até à ilha Likoma. É uma caminha – mas compensa.

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