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ECS vende hotel em Lisboa a ingleses

A Morningbridge Capital adquiriu, por um preço não revelado, o Vintage Lisboa Hotel, no Príncipe Real. O imóvel junta-se a uma carteira com hotéis em Lisboa e Porto. Já a ECS reduz no sector a que está mais exposto.

DR
20 de Dezembro de 2017 às 14:14
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A sociedade de capital de risco ECS vendeu um dos seus hotéis, o Vintage Lisboa Hotel, localizado em Lisboa. O imóvel vai juntar-se a três empreendimentos localizados na capital e a um no Porto, que já estão nas mãos do comprador, os ingleses da Morningbridge Capital.

 

O negócio foi revelado pela Cushman & Wakefield, consultora imobiliária que estruturou a venda em nome da ECS Capital, detida por António de Sousa e Fernando Esmeraldo (na foto). No comunicado enviado às redacções, não é divulgado qualquer montante, ainda que o Negócios já tenha questionado por que valor foi vendido o hotel de cinco estrelas com 56 quartos localizado no Príncipe Real.

 

A ECS vende, através de um dos fundos que gere, um activo das áreas de actividade a que está mais exposta, o turismo e o imobiliário, que, em Outubro, pesavam 80% da sua carteira. No seu todo, os fundos da sociedade têm como principais investidores o Novo Banco e o BCP, com cerca de 35% cada um, seguido da CGD, com 13%, havendo ainda outras instituições financeiras, sendo que 6% das unidades de participação estão nas mãos da Direcção-Geral do Tesouro. As posições exactas variam consoante os fundos em causa. 

 

Estes fundos gerem vários activos, entre os quais créditos, vendidos pelos bancos. Na prática, os bancos vendem os créditos (com as garantias associadas) aos fundos em troca de unidades de participação. Este foi um recurso muito utilizado durante a crise financeira, quando as instituições financeiras quiseram livrar-se da exposição directa a empreendimento imobiliários e turísticos, ou outros activos não rentáveis mas com espaço de recuperação. Com os activos nos fundos, a exposição passa a ser indirecta e pode ser mais diversificada (porque os fundos podem conter activos que não são os do banco originário). Os grupos hoteleiros têm questionado estes fundos e a alegada concorrência desleal conseguida com eles: isto porque os fundos recebem os activos, dando em troca unidades de participação dos seus fundos. Certo é que ainda são utilizados na actualidade - é à ECS que a Caixa Geral de Depósitos e o BCP querem vender o empreendimento de Vale do Lobo, de que são os principais credores. 

 

A ECS vendeu o hotel em Lisboa aos ingleses da Morningbridge Capital, que tem activos no Bairro Alto (Lumiares), Santa Catarina (Baronesa) e Salitre (Sandomil), em Lisboa, e ainda o The Rebello, no Porto. "O novo proprietário irá reposicionar este hotel e tirar partido das excelentes características desta unidade e do crescente mercado turístico em Lisboa", aponta o comunicado da consultora imobiliária, onde Christopher Eddis concretiza que espera posicioná-lo, após a renovação, "ao nível do já existente boutique hotel The Lumiares, no Bairro Alto".



(Notícia actualizada com esclarecimentos adicionais às 16:02; título alterado às 17:17)

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