Notícia
CEO do grupo Pestana defende financiamento da Segurança Social com impostos sobre o consumo
José Theotónio defende o prolongamento do "lay-off" simplificado até 2021, assim como um alívio fiscal para as empresas que criam trabalho.
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Rafaela Burd Relvas
rafaelarelvas@negocios.pt
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Rosário Lira
Antena 1
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João Miguel Rodrigues - Fotografia
26 de Julho de 2020 às 12:00
O presidente do grupo Pestana acompanha aquela que tem sido uma das maiores reivindicações do setor do turismo e defende o prolongamento do regime de "lay-off" simplificado até março do próximo ano. Ao mesmo tempo, acredita que as empresas do setor que criam emprego deveriam ser recompensadas com o alívio da TSU. A Segurança Social, argumenta, deveria ser financiada através de impostos sobre o consumo.
"A questão de financiarmos a Segurança Social à conta do trabalho é errada. Estamos a onerar muito o trabalho e quem cria trabalho. As empresas podem colaborar numa parte, mas não nos 23,75%. O financiamento da Segurança Social devia vir de outros impostos, nomeadamente dos que têm a ver com o consumo. Hoje, quem cria trabalho é quem está a financiar a Segurança Social", afirma José Theotónio, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
Quanto às medidas lançadas pelo Governo para apoiar o setor na crise gerada pela pandemia, o gestor aponta para o lay-off como a mais importante e pede mesmo um prolongamento para lá daquele que já foi anunciado. "O prolongamento do lay-off simplificado é o que o setor precisa. E não é até setembro. O problema é que o turismo português acaba e, se o turismo internacional não tiver vindo, a partir de outubro estamos vazios e temos, novamente, de encerrar unidades", diz.
"Diria que, para o setor do turismo, o "lay-off" simplificado deveria ir até fevereiro ou março do próximo ano", conclui José Theotónio.
"A questão de financiarmos a Segurança Social à conta do trabalho é errada. Estamos a onerar muito o trabalho e quem cria trabalho. As empresas podem colaborar numa parte, mas não nos 23,75%. O financiamento da Segurança Social devia vir de outros impostos, nomeadamente dos que têm a ver com o consumo. Hoje, quem cria trabalho é quem está a financiar a Segurança Social", afirma José Theotónio, em entrevista ao Negócios e à Antena 1.
"Diria que, para o setor do turismo, o "lay-off" simplificado deveria ir até fevereiro ou março do próximo ano", conclui José Theotónio.