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Dormidas de residentes caem 2,4% em julho e de estrangeiros abrandam pelo segundo mês
Números do mês de julho mostram sinais de abrandamento do crescimento do turismo. As dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento dos últimos dois meses, enquanto as de estrangeiros abrandaram pelo segundo mês consecutivo.
Em julho, o setor do alojamento turístico registou 3,2 milhões de hóspedes e 9 milhões de dormidas, o que traduz um aumento de 1,5% e 2,1% face ao período homólogo, respetivamente, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE.
As dormidas de residentes inverteram a trajetória de crescimento dos últimos dois meses e decresceram 2,4%, para 2,7 milhões, enquanto as de não residentes abrandaram pelo segundo mês consecutivo, registando um crescimento de 4,2% para um total de 6,3 milhões.
Quase todas as regiões registaram uma evolução positiva do número de dormidas, as excepções foram o Oeste e Vale do Tejo (-0,4%). Já os maiores incrementos verificaram-se nos Açores (+5,3%), Norte (+4,9%) e Península de Setúbal (+4,5%).
Outro dos indicadores que reflecte um abrandamento do crescimento do setor é a diminuição da taxa de ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico para 59,1% e para 66,5% nas taxas líquidas de ocupação-cama e ocupação-quarto. Ambas registaram ligeiros decréscimos de 0,4 pontos percentuais face a julho do ano passado.
Olhando para os mercados externos, "o britânico manteve-se como principal mercado emissor (quota de 18,3%), tendo registado um crescimento de 1,3% em julho, seguido da Espanha (peso de 12,0%), que cresceu 6,1%", detalha o gabinete de estatística. França foi o único que registou um decréscimo (-4%) entre os principais 10 mercados emissores.
Os mercados que mais cresceram foram os Países Baixos (+12,5%), a Bélgica (+8,3%) e a Itália (8,1%), com o INE a destacar ainda que as dormidas do mercado brasileiro (peso de 3,9%) registaram o primeiro acréscimo no ano, ainda que modesto (+0,8%).
Quanto à estada média, aumentou 0,6% para 2,81 noites. Enquanto a média das pernoitas dos portugueses aumentou 1,1% para 2,31 noites, as dos não residentes descresceu 0,4% (3,10 noites).
(Notícia atualizada às 11h44)