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Alojamento local: Lisboa e Porto voltam a taxas de ocupação de 40%
Julho e agosto trouxeram um novo ânimo ao Alojamento Local (AL) em Lisboa e Porto, com as taxas de ocupação em ambas as cidades a regressarem aos 40%, revelam os dados da Confidencial Imobiliário divulgados esta sexta-feira. Continuam ainda, no entanto, longe dos níveis pré-pandemia.
Ainda longe dos números pré-pandemia, o Alojamento Local (AL) começa aos poucos a voltar à normalidade e nos meses de julho e agosto as cidades de Lisboa e Porto registaram taxas de ocupação na ordem dos 40%, de acordo com os dados do SIR-Alojamento Local, produzido e gerido pela Confidencial Imobiliário.
Em Lisboa, a ocupação média no AL atingiu os 43% em julho e os 42% em agosto, uma recuperação que foi também acompanhada por uma melhoria na receita por quarto disponível, o chamado RevPAR, que se situou nos 35 euros em ambos os meses. Desde o início da pandemia este indicador tem ficado quase sempre abaixo dos dez euros, tendo mesmo chegado a atingir mínimos de três euros. O verão do ano passado já trouxe uma ligeira retoma ao setor, mas as taxas de ocupação não foram então além dos 16% e o RevPAR dos 12 euros, assinala a Confidencial Imobiliário em comunicado.
No Porto a ocupação média atingiu os 40% em julho e os 39% em agosto, com RevPAR médios de 29 e 31 euros, respetivamente. Na invicta, o RevPAR chegou a níveis residuais de dois euros durante a pandemia, alcançando cerca de 15 euros em julho e agosto do ano passado, período que também trouxe um ligeiro ânimo ao mercado, com uma ocupação que rondou então os 20%.
Em comunicado, Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, salienta que se trata "de um registo bastante robusto no contexto da pandemia", mas sublinha que, ainda assim, "é um mercado que continua longe do registo pré-Covid, pois no verão de 2019 a ocupação em Lisboa e no Porto rondava os 65% a 70%".
Com efeito, em julho e agosto de 2019, e também de acordo com os dados da Confidencial Imobiliário, a ocupação no AL de Lisboa situou-se entre 65% e 70%, com RevPARs de 50 a 60 euros. No Porto, a ocupação nesse período também foi bastante superior à atual, atingindo 66% em ambos os meses, com RevPARs em torno dos 50 euros.