Notícia
Trabalhadores e utentes dos transportes públicos exigem fim do 'lay-off'
Cerca de 30 pessoas concentraram-se hoje junto à residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, para exigir a reposição da oferta de transportes públicos e o fim do 'lay-off' nas empresas, pedindo aumento de frotas e de trabalhadores.
24 de Junho de 2020 às 22:38
Gritando "o Público é de todos, o Privado é só de alguns", os participantes na ação "Mais transportes para os utentes, fim do 'lay-off para os trabalhadores" juntaram-se, cerca das 17:30, na rua Borges Carneiro, onde exibiram cartazes com a frase: "O país precisa de mais transportes rodoviários de passageiros, 'lay-off' não".
Em declarações à agência Lusa, a secretária-geral da CGTP (na foto) considerou "inaceitável" as empresas manterem o 'lay-off', denunciando a situação que se vive nos transportes públicos, nomeadamente nas grandes áreas metropolitanas, mas também em outras regiões do país.
"Com a retoma mantêm-se em 'lay-off', coisa que consideramos completamente inaceitável, porque não só estas empresas são de grandes grupos económicos e estão a fazer com que os trabalhadores que estão em 'lay-off' tenham um corte de um terço nos salários, como não estão a garantir a oferta suficiente para se poderem cumprir as normas da Direção-Geral da Saúde, relativamente à ocupação dos transportes públicos", disse Isabel Camarinha.
Para a líder da Intersindical, as empresas e o Governo devem garantir a segurança nos transportes, por causa do contexto pandémico da covid-19. "Precisamos de garantir que esse serviço público tem de ser prestado [...]. Nós detetámos isso desde o início, trabalhadores que se deslocam em autocarros cheios, em comboios cheios. Não pode ser, porque não se garante a saúde e é um perigo para os próprios e para toda a comunidade", realçou.
Apontando à diminuição da oferta de transportes, Isabel Camarinha reiterou que as empresas têm de "pôr os trabalhadores a trabalhar". "Há empresas destas empresas privadas do setor rodoviário que têm uma parte - e são milhares - de trabalhadores em 'lay-off' e outros a fazerem trabalho extraordinário", acusou a dirigente sindical.
Com o mesmo ponto de vista, o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) afirmou que o Governo tem de obrigar as empresas a repor a sua atividade normal. "O Governo tem de ter uma palavra de ordem, tem de ter autoridade para obrigar que estas empresas funcionem e reponham a sua atividade, porque é disso que se trata, porque caso contrário continuamos a ter uma situação de contágio", salientou José Manuel Oliveira.
De acordo com o responsável, as pessoas andam em comboios, autocarros e barcos sobrelotados.
Revelando que estão cerca de cinco mil trabalhadores em 'lay-off' em todo o país, José Manuel Oliveira considerou que as empresas privadas não "podem gerar lucros para os grupos económicos", referindo que "não podem - numa situação de crise - transferir todos os custos do erário público para os trabalhadores".
À Lusa, o coordenador da Fectrans sublinhou ainda que é necessário voltar a dar confiança à população, fazendo regressar as pessoas aos transportes públicos.
"Se não começar a ser dada esta confiança à população, todo aquele esforço que foi feito nestes últimos tempos de trazer pessoas para os transportes públicos vai ficar por terra e levará muito tempo a recuperar todo o conjunto de medidas e o país ficará a perder", concluiu.
Em declarações à agência Lusa, a secretária-geral da CGTP (na foto) considerou "inaceitável" as empresas manterem o 'lay-off', denunciando a situação que se vive nos transportes públicos, nomeadamente nas grandes áreas metropolitanas, mas também em outras regiões do país.
Para a líder da Intersindical, as empresas e o Governo devem garantir a segurança nos transportes, por causa do contexto pandémico da covid-19. "Precisamos de garantir que esse serviço público tem de ser prestado [...]. Nós detetámos isso desde o início, trabalhadores que se deslocam em autocarros cheios, em comboios cheios. Não pode ser, porque não se garante a saúde e é um perigo para os próprios e para toda a comunidade", realçou.
Apontando à diminuição da oferta de transportes, Isabel Camarinha reiterou que as empresas têm de "pôr os trabalhadores a trabalhar". "Há empresas destas empresas privadas do setor rodoviário que têm uma parte - e são milhares - de trabalhadores em 'lay-off' e outros a fazerem trabalho extraordinário", acusou a dirigente sindical.
Com o mesmo ponto de vista, o coordenador da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) afirmou que o Governo tem de obrigar as empresas a repor a sua atividade normal. "O Governo tem de ter uma palavra de ordem, tem de ter autoridade para obrigar que estas empresas funcionem e reponham a sua atividade, porque é disso que se trata, porque caso contrário continuamos a ter uma situação de contágio", salientou José Manuel Oliveira.
De acordo com o responsável, as pessoas andam em comboios, autocarros e barcos sobrelotados.
Revelando que estão cerca de cinco mil trabalhadores em 'lay-off' em todo o país, José Manuel Oliveira considerou que as empresas privadas não "podem gerar lucros para os grupos económicos", referindo que "não podem - numa situação de crise - transferir todos os custos do erário público para os trabalhadores".
À Lusa, o coordenador da Fectrans sublinhou ainda que é necessário voltar a dar confiança à população, fazendo regressar as pessoas aos transportes públicos.
"Se não começar a ser dada esta confiança à população, todo aquele esforço que foi feito nestes últimos tempos de trazer pessoas para os transportes públicos vai ficar por terra e levará muito tempo a recuperar todo o conjunto de medidas e o país ficará a perder", concluiu.