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Suspensa greve de 4.ª feira da CP após acordo sobre salários e carreiras

Os trabalhadores da CP tinham cumprido na segunda-feira um dia de greve, que estava previsto repetir-se na quarta-feira, depois de já terem estado em greve no dia 28 de junho.

Apesar da redução das queixas em cerca de metade, a CP continua a ser o operador mais visado pelos passageiros.
Bruno Colaço
23 de Julho de 2024 às 22:59
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A greve dos trabalhadores da CP - Comboios de Portugal, convocada por vários sindicatos para quarta-feira, foi suspensa depois de ter sido alcançado um acordo de princípio para aumentos salariais e regulamentação de carreiras, divulgou esta terça-feira fonte sindical.

"Nos termos do acordo todos os índices salariais são atualizados em mais 1,5% a partir de 01 de agosto de 2024 e o valor do subsídio de refeição sobe para 9,20 euros", pode ler-se num comunicado publicado pela Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

As estruturas sindicais que realizaram greve na segunda-feira e tinham previsto outro dia de greve para quarta-feira referiram, no comunicado conjunto, que foi assumido neste acordo "que as novas categorias profissionais resultantes da fusão de atuais categorias são de acesso voluntário e que as mesmas se mantêm e com a garantia de progressão de carreira e com as mesmas funções".

As estruturas sindicais destacaram também que a administração da CP "aceitou implementar o acordo de 29 de maio de 2023, unificando os prémios anuais de produtividade e revisão, para igual valor do prémio da carreira de condução, com efeitos a 01 de agosto deste ano, sendo o próximo pagamento em fevereiro de 2025".

O acordo prevê também, sem "prejuízo de aplicação do agora acordado", que a partir da última semana de setembro sejam "retomadas as negociações", com o objetivo de "rever as grelhas salariais", de "concertar com as organizações sindicais as regras de transição para as novas grelhas salariais" e de "dar continuidade ao acerto nos conteúdos funcionais das carreiras/categorias em que foi identificada a necessidade da continuação da discussão", sublinharam ainda.

"O conjunto destas organizações tem a noção que este é o acordo possível neste momento e que cria melhores condições para retomar as matérias importantes para os trabalhadores, entre as quais as tabelas salariais no sentido de as valorizar e dignificar as profissões na CP", destacaram também na nota de imprensa.

Os trabalhadores da CP tinham cumprido na segunda-feira um dia de greve, que estava previsto repetir-se na quarta-feira, depois de já terem estado em greve no dia 28 de junho.

Os sindicatos tinham referido que consideravam inaceitável que a administração da CP, depois de ter garantido que iria estender a todos os trabalhadores um acordo que foi celebrado com uma organização sindical, pretendesse condicionar isso à aceitação da proposta de regulamento de carreiras.

O Governo, a CP e o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ), que tinha convocado uma greve entre 27 de junho e 14 de julho, que foi suspensa, chegaram, recentemente, a acordo.

A operadora chegou também a acordo com o Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) quanto à revisão das carreiras, incluindo um aumento salarial de 1,5% e a subida do subsídio de refeição para 9,20 euros.
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